quinta-feira, outubro 30, 2008

MEC divulga locais de prova do Enade 2008

Do G1, em São Paulo

O Ministério da Educação (MEC) liberou os locais de prova dos selecionados para o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2008. O link para consulta foi publicado na noite desta quarta-feira (29), mas passou por problemas técnicos e voltou a funcionar na manhã desta quinta-feira (30).

Veja aqui onde será aplicado o Enade 2008

As provas serão aplicadas em 9 de novembro, às 13h. No total, 824 mil estudantes foram inscritos. Desses, 722 mil estão habilitados para fazer a prova. Quem foi selecionado, deve fazer o Enade; caso contrário, não poderá colar grau e obter o diploma.

Locais de prova

Os candidatos também devem receber em casa o endereço em que realizará a avaliação do MEC. Quem não receber o cartão com o local, data e horário de prova, deve procurar a universidade ou consultar a página do Enade. O não-recebimento do cartão não impede o aluno de fazer a prova. Basta apresentar documento de identidade com foto.

Os cursos avaliados este ano serão os de arquitetura e urbanismo, biologia, ciências sociais, computação, engenharia, filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química, além dos cursos superiores de tecnologia em construção de edifícios, alimentos, automação industrial, gestão da produção industrial, manutenção industrial, processos químicos, fabricação mecânica, análise e desenvolvimento de sistemas, redes de computadores e saneamento ambiental.

terça-feira, outubro 28, 2008

'Playboy' divulga primeira foto do ensaio de Cláudia Ohana


A revista Playboy divulgou nesta terça-feira a primeira foto do ensaio de Cláudia Ohana. Na imagem, a atriz, que estampa a capa de novembro da publicação masculina, aparece vestindo apenas um corpete tomara-que-caia preto.
Esta foi a segunda vez que Cláudia, 45 anos, posou nua para a Playboy. "Não sou mais menina, sou mulher de verdade. Agora estou mais malhada, com pernas mais torneadas do que nos anos 80", comentou ela.
A pedido da própria atriz, o tema do ensaio fotográfico foi o circo. "Queria um cenário que fizesse referência ao meu começo no cinema. Algo bem cru, que não combinasse com cílios postiços ou maquiagem", disse. Inspirado em filmes como Abril Despedaçado e Cinema, Aspirinas e Urubus, o cenário teve grande participação de Cláudia Ohana.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Picape feita de 35 mil carrinhos é destaque no Salão do Automóvel


Réplica do modelo L200 Triton é inspirada em uma campanha publicitária.
A invenção do artista plástico Edu Cordeiro levou 50 dias para ficar pronta.
Gabriella Sandoval
Do G1, em São Paulo
Uma picape composta por nada menos do que 35 mil carrinhos promete atrair os olhares dos visitantes que passarem pelo estande da Mitsubishi no Salão do Automóvel de São Paulo, que abriu nesta segunda-feira (27) para a imprensa e estará aberta para o público a partir de quinta-feira (30) até o dia 9 de novembro no Pavilhão de Exposições do Anhembi.
Confeccionada para o evento, a réplica do modelo L200 Triton é inspirada em uma campanha publicitária criada no ano passado, quando a picape foi lançada.
A invenção do artista plástico Edu Cordeiro levou 50 dias para ficar pronta. “Tiramos o molde do carro e fomos fazendo a colagem. Atrás dos carrinhos há uma estrutura de plástico e ferro”, explica Edu. Ele contou com a ajuda de outras seis pessoas para concluir a obra, que deve ter deixado muitos baixinhos desfalcados nesse Dia das Crianças.

