segunda-feira, novembro 29, 2010

5 Ideias para motivar seus alunos definitivamente

Postado por Irondino Torma

Lista: 5 ideias para motivar seus alunos definitivamente. Após ler essas dicas você saberá como motivar seus alunos.


Está cada vez mais difícil manter os alunos motivados em sala de aula, mas está lista com 5 ideais podem resolver o problema nas suas turmas.
Agora você poderá transformar sua sala de aula num ambiente mais participativo e interessante como sempre quis.

1. Seja compreendido e tenha certeza disso:
Pesquisas reveleram que alunos fazem mal ou não fazem suas atividades ou participações pelo simples fato de que eles não entendem o que devem fazer ou porque eles estão fazendo a atividade. Os professores precisam explicar mais vezes o motivo pelo qual ensinam o que ensinam e fazem o que fazem e o motivo pelo qual isso é interessante e vale a pena. Seu entusiasmo deve ser transmitido aos alunos, que estarão mais propensos a se interessar. Explique aos alunos o que vocês esperam dos trabalhos ou atividades que solicitarem. É impossível ter sucesso no que não se sabe o que fazer.
Durante suas aulas os alunos vão falar "Quando é que vamos usar isso? Isso é bobagem". Para amenizar os professores podem responder: "Realmente nós nunca sabemos quando o conhecimento e as nossas habilidades serão úteis pode ser amanhã ou daqui a 2 anos" ou "Vocês vão usar no dia da prova então aprendam porque essa matéria também reprova", você pode explicar como é ruim repetir de ano, pois vai rever todo aquele material "inútil" novamente enquanto os outros colegas estão indo para Universidade.

(Uma pesquisa realizada num campus universitário nos EUA mostrou que um membro do corpo docente deu uma atribuição dos estudantes para um grupo de colegas para análise. Poucos deles entenderam o que o professor queria, ou seja, se professores experientes estão confusos, como vocês vão esperar que os alunos entendam?)

2. Você gosta de ser recompensado pelo que faz?
Se seus alunos não são motivados para aprender você pode ajudá-los com motivadores, sob a forma de recompensas. Caia na real os alunos não estão mais preocupados com o que os professores acham deles e muito menos o que dizem sobre eles e tão pouco querem ser que nem você. E atualmente se você pegar pesado corre o risco de levar uns tapas. Não perca tempo criticando o comportamento ou respostas indesejadas, mas recompense o comportamento correto e respostas. Não precisa avisar das recompensas, vá e recompense. Você sabe que adultos e crianças continuam a repetir o comportamento que é recompensado, pois ninguém é tonto. As recompensas podem (e devem) ser pequenas e adaptadas para o nível dos alunos e o nível da escola. Para crianças você pode dar um chiclete sem açúcar (por favor) ou um conjunto de lápis de cor.
No nível superior isso também é possível você pode dar livros, almoços, ou aquele velho bom elogio verbal na sala de aula para que todos ouçam e assim por diante.
Todos gostam da sensação de realização, ser útil e reconhecimento.
Recompensar pelo bom trabalho produz bons sentimentos.

3. Seja um ser humano exemplar.
Professores que parecem seres humanos agradáveis e carinhosos servem de exemplo. Claro que gente ruim tem no mundo e talvez você nunca consiga fazer isso. Fale da sua vida e das suas dificuldades para os alunos, principalmente pequenas histórias de problemas e erros que cometeu, seja quando criança ou semana passada. Isso ajuda na relação do aluno/professor e ajuda os alunos a ver os professores como amigos acessíveis e não como autoridades distantes.
Mostre sempre que possível que você se preocupa com seus alunos, perguntando sobre o que gosta de fazer e dos seus objetivos quanto ao futuro.
Não tenha dúvida que você será confiável e mais respeitado do que professores (deuses).


Se Liga Professor! Entenda sua profissão como qualquer outra e que você está ali para compartilhar conhecimento e informação com outras pessoas (alunos).
Desça do salto que você não tem.


4. Faça o aluno fazer.
Você só motiva alguém fazendo ela se mover. Se tem dúvida procure agora uma palestra de motivação na internet. Você acha que eles gostam de estar na sala de aula na frente deles dando palestras para eles mesmos? Isso é pobreza de ensino (pelo menos na minha opinião). Envolva seus alunos em atividades de resolução de problemas, ajudando a decidir o que fazer e a melhor maneira de fazê-lo. Se tem uma lição sobre a natureza, por exemplo, é bem mais eficaz ir para rua do que ficar vendo fotos em livros.
Pegue problemas reais como aquele lago da sua cidade que está sujo ou qualquer parte da sua cidade que esteja imunda e encontrem soluções para o problema em países que tiveram o mesmo problema e conseguiram de fato resolvê-lo. Ok, acharam a solução? Vá na prefeitura e peça explicações do responsável e leve as possíveis soluções também. Se for necessário uma reunião, então agende e vá com seus alunos.

Os alunos gostam de ser úteis (assim como os adultos!).

5. Use emoções positivas.
Isso ajuda a melhorar a aprendizagem e motivação. As pessoas se lembram mais daquilo que é acompanhado de fortes emoções, ou seja, aproveite isso na escola. Tente fazer algo divertido, emocionante, feliz, triste, amarosa ou talvez até mesmo assustadora, os alunos aprendem mais facilmente e a aprendizagem vai durar muito mais tempo.

Não tenha vergonha de entrar com uma cueca enrolada na cabeça em sala de aula e após as risada fazer um belo discurso sobre a evolução e desenvolvimento da humanidade.
Não tenha medo de envergonhar-se para fazer um ponto memorável na sua sala de aula.

Tem uma dica? Compartilhe conosco!

Divulgada a capa da Playboy de dezembro com Letícia Birkheuer

29/11/2010 12h00 • Debora Luvizotto

A capa da edição de dezembro da revista Playboy, com a atriz, modelo e apresentadora Letícia Birkheuer foi divulgada nesta segunda-feira (29). O ensaio que foi fotografado pelo americano Greg Lotus ganhou uma capa bem discreta, mas, segundo Letícia, não é que está no recheio da revista.

“Esse é o primeiro ensaio da Playboy que não tem nenhuma peça de roupa, nenhuma joia, nada no cabelo, nem mesmo salto alto. É uma visão bem naturalista da mulher. Minha vida toda foi de pés descalços”, revelou a modelo para o jornal O Dia.

Letícia escreveu em seu Twitter falando sobre a capa: "Bom dia, galera! Amei a primeira capa da Playboy! Calma que terão duas capas, galera!". Ainda aproveitou para agradecer o editor da revista, Edson Aran. "O Aran disse que mulher linda basta o rosto na capa! Obrigada", escreveu a apresentadora do quadro Menina Fantástica, do programa dominical Fantástico.

Morena do ''É o Tchan'' posa sensual





Juliane Almeida protagonizou um ensaio para o jornal "Onda Carioca" vestindo apenas biquíni e deixando à mostra suas belas curvas. A dançarina do "É o Tchan" foi quem escolheu a estampa de oncinha da peça. "Acho estampas de onça, zebra, extremamente sensuais. Usadas da maneira correta valorizam a mulher", disse.

sexta-feira, novembro 26, 2010

"Casseta & Planeta Urgente!" chega ao fim em dezembro

Do UOL, no Rio

Formação da turma do "Casseta & Planeta Urgente!" em 2003, ainda com Bussunda

O programa "Casseta & Planeta Urgente!" vai deixar a grade da Globo a partir de dezembro, quando termina a atual temporada. É o fim do programa, exibido há 18 anos na emissora. A decisão foi tomada pelo grupo de humoristas, que pediu à direção da Globo para desenvolver um novo projeto. A informação foi confirmada pelo diretor José Lavigne.

"Você não pode trocar os quatro pneus do carro em movimento. Tem que parar e trocar cada um de uma vez. Já são quase 20 anos de programa", explicou José Lavigne, que dirige o programa desde 1992 e participou da concepção do programa desde o início.

O “Casseta & Planeta, Urgente!” surgiu de “Doris para Maiores" (1991), primeiro programa com participação regular da turma de humoristas à frente das câmeras. O grupo é atualmente formado por Claudio Manoel, Hubert, Hélio de La Peña, Marcelo Madureira, Beto Silva, Reinaldo e Maria Paula. Em 2006, o comediante Bussunda morreu durante a cobertura da Copa do Mundo, na Alemanha.

quinta-feira, novembro 25, 2010

PRISCILA FANTIN

Finalmente! Trouxemos a gatíssima Priscila Fantin para a VIP de dezembro. Dá só uma olhada na capa:

quarta-feira, novembro 24, 2010

A brigada do mensalão atira a esmo

ELIO GASPARI


A reforma política pode virar um álibi
para requalificar as malfeitorias
da quadrilha junto ao STF


O PRINCIPAL objetivo político do comissariado petista para o próximo ano é obter no Supremo Tribunal Federal a absolvição dos companheiros da quadrilha do mensalão.