sábado, outubro 25, 2008

Macacos, porcos e doninhas também eram pets na Idade Média


Tradição de manter bichos em casa se espalhou nos séculos XVII e XVIII. Esses animais eram, além de companhia, fonte de alimento e de dinheiro.
Giovana Sanchez
Do G1, em São Paulo
Na Idade Média, o valor dos animais e o tratamento dado a eles eram bem diferentes dos dos dias atuais. Mas o conceito de bicho de estimação já existia e era mais, digamos, abrangente que o de hoje.
Não era raro ver em uma casa medieval um macaco, uma doninha, uma ovelha ou um porco. Esses animais eram, além de companhia, fonte de alimento e de dinheiro, pois podiam ser trocados ou vendidos.
"Quando uma criança se comportava bem, ela geralmente ganhava uma ovelha de presente dos pais", explicou ao G1, por telefone, Barbara Hanawalt, especialista em história medieval e professora da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos. Segundo ela, além dos cachorros, que eram muito comuns nas casas, as famílias mantinham esquilos, papagaios, ovelhas e macacos.
Os gatos não eram tidos como animais de estimação, mas sim de trabalho. Seu papel era espantar os ratos das redondezas das casas.
Os camponeses geralmente davam a comida que eles próprios comiam para os bichos, que ficavam dentro das casas, em locais reservados para eles. Uma prática comum era levar animais às igrejas.
Segundo a professora de literatura inglesa da Universidade da California e autora do recém-lançado "For the Love of Animals: The Rise of the Animal Protection Movement", Kathryn Shevelow, em entrevista ao G1 por e-mail, o costume de manter animais em casa se espalhou pela Europa entre os séculos XVII e XVIII. "Mas a aristocracia já mantinha uma longa tradição de animais de estimação, pois podia pagar."
Valor
Os animais eram muito valiosos na Idade Média. "Entre os camponeses, eles significavam um instrumento de trabalho, e entre as classes altas, um artigo de luxo", explica Hanawalt.
Segundo ela, hoje nós temos mais pets que nos servem de companhia do que na Idade Média e nós provavelmente damos mais características humanas aos animais. "Mas eles conheciam mais intimamente os animais, porque viviam mais com eles."

Miniatura de carro com diamantes é avaliada em US$ 140 mil



Hot Wheels Califórnia recebeu pedras de 23 quilates; o carro customizado será leiloado em Los Angeles (EUA)

Da Reuters

Um carrinho Mattel Hot Wheels customizado com diamantes de quase 23 quilates será leiloado em Los Angeles, nos Estados Unidos. O 'clássico Califórnia' está avaliado em US$ 140 mil (Foto: Fred Prouser/Reuters)

sexta-feira, outubro 24, 2008

Debate esquenta reta final da campanha em São Luís


SÃO LUÍS - O debate entre os dois candidatos a prefeito marcou a reta final da campanha em São Luís. João Castelo (PSDB) e Flávio DIno (PCdoB) estiveram frente a frente, nesta sexta-feira à noite, no estúdio da TV Mirante. O debate foi mediado pelo jornalista Tonico Ferreira, da Rede Globo de Televisão.
Primeiro bloco
O primeiro bloco do debate entre os dois candidatos a prefeito de São Luís foi marcado pela troca de acusações entreFlávio Dino (PC do B) e João Castelo (PSDB).
Por sorteio, João Castelo iniciou o embate perguntando a Flávio Dino sobre a área social (Bolsa Família). Segundo o candidato do PC do B, o partido sempre apoiou o programa do governo federal. "Ao contrário do seu partido, nós sempre apoiamos o programa", disse. João Castelo respondeu, afirmando que também éfavorável ao Bolsa Família".
Na sua primeira pergunta, Flávio Dino indagou João Castelo sobre o modelo de administração que o candidato do PSDB pretende seguir, fazendo alusão à EMAP, recentemente administrada por João Castelo: "A Emap estava deteriorada, nós sanamos os problemas". O candidato do PC do B replicou, dizendo que Castelo praticou nepotismo e compras sem licitação: "Você empregou várias pessoas quando administrou a Emap".
Na sua última pergunta do primeiro bloco, João Castelo questionou Flávio Dino sobre as propostas para a área da educação. Flávio respondeu: "Vamos melhorar e adaptar as escolas e, ao contrário do senhor (João Castelo), entendo que escola é lugar de aprendizado e não para alimentação." Castelo rebateu, dizendo que pretende melhorar a alimentação nas escolas para estimular as crianças.
No fim do bloco, Flávio perguntou para Castelo se ele acreditava que era importante um candidato possuir ficha limpa. O candidato do PSDB disse que era importante e Flávio Dino replicou criticando o candidato do PSDB: "O senhor responde por vários processos na Justiça".
Segundo bloco
Educação, saúde, limpeza pública, trânsito, foram os temas sorteados pelo mediador Tonico Ferreira para o segundo bloco do Debate.
O primeiro a perguntar foi o candidato Flávio Dino (PCdoB), que questionou o adversário sobre as propostas que ele tem para a Educação. Castelo reforçou as propostas apresentadas no horário eleitoral, entre elas as de oferecer leite, fardamento completo e aulas de reforço para os estudantes e capacitação para os professores. Afirmou também que fará uma escola em cada bairro. Flávio Dino retrucou afirmando que o adversário estaria confundido ‘escola com restaurante’.
A prática do nepotismo também foi lembrada pelos candidatos. Flávio Dino acusou o candidato João Castelo de ter empregado vários parentes na Empresa Maranhense de Administração Portuária – Emap quando foi presidente. Castelo devolveu a acusação afirmando que Dino teria emplacado o irmão como secretário de governo na administração de José Reinaldo. Outro tema polêmico e que gerou troca de acusações entre os candidatos foram os pedidos de impugnação da candidatura do Tucano. Castelo afirmou que Dino teria impugnado sua candidatura, o que foi contestado pelo Comunista. ‘Quem impugnou sua candidatura foi Raimundo Cutrim e Clodomir Paz’.
Ao falar sobre o tema Saúde, os dois candidatos afirmaram que vão construir hospitais e expandir a rede municipal de saúde. A polêmica nesse tema foi com relação à paternidade do hospital Socorrão I. Castelo afirma que foi ele quem construiu o hospital. ‘Esse hospital foi construído por mim há 28 anos e até hoje é o principal hospital de urgência e emergência de São Luís’. Dino afirmou que o Socorrão I foi construído pela Cruz Vermelha. ‘O Socorrão I foi construído pela Cruz Vermelha e até onde eu sei o senhor nunca integrou essa entidade’.
Ao falar sobre limpeza pública, os dois colocaram a importância de implantar a coleta seletiva do lixo, programas de reciclagem que gerem emprego e renda.
Sobre o trânsito, os candidatos afirmaram que vão investir em novas avenidas para desafogar o trânsito e melhorar o transporte coletivo.
Terceiro bloco
O terceiro bloco do embate seguiu o tom dos anteriores: os candidatos comentavam sobre as propostas e criticavam o adversário. O saneamento básico foi o tema da pergunta inicial do candidato João Castelo para Flávio Dino. O candidato do PCdoB afirmou: "Iremos acabar com o esgoto a céu aberto, iremos cobrar a ação da Caema e também fazermos o PAC São Luís". Castelo replicou: "Vamos dialogar com a Caema e trabalharmos de forma conjunta. Vamos implantar redes de esgoto em toda a cidade". Outro ponto destacado foi a refinaria. Flávio Dino perguntou quais as propostas de João Castelo para ela. O candidato do PSDB falou que pretende estimular a qualificação dos trabalhadores. Flávio replicou: "Iremos dar condições para que a refinaria se instale. Vamos também trabalhar para qualificar os trabalhadores".
Quarto bloco
No quarto bloco do debate, foram abordados pelos candidatos os temas segurança pública, habitação, emprego e renda e o funcionalismo público.
O bloco começou polêmico. Flávio Dino perguntou sobre a proposta feita pelo adversário de tirar a Guarda Municipal do trânsito de São Luís. Castelo afirmou que vai retirar a Guarda Municipal do trânsito para colocar na porta das escolas. ‘Os estudantes precisam de segurança na porta das escolas. Nós vamos retirar a Guarda das ruas e deixar o pessoal especializado cuidando disso’.
Dino rebateu afirmando que o tucano desconhecia o papel da Guarda Municipal. "A Guarda Municipal não cuida do trânsito, essa não é a sua função. Nós vamos reforçar a Guarda". Quando o tema foi habitação, os dois candidatos aproveitaram a oportunidade para falar sobre suas propostas para a área. Os dois prometeram construir mais habitações e melhorar as que já existem. "Vamos continuar a fazer o que já está sendo feito às margens do Rio Anil, que é melhorar as condições de moradia com o apoio do Governo Lula", afirmou Flávio Dino. "Nós vamos implantar o ‘Palafita Zero’. Ele será uma grande obra do meu governo", afirmou Castelo.
Mas a grande polêmica desse bloco do debate ficou por conta do tema emprego e renda. Flávio acusou Castelo de defender a oferta de empregos, mas de não ter isso como prática política. "O senhor diz que vai oferecer mais emprego. No entanto, demitiu os funcionários das suas empresas e até hoje muitos trabalhadores nunca receberam o dinheiro das indenizações", atacou Dino.
Castelo se defendeu garantindo que vai apresentar provas de que não deve a nenhum funcionário. "Eu vou mostrar que não tenho nenhum processo na Justiça do Trabalho. Vou entregar essas certidões para a imprensa tomar conhecimento", garantiu Castelo. O último tema do quarto bloco foi o funcionalismo público. Os dois candidatos afirmaram que vão fazer concursos públicos e garantir melhores condições de trabalho.
Quinto bloco
No último bloco, os candidatos tiveram dois minutos para fazer suas considerações finais. Por sorteio, João Castelo foi o primeiro a falar. Agradeceu a familiares, companheiros de partido, militantes e disse: "Quero ser prefeito porque amo essa cidade. Quero estimular o turismo, acabar com o esgoto a céu aberto e fazer a alegria desse povo". Já Flávio Dino também agradecedeu a todos que participaram da campanha e acreditaram na candidatura e finalizou: "Não vou desperdiçar essa chance, não vou decepcionar, quero novamente agradecer, este é um momento inesquecível".