Se for preciso aprovar uma reforma política que institua o financiamento público das campanhas e amaldiçoe o atual sistema eleitoral, isso será feito. Afinal, obtendo-se a reforma de uma estrutura que se denunciou como podre, pode-se argumentar que as podridões eram inevitáveis.

Segundo as repórteres Vera Rosa e Eugenia Lopes, o comissário José Dirceu disse, ao sair de um café da manhã com Nosso Guia, que, deixando o governo, Lula se dedicará, entre outras coisas a desmontar "a farsa do mensalão". Como fará isso junto ao plenário do Supremo, não se sabe.

É direito dos réus lutar pelas suas absolvições, mas o comissariado do governo parece estar perdendo a sensibilidade política. Há uma semana, o líder do PDT na Câmara, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, propôs numa reunião do Conselho Político que se aprove a legalização dos bingos. Passam-se uns dias e o Ministério Público de São Paulo revela que o deputado, bem como a poderosa central sindical que presidiu, foi condenado em primeira instância a devolver ao erário R$ 235 mil malversados, pagando também uma multa de R$ 471 mil. O litígio não está encerrado e caberá ao Tribunal Regional Federal julgar um recurso do parlamentar.

O comissariado do Planalto estava farto de saber da existência desse processo. Onipotente, achou perfeitamente natural que o incentivo à tavolagem entrasse na discussão no primeiro encontro do Conselho Político. Início de governo estimula a onipotência, mas exageraram.

Durante a campanha de 2002 e nos primeiros dias inebriantes de 2003, um tipo de megalomania primitiva e desonesta criou o mensalão: "Nós devemos a você, você cobra do Marcos Valério, ele toma dinheiro emprestado, nós vamos para o Planalto, um companheiro vai ao Banco Central, levanta a intervenção em dois bancos e o ervanário aparece". (Esqueceram-se de combinar com o russo Henrique Meirelles.)

Há uma forte carga de preconceito quando militantes do sindicalismo dos trabalhadores são nomeados para funções de relevo no governo. Busca-se transformar esse tipo de liderança em estigma. Se o indicado é um representante do sindicalismo patronal, tudo bem. Seu prestígio seria enobrecedor.

A ressurreição da quadrilha do mensalão depende apenas da Justiça e, até certo ponto, da opinião pública. Um governo que acredita na capacidade de mobilização dos sindicatos e entra em campo gritando "Bingo!" acha que pode tudo, em qualquer lugar, à hora que quiser. Engano. Olhado de dentro, o aparelho sindical pode ser lindo. Visto de fora, nem tanto.

Já se foi o tempo em que a morte de um sindicalista como Chico Mendes relacionava-se com uma causa. Nos últimos três anos foram assassinados pelo menos cinco dirigentes sindicais. Três eram tesoureiros de entidades. Em outubro mataram um diretor do sindicato dos motoristas de São Paulo, detentor de uma marca dramática: em 18 anos foram assassinados cinco diretores e sete funcionários do SindMotoristas.

Mistérios papais

editoriais@uol.com.br


Cabe encarar de uma respeitosa distância a afirmação do papa Bento 16 segundo a qual o uso de preservativos poderia, em casos extremos, ser aceitável pela doutrina católica como forma de evitar o contágio pelo vírus da Aids.

De uma perspectiva leiga -à qual soma-se na prática a atitude de muitos católicos-, a questão do uso da camisinha constitui, há muito, tema incontroverso.

Mesmo para experimentados vaticanólogos, persistem dúvidas sobre se as últimas declarações papais representariam o sinal para uma mudança mais ampla de perspectivas sobre a questão, ou se apenas reafirmam, a partir de uma hipótese muito particular, teses já estabelecidas pela igreja.

Na entrevista que deu origem ao noticiário recente, Bento 16 raciocinou que, num caso muito específico -o de um profissional do sexo soropositivo-, a decisão de usar preservativos para não contaminar o cliente seria, mesmo em se considerando o caráter nada ortodoxo da situação, sinal de alguma consideração ética; preferível, portanto, à da hipótese em que a camisinha não fosse utilizada.

Como se vê, a argumentação papal não é absolutamente destituída de lógica, embora possa significar pouca coisa de um ponto de vista doutrinário mais geral.