Imirante

quinta-feira, outubro 23, 2008

Detido pela oitava vez por furto, garoto vai para a Fundação Casa

Outros furtos ocorreram quando ele tinha 11 anos e não podia ser detido.
Polícia o seguiu após menino fazer manobra brusca na Zona Sul

Do G1, em São Paulo

Um garoto de 12 anos foi detido na tarde desta quinta-feira (23) por dirigir um carro furtado. Segundo a polícia, ele é o mesmo menino que, aos 11 anos, somava sete boletins de ocorrência por furto, roubo e ameaça. O garoto virou notícia em agosto deste ano, justamente por estar dirigindo um carro roubado.
Segundo a polícia, o garoto dirigia pela Avenida Nossa Senhora do Sabará quando fez uma manobra brusca. O carro da polícia se aproximou e o menino tentou fugir, batendo o carro na porta de uma garagem.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Justiça dos EUA arquiva processo contra Deus por não saber endereço de réu

Como não foi possível notificar o Criador, juiz decidiu encerrar processo.
Senador alega que Deus é onisciente e deve ser julgado por 'crimes'

Do G1, com informações da Associated Press

A Justiça de Nebraska, nos Estados Unidos, decidiu arquivar nesta quarta-feira o processo que um senador movia contra Deus. O juiz Marlon Polk, da corte distrital do condado de Douglas, disse que como o senador Ernie Chambers não informou no processo o endereço do réu, a Justiça não teria como notificar Deus.

No processo, Chambers acusa Deus de gerar medo e de ser responsável por milhões de mortes e destruições pelo mundo. Segundo ele, Deus gerou “inundações, furacões horríveis e terríveis tornados”.

Chambers comentou que Deus fez ameaças terroristas contra ele e seus eleitores. Conforme o senador, ele abriu o processo em Douglas porque Deus está em todas as partes.

"Como a corte não tem condições de notificar Deus, é preciso arquivar o processo", afirmou o juiz Marlon Polk em sua decisão.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Em blog, Krugman diz que vencer Nobel foi 'engraçado'

Comentário foi feito no blog do economista no 'The New York Times'.
Prêmio será entregue em 10 de dezembro, e valor é de US$ 1,4 milhão

Do G1, em São Paulo

"Uma coisa engraçada aconteceu comigo nesta manhã", escreveu em seu blog o pesquisador norte-americano Paul Krugman, referindo-se ao Prêmio Nobel de Ciências Econômicas que foi atribuído a ele nesta segunda-feira (13).

A frase foi a única com a qual o economista comentou o acontecimento em seu blog no site do jornal "The New York Times", no qual mantém uma coluna. A afirmação é seguida apenas de um link que remete o internauta à página oficial do prêmio.

A Real Academia de Ciências da Suécia anunciou ter anunciado o prêmio a Krugman por sua análise dos padrões do comércio e a respeito da localização da atividade econômica. O prêmio, de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhão), vai ser entregue em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel.

sábado, outubro 11, 2008

Samba, feijoada e disco comemoram os 100 anos de Cartola


Clássico do samba e fundador da Mangueira, centenário é neste sábado. Nomes como Beth Carvalho, Alcione e Elba Ramalho participam de show


Alícia Uchôa

Do G1, no Rio


Cartola não foi um sonho que a gente teve, como costuma dizer Nelson Sargento. O bamba, que completaria 100 anos neste sábado (11), será homenageado pela Mangueira da maneira que ele mais gostava: com samba.




A alvorada lá no morro começa às 7h, no Centro Cultural Cartola, com o rufar de tambores das principais escolas de samba anunciando o que virá a seguir: às 14h, tradicional feijoada mangueirense, na quadra da escola (Rua Visconde de Niterói, 1072 - Mangueira), com apresentação musical do veterano Nelson Sargento, e às 18h, missa de ação de graças.


Na segunda-feira (13) o show “Cartola Eterno” reúne no Canecão nomes como Alcione, Beth Carvalho, Emílio Santiago, Nelson Sargento, Elba Ramalho, Maria Rita, Sandra de Sá e Rosemary. Além, claro, da velha guarda da Mangueira.


Cartola por e para todos


"Ele é tão importante para o samba quanto para a MPB. Não apenas pela obra valiosa, mas também porque foi um dos fundadores da Estação Primeira. Foi ele que deu as cores para a Mangueira. Suas músicas continuam vivendo através das vozes de artistas das mais variadas gerações. É atemporal", derrete-se Alcione.


"O cartola era um gênio, um grande poeta que tinha uma marca única em suas músicas", define Beth Carvalho, que lembra ter tido uma relação de pai e filha com o sambista.


“O Cartola faz parte de um grupo de compositores de alma feminina”, completa Rosemary, que gravou o músico em seu último disco “Mulheres da Mangueira”.


Cartola para todos
Aproveitando o ensejo, o produtor musical Alvaro Fernando lança no mesmo sábado o disco “Cartola Para Todos”, resultado de 10 anos de gravações com 36 artistas diferentes. "Quem dera Cartola pudesse ouvir o CD...", diz ele, que reuniu músicos como Paulo Moura, Marco Suzano e Wanda Sá.
Breve biografia
Nascido em 1908, Cartola foi para a Mangueira aos 11. Desde então passou a participar das festas de rua tocando cavaquinho.

Ao longo da vida, além de músico, trabalhou em tipografias, foi pedreiro, vigia e lavador de carros. Já consagrado, abriu com a mulher, Dona Zica, o restaurante Zicartola, que se tornou uma referência na história do samba.

O apelido Cartola veio do chapéu de coco que ele usava na época em que era pedreiro, para evitar que o cimento caísse sobre sua cabeça. Cartola morreu de câncer, em 1980.

Morre Chicão, ex-jogador do São Paulo e da Seleção


Destaque do São Paulo nos anos 70 e um dos líderes na conquista do Campeonato Brasileiro de 1977 pelo clube, o ex-jogador Francisco Jesuino Avanzi, conhecido como Chicão, morreu na madrugada desta quarta-feira, aos 59 anos, vítima de câncer. A informação foi divulgada pelo site oficial do time tricolor.
Conhecido pela raça e dedicação dentro de campo, Chicão defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1978, na Argentina. O corpo dele será velado nesta quarta, na Câmara Municipal de Piracicaba, sua cidade natal. O enterro será realizado amanhã.
O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, já decretou luto oficial em decorrência da morte do ex-jogador. Pelo clube, Chicão disputou 312 jogos entre 1973 e 1979 e assinalou 19 gols.
Além do time tricolor, o ex-volante atuou também por União Barbarense, XV de Piracicaba, São Bento, Ponte Preta, Atlético-MG, Santos, Londrina e Mogi-Mirim.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Ganhador do Nobel da Paz tem doçura e firmeza do bom diplomata, diz analista

Alain Délétroz trabalhou com Martti Ahtisaari, premiado nesta sexta-feira. Para o analista, melhor trabalho do finlandês foi como mediador em Kosovo

Giovana Sanchez Do G1, em São Paulo

Martti Ahtisaari é um ótimo negociador. Tem uma paciência única e sempre ouve todos antes de se pronunciar. Tem a fala doce, mas firme, como um bom diplomata." É assim que o analista Alain Délétroz, da organização International Crisis Group, define o ganhador do Nobel da Paz deste ano, o ex-presidente da Finlândia Martti Ahtisaari.

Em entrevista ao G1, por telefone, Délétroz disse que ficou muito satisfeito com a premiação. Ahtisaari foi presidente da instituição entre os anos de 2000 a 2004.

Segundo Délétroz, foi uma época difícil, pois a invasão norte-americana ao Iraque dividiu opiniões no grupo. "Além do baixo orçamento que tínhamos na época, trabalhávamos com uma situação de crise, com divergências internas. Ahtisaari soube balancear a situação, ouvir os dois lados e colocá-los em conformidade", disse o analista.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Trecho do livro 'O africano', do vencedor do Nobel


Escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio venceu o Nobel. Anúncio foi feito nesta quinta-feira pela academia sueca

Do G1, em São Paulo

Confira, abaixo, trecho do livro "O africano", do escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, vencedor do prêmio Nobel. A obra foi lançada no Brasil pela editora Cosac Naify.