Especialistas no assunto poderiam, certamente, imaginar diversas outras situações que, embora pecaminosas no seu contexto, fariam preferível, do ponto de vista ético, o uso da camisinha.

Especulações dessa ordem não provocariam rebuliço, entretanto, se a questão da camisinha não tivesse recebido tanta atenção, por uma mistura de dogmatismo e de infelicidade comunicacional, por parte do clero.

Que se insista nos valores familiares, na crítica à banalização do amor físico, ou na lembrança de que nem tudo na vida humana se deva reduzir ao mero prazer carnal: pode-se entender, concordando ou não, a mensagem de um líder religioso quando exposta em tal nível de generalidade.

Que a casuística, a mecânica, a dinâmica, a contingência, a teoria, a prática e a teologia da camisinha tenham se transformado em assunto papal, eis entretanto o que continua a ser um mistério -e a entrevista de Bento 16 não fez muito para dissipá-lo.

Roberto Bolaños, o "Chaves", começa a andar de cadeira de rodas

Roberto Bolaños, o "Chaves", começou a andar de cadeira de rodas, segundo informações de sua filha, Marcela Gómez Fernández.

Marcela, que é presidente da Fundação Chespirito, informou que o pai foi submetido a duas cirurgias por problemas de próstata, uma em novembro de 2009 e outra neste ano.

De acordo com Marcela, Bolaños perdeu mobilidade e equilíbrio por conta de fraqueza na região das costas.

A filha do astro ainda revelou que a recuperação pode variar entre semanas, meses e até anos, mas que o pai está se esforçando e que segue trabalhando normalmente.

terça-feira, novembro 23, 2010

'Ronaldos' marcam em triunfos que garantem Real em 1º e Milan nas oitavas da Liga

Do UOL Esporte
Em São Paulo


Com dois gols de Ronaldo, o Real Madrid goleou o Ajax por 4 a 0 e se garantiu no primeiro lugar no grupo G da Liga dos Campeões. Na outra partida da quinta rodada nesta quarta-feira, o Milan venceu por 2 a 0 com gol de Ronaldinho no fim e se garantiu nas oitavas de final.

O resultado deixou o time do técnico José Mourinho com 13 pontos na tabela de classificação. Como falta uma rodada para o fim da fase de grupos, o líder Real Madrid não pode ser mais alcançado pelo Milan, que tem oito. Da mesma forma, Ajax (quatro pontos) e Auxerre (três) estão eliminados.

As quatro equipes voltarão a jogar pela Liga dos Campeões no dia 8 de dezembro, ambas as partidas com acompanhamento do Placar UOL Esporte. O Real Madrid recebe o Auxerre e o Milan enfrenta o Ajax em casa.

Real ganha fácil
Mesmo atuando na Holanda, o Real Madrid facilitou as coisas desde o primeiro tempo, quando foi superior ao adversário e logo abriu 2 a 0, praticamente definindo a partida.

Aos 36min, Ozil recebeu passe de Xabi Alonso, ajeitou de calcanhar para Benzema, que encheu a bomba, abrindo o placar. Sete minutos depois, Arbeloa soltou a bomba e Stekelenburg caiu atrasado: 2 a 0 com outro belo gol.

O Ajax chegou com perigo aos 23mindo segundo tempo em uma cobrança de falta com Vertonghen, que obrigou Casillas a trabalhar. Só que um minuto depois, surgiu o terceiro gol do Real com a ‘estrela maior’: Cristiano Ronaldo. Di Maria roubou a bola e tocou para o atacante português, que só teve o trabalho de tirar do goleiro para marcar.

Ainda coube mais um gol do astro português: Ozil fez bela jogada e sofreu pênalti, convertido com muita tranquilidade por Cristiano Ronaldo, que marcou seu segundo na partida e definiu o 4 a 0 aos 36min.

O curioso é que mesmo com o placar tão elástico na partida, o Real Madrid conseguiu ter dois jogadores expulsos: Xabi Alonso e Sérgio Ramos. Os diários espanhois já especulam que a dupla forçou a expulsão para entrar 'zerada' nas oitavas de final.

Dupla brasileira desequilibra
Já no duelo disputado na França, o atacante sueco Zlatan Ibrahimovic decidiu novamente, assim como havia feito no triunfo contra a Fiorentina por 1 a 0 pelo Campeonato Italiano na última rodada.