É à África que quero incessantemente voltar, à minha memória de criança. À fonte de meus sentimentos e de minhas determinações. O mundo muda, é certo, e aquele que lá está, em pé no meio do alto capinzal da planície, no sopro quente do vento que traz os cheiros da savana, o rumor penetrante da floresta, sentindo nos lábios a umidade das nuvens e do céu, aquele lá está tão longe de mim que não há história ou viagem que me permita alcançá-lo.
Às vezes, no entanto, vou andando ao acaso pelas ruas de uma cidade e, bruscamente, ao passar por uma porta, na parte baixa de um imóvel em construção, aspiro aquele cheiro frio de cimento recém-moldado e eis que estou na choupana de passagem de Abakaliki, eis que entro no cubo sombrio de meu quarto e vejo atrás da porta o grande calango azul que nossa gata estrangulou e me trouxe como um sinal de boas-vindas. Ou então, quando menos espero, sou invadido pelo perfume de terra molhada do nosso quintal em Ogoja, quando a chuva de monção rola pelo telhado da casa para ir zebrar riachinhos cor de sangue no solo todo fendido. Chego até a escutar, por cima da vibração dos carros engarrafados numa avenida, a música contundente e doce do rio Aiya.
Ouço as vozes das crianças que gritam, que me chamam, que estão diante da cerca-viva, na entrada do quintal, e trouxeram suas pedrinhas e suas vértebras de carneiro para brincar, para levar-me com elas à caça às cobras. Depois do almoço, finda a aula de aritmética com minha mãe, vou me instalar na varanda cimentada, diante do forno do céu branco, para fazer deuses de barro e pô-los para secar ao sol. Lembro-me de cada um deles, de seus nomes, de seus braços erguidos, de suas máscaras. Alasi, o deus do trovão, Ngu, Eke-Ifite, a deusa-mãe, Agwu, o malicioso. Mas eles são mais numerosos ainda, todo dia eu invento um nome novo, eles são meus chis, meus espíritos que me protegem e vão interceder por mim junto a Deus.
Vou olhar a febre subindo no céu crepuscular, os relâmpagos em silenciosa corrida por entre o cinza das escamas das nuvens aureoladas de fogo. Quando a noite estiver negra, escutarei pouco a pouco os passos do trovão, a onda que faz minha rede balançar e apaga a chama do meu lampião. Escutarei a voz de minha mãe, que conta os segundos que nos separam do impacto do raio e calcula a distância à razão de trezentos e trinta e três metros por segundo. Enfim o vento da chuva, muito frio, que avança com toda a força pelo alto das árvores; ouço cada galho que geme e quebra, o ar do quarto fica cheio da poeira que a água levanta ao bater na terra.
Tudo isso tão distante, tão próximo. Uma simples divisória, fina como um espelho, separa o mundo de ontem do meu mundo de hoje. Não falo de nostalgia. Tal impressão de desamparo nunca me causou nenhum prazer. Falo de substância, de sensações, da parte mais lógica de minha vida.
Alguma coisa me foi dada, alguma coisa me foi tomada de novo. O que está definitivamente ausente de minha infância: ter tido um pai, ter crescido junto dele na doçura da intimidade familiar. Sei que isso me fez falta, sem pesar, sem ilusão extraordinária. Quando um homem, dia após dia, olha a luz modificar-se no rosto da mulher que ele ama, quando espia cada brilho furtivo no olhar de seu filho. Tudo isso que um retrato, uma foto, sejam eles quais forem, nunca poderão captar.
Não quero falar de exotismo, esse vício ao qual as crianças são de todo alheias. Não porque vejam através dos seres e das coisas, mas justamente por verem tão-somente isso: uma árvore, um buraco na terra, uma coluna de formigas-carpinteiras, um bando de moleques levados em busca de uma brincadeira, um velhote de olhos baços que estica a mão descarnada, uma rua de uma aldeia africana, quando é dia de feira, eram todas as ruas de todas as aldeias, todos os velhos, todas as crianças, todas as árvores e todas as formigas. Esse tesouro está sempre vivo em meu íntimo, não pode ser extirpado. Muito mais que de simples lembranças, ele é feito de certezas.
Se eu não tivesse tido esse conhecimento carnal da África, se não houvesse recebido essa herança de minha vida antes de meu nascimento, em que teria me tornado? Hoje, existo, viajo, criei por minha vez uma família, enraizei-me em outros lugares. Contudo, a cada instante, como uma substância etérea que circula entre as divisórias do real, sou traspassado pelo tempo de outrora, em Ogoja. E isso, em súbitos impulsos, me submerge e atordoa. Não somente essa memória de criança, extraordinariamente precisa quanto a todas as sensações, os odores, os sabores, a impressão de relevo ou de vazio, o sentimento da duração.
É escrevendo que agora o compreendo. Essa memória não é somente a minha. É também a memória do tempo anterior ao meu nascimento, quando meu pai e minha mãe andavam juntos pelas estradas do planalto, nos reinos do oeste de Camarões. A memória das esperanças e angústias de meu pai, de sua solidão, seu abatimento em Ogoja. A memória dos momentos de felicidade, quando eles dois estavam unidos pelo amor que acreditavam ser eterno. Iam então pela liberdade dos caminhos, e os nomes dos lugares adentraram-se em mim como nomes de família, Bali, Nkom, Bamenda, Banso, Nkong-samba, Revi, Kwaja. E os nomes das terras, Mbembé, Kaka, Nsungli, Bum, Fungom. As chapadas por onde avança lentamente o rebanho de animais com chifres de lua para enganchar nas nuvens, entre Lassim e Ngonzin.
Afinal de contas, talvez meu velho sonho não me tenha enganado. Se meu pai se tornou o Africano, por força de seu destino, eu, quanto a mim, posso pensar em minha mãe africana, aquela que me beijou e nutriu no instante no qual fui concebido, no instante em que eu nasci."


quarta-feira, outubro 08, 2008

Quadrinhos contam biografias de Obama e McCain

REUTERS

LOS ANGELES - As histórias das vidas dos candidatos presidenciais americanos John McCain e Barack Obama chegam às bancas e livrarias americanas na quarta-feira -- e a empresa responsável pelas biografias ilustradas espera que muitos adultos as comprem.
A editora IDW Publishing, de San Diego, disse que produziu as biografias em quadrinhos dos dois candidatos para capitalizar em cima da eleição. As duas serão vendidas separadamente em lojas de HQs e juntas, em edição encadernada, em livrarias.
No gibi de McCain, o candidato presidencial republicano é mostrado sendo espancado por seus captores num campo de prisioneiros de guerra no Vietnã. Obama, o candidato democrata, é retratado como organizador comunitário, sentado em volta de uma mesa de cozinha com moradores de Chicago, ouvindo-os.
- É uma grande curtição para mim fazer algo tão fora do comum em termos de quadrinhos - disse Scott Dunbier, editor de projetos especiais da IDW.
Dunbier disse que passou a apreciar mais os dois candidatos depois de pesquisar dados para suas biografias.
- Os dois têm histórias muito instigantes - disse ele.
A editora procurou se manter neutra no trabalho de relatar as histórias de vida dos dois senadores.
As capas das duas publicações mostram os candidatos em pé diante de uma bandeira americana. McCain sorri, voltado à direita, enquanto Obama olha para a esquerda com expressão estóica.
Cada revista tem 28 páginas. Elas foram baseadas em matérias publicadas pela imprensa, Web sites oficiais e livros dos próprios candidatos.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Asteróide deve colidir com a Terra na noite desta segunda-feira

Objeto tem apenas um a cinco metros de diâmetro e não oferece riscos.
É a primeira vez que os cientistas conseguem prever uma colisão.

Salvador Nogueira
Do G1, em São Paulo

Quando todos acham que o mundo parece estar para acabar, vem a notícia: um pequeno asteróide, descoberto há poucas horas por um observatório do Arizona (EUA), deve colidir com a Terra às 23h46 desta segunda-feira (6). Mas, a despeito de quaisquer temores, não há perigo algum, segundo os astrônomos. Ele é dos pequeninos e deverá queimar por inteiro na atmosfera.
O objeto tem entre um e cinco metros de diâmetro e deve queimar completamente a alturas bem superiores às que os aviões costumam usar para transitar pelo mundo. Uma bola de fogo brilhante deve ser o único resultado observável.
"Queremos salientar que esse objeto não é uma ameaça", disse, em nota, Timothy Spahr, diretor do Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional. "Estamos empolgados porque esta é a primeira vez que passamos a previsão de que um objeto entrará na atmosfera da Terra."
As chances estão entre 99,8% e 100% de que o objeto colidirá com nosso planeta, segundo cálculos de Andrea Milani, da Universidade de Pisa.
O meteoro deve ser visível do leste africano, e a expectativa é a de um grande show -- uma bola muito brilhante cruzando rapidamente o céu, de nordeste para sudoeste. O objeto deve adentrar a atmosfera sobre o norte do Sudão, numa diagonal suave, com relação à superfície.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Sai esse mês o 1º romance de Amores Expressos