Aos 19min do segundo tempo, em jogada que contou com a participação do brasileiro Robinho, Ibrahimovic soltou a bomba no canto esquerdo que definiu o 1 a 0. Já nos acréscimos, Robinho tabelou com Ronaldinho Gaúcho, que tocou no canto do goleiro e definiu a ‘fatura’: 2 a 0, com direito a dancinha da dupla brasileira.

Corinthians culpa Adilson Batista

É impressionante a raiva que parte dos cartolas do Corinthians demonstra ter de Adilson Batista. Para esses dirigentes, se o time não for campeão brasileiro, a responsabilidade será toda do ex-treinador.

A bronca é tanta que alguns se transformam numa metralhadora de palavrões ao falar sobre o ex-técnico. Dá vontade de desligar o telefone para não ouvir tanto xingamento. E tem até aliado histórico de Andrés Sanchez culpando o presidente por ter contratado Adilson. A perda do título traria mais problemas políticos para ele, que já sofre com algumas divisões em sua diretoria.

O curioso é o pecado que o ex-treinador teria cometido: ser ofensivo. Nas palavras de um desses cartolas, que já considera o caneco perdido, o Corinthians não vai ser campeão porque quando fazia 1 a 0, Adilson queria ganhar de cinco. Não fechava o time e acabava sofrendo gols.

Mas em Salvador, com Tite, o Corinthians não fez 1 a 0, tratou de se proteger e deixou os três pontos escaparem do mesmo jeito?

O inusitado nessa história é que um dos principais clubes do Brasil, país acostumado a ter o futebol mais ofensivo do mundo, culpa a ofensividade por seus tropeços. Jogar para frente virou defeito, pecado mortal. E Adilson está longe de ser considerado o rei do futebol ofensivo.

Discordo que a culpa seja exclusivamente do ex-técnico. Diretoria e jogadores também erram na era Mano Menezes e na gestão de Adilson. Contra o Vitória, o Corinthians teve chances de matar o jogo e não o fez. Agora precisa vencer suas duas últimas partidas antes de poder distribuir cotas de culpa por um eventual fracasso.

segunda-feira, novembro 22, 2010

Painel

RANIER BRAGON (interino) - painel@uol.com.br

Linha cruzada

A Anatel obteve parecer favorável de representantes da Advocacia-Geral da União no órgão para passar a recolher cerca de R$ 3 bilhões em contribuições que as operadoras de telefonia fixa repassam atualmente aos cofres do Tesouro Nacional.
A mudança está prevista nos contratos de renovação das concessões das teles, que devem entrar em vigor em 2011. Pela alteração proposta, as empresas podem ainda usar parte desses recursos para cumprir as novas metas de universalização. O assunto chegou na sexta-feira à Casa Civil para análise e deverá encontrar resistência por parte da Fazenda.

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Debandada 1 Quem tem quilometragem avançada nos corredores do Congresso Nacional conhece o roteiro. Deputados e senadores derrotados nas urnas tendem a abandonar Brasília nos últimos meses do mandato. É o que volta a ocorrer agora.

Debandada 2 Na Câmara, 60% dos 90 faltosos na sessão de votação da quarta-feira eram parlamentares que não conseguiram se reeleger. No Senado, a situação não é muito diferente.

Oba-Oba De um deputado petista, sobre o encontro do diretório nacional do partido, na sexta, com a presença da presidente eleita: "Esta reunião só serve para que todo mundo possa dizer: "Oi Dilma, tô aqui, ó!'".

Roteiro 1 Lula, que quer fazer um périplo pelo país em seu último mês de governo, pediu a inclusão no roteiro de obras que ele considera essenciais: além da transposição do rio São Francisco, quer passar mais uma vez pela ferrovia norte-sul, a Transnordestina, ver as obras de Jirau e Santo Antônio e os projetos do PAC nas favelas da Rocinha e do Alemão.

Roteiro 2 Lula também avisou que quer visitar os municípios de Pernambuco e Alagoas prejudicados pelas chuvas deste ano.

Para entender Quando foi posta para circular a narrativa segundo a qual Henrique Meirelles só aceitaria permanecer em seu cargo atual, a partir de 2011, se Dilma Rousseff lhe garantisse "autonomia total", o presidente do BC já sabia que as chances de isso acontecer eram reduzidas.

Protocolo Ao meditar sobre a situação de Meirelles, um ministro de Lula resgata do baú a conhecida história em que um aliado foi ao encontro de Tancredo Neves e, não tendo recebido o cargo pleiteado, perguntou o que dizer à imprensa quando saísse dali. "Simples", explicou o mineiro. "Diga que convidei e você não aceitou."

Digestivo Gilberto Kassab (DEM) tem almoço marcado para hoje com Aldo Rebelo (PC do B), Márcio França (PSB) e Paulinho da Força (PDT). No cardápio, as implicações de uma eventual migração do prefeito paulistano para o PMDB e a composição de um bloco que funcionaria como alternativa a PT e PSDB já em 2012.

Companheiros Centrais sindicais se reúnem às 11h com Geraldo Alckmin. Pretendem discutir nomes e rumos para a Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho. O favorito para ocupar o cargo é o deputado estadual Davi Zaia (PPS).

Abrigo A opção por Zaia teria dupla utilidade ao PPS, pois promoveria à Assembleia Vitor Sapienza, decano da Casa. Ex-presidente entre 93 e 95, ele buscava o sétimo mandato e ficou como primeiro suplente. No atual governo, o partido comanda a pasta da Habitação.

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com LETÍCIA SANDER e FABIO ZAMBELI

tiroteio

"Deveriam ter em relação ao salário mínimo o mesmo empenho que demonstram na hora de dar reajuste à cúpula dos três Poderes."

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DO DEPUTADO FEDERAL CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), em referência à articulação no Congresso para aumentar a remuneração do presidente da República, dos ministros, dos congressistas e dos ministros do Supremo.

contraponto

Reforços de peso
Em reunião do Conselho Político, na semana passada, Lula desdenhou da partida entre Brasil e Argentina, que era disputada no mesmo horário, em Doha. Perguntado sobre o placar, o presidente criticou a ausência de Ronaldo, do seu Corinthians, na seleção:
-Não sei. Não convocaram o nosso "fofão".
Rapidamente, o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) lembrou o petista do polêmico pênalti marcado no atacante, no jogo contra o Cruzeiro:
-É, o técnico deveria convocar o juiz também...

Tom Hardy será Dr Hugo Strange no novo filme do Batman, diz site

20/11/2010 12h00 • Da Redação

Nem Leonardo DiCaprio, nem Joseph Gordon-Levitt. Parece que Christopher Nolan escalou foi mesmo Tom Hardy, que roubou a cena no seu filme A Origem, para participar do novo filme do Batman, The Dark Knight Rises. O ator, que interpretou o falsificador Eames, deve interpretar o vilão Dr. Hugo Strange, o Estranho (não confundir com o Dr. Estranho da Marvel) e não o Charada, como havia sido anunciado, segundo o site Batman News.

De acordo o site TotalFilm, a sequência será baseada na graphic novel Prey e vai mostrar Batman sendo perseguido pelo desequilibrado policial psiquiatra de Hardy. O enredo mostra como Hugo Strange hipnotiza um policial para se tornar vigilante em uma tentativa de trazer Batman para fora da clandestinidade.

CLIQUE E VEJA OS POSSÍVEIS VILÕES DO PRÓXIMO BATMAN

Strange foi um dos primeiros vilões dos quadrinhos do Batman (desde os idos de 1940), que precede os mais famosos arqui-inimigos como Mulher Gato e Coringa. Estranho apareceu, foi morto, depois voltou outras vezes em décadas subsequentes, mas seu passado passou por várias revisões.

Recentemente o diretor de fotografia de The Dark Knight Rises, Wally Pfister, revelou que partes do filme serão filmadas em IMAX, como aconteceu em O Cavaleiro das Trevas. Enquanto isso, Nolan continua sua busca por um atriz, que, também segundo boatos, pode interpretar a Mulher Gato.

domingo, novembro 21, 2010

Tenista paraolímpica posa nua para capa de revista

A holandesa Esther Vergeer é uma lenda viva do tênis em cadeiras de rodas, com 400 vitórias seguidas e 16 títulos de Grand Slam. E, aos 29 anos, ela também conseguiu se reconhecida por sua beleza.

Ela está em uma das capas da tradicional edição da revista da ESPN dos Estados Unidos, que traz personalidades do esporte sem roupa.
“Quando me pediram para posar nua para a revista, eu não tinha certeza de aceitar, mas eles disseram que eu tinha a última palavra sobre a imagem e isso me fez sentir à vontade”, explicou Esther, que usou apenas uma raquete para cobrir seu corpo.
A revista explicou a ideia e definiu a capa como “educativa”: “Queremos