Sai do forno, esse mês, o primeiro livro da coleção Amores Expressos - o projeto criado pelo produtor Rodrigo Teixeira, polêmico por ter levado dezessete escritores brasileiros, cada um para uma cidade do mundo – Cairo, Lisboa, Bombaim, Paris, Sydney, Havana, entre outras, para escrever uma história de amor. “Investi do bolso, levei quem eu quis”. Ponto pacífico.
Um deles foi Daniel Galera, gaúcho, 29 anos, que foi para Buenos Aires, e agora, quem lança sua prosa ficcional, “Cordilheira”, pela Companhia das Letras. O Repique conversa com o autor para saber mais:
Conta um pouco sobre o seu novo livro, o “Cordilheira”.
"Cordilheira" é um romance protagonizado por uma moça de 27 anoschamada Anita. Ela vai a Buenos Aires lançar a tradução argentina deseu livro e decide ficar um tempo lá para fugir da vida em São Paulo,recentemente marcada por uma separação, pelo suicídio de uma amiga e por um desejo de ser mãe que é mal-recebido por todos que a cercam.Logo ela começa a ser abordada por um leitor e se envolve com ele ecom seus estranhos amigos. O livro é quase todo narrado em primeirapessoa por Anita.
O que mais te inspirou em Buenos Aires?
Eu não diria que Buenos Aires me inspirou muito. Minha relação com a cidade foi mais instrumental. Eu já tinha uma idéia e usei Buenos Aires como cenário, como fonte de cor e detalhes para uma história que já vinha desenvolvendo na cabeça havia algum tempo. Não foi a viagemque me ofereceu a idéia, mas ela foi essencial como exílio e referência para que eu desenvolvesse a trama e os personagens.
No que evoluiu esse romance de outros seus?
É um livro bem diferente dos outros que já publiquei, não apenas pelascaracterísticas da narradora, mas por ter um estilo mais solto que o "Mãos de Cavalo", por exemplo, e se permitir algumas brincadeiras ereferências metaliterárias - apesar de ser uma história triste, foi umlivro que me diverti fazendo.
Como é seu processo criativo?
Não existe padrão. O "Até o dia em que o cão morreu" eu escrevi nuns quatro meses, e tive a idéia pouco tempo antes de começar. O "Mãos deCavalo" levou dois anos para ser escrito e foi pensado por no mínimoum ano antes disso, mas ele tem algumas idéias, personagens e cenasque lembro de carregar na imaginação desde meus oito ou dez anos deidade, em alguns casos. É resultado de um longo período de idéiasacumuladas. O "Cordilheira" partiu de uma idéia que tive logo depois de publicar o "Mãos", em 2006, e quando fui a Buenos Aires já na mente tinha o esboço inicial do que o romance seria. Quando começo a escrever um romance, em geral já tenho uma boa idéia do que se trata, ainda que muita coisa mude radicalmente no decorrer do processo. Em geral faço três ou quatro versões do livro antes de chegar na final, contando com a opinião de alguns leitores de confiança e dos editores nessa última etapa.
É seu primeiro romance com o personagem central feminino? Como foi se colocar nesse viés?
Já tinha escrito alguns contos com mulheres como narradoras, e emgeral tive boa recepção nesses casos. Fazer um romance narrado por uma mulher foi um desafio bem maior. No início travei um pouco, pois fiquei preocupado demais em manter a autenticidade a qualquer custo, mas logo percebi que era um engano. Em primeiro lugar, porque seria ridículo supor que um homem pode escrever como uma mulher. Em segundo, porque no fundo, em termos literários, não há diferença tão abismal entre uma voz masculina e uma feminina. É só questão de conseguir se colocar um pouco no lugar da personagem, coisa que também se precisa fazer com um narrador masculino. Quando optei por essa abordagem mais solta, o livro fluiu. Para mim, escrever bem está diretamente vinculado a ser capaz de se colocar no lugar dos outros, homens ou mulheres, e este é um exercício ao qual me sinto condenado desde sempre.
Por que você está morando em Santa Catarina?
Eu queria poder nadar no mar todo dia.
Você traduz escritores ingleses. Quais são seus prediletos?
Traduzo autores de língua inglesa em geral. Dos que traduzi, minhafavorita talvez seja a Zadie Smith, e também o Irvine Welsh (que traduzi em dupla com Daniel Pellizzari) e o Robert Crumb. A Zadie escreve romanções à moda antiga com temática contemporânea, retrato danova sociedade multiétnica dos EUA e Inglaterra, com todo o sincretismo cultural etc. Costuma se dar bem, é muito talentosa.Traduzi o "Sobre a beleza", mas o livro dela que mais gosto é "O caçador de autógrafos", justamente o que foi mais malhado pela crítica mundial. Agora estou traduzindo por passatempo um romance do Cormac McCarthy que nenhuma editora quer publicar, o "Suttree". Faço uma página por dia. Em dois ou três anos devo terminar uma primeira versão da tradução.
Você acha a Língua Inglesa mais bem resolvida que a Língua Portuguesa?
Só prefiro o inglês na música, por uma questão rítmica. Pra me xpressar, o português dá e sobra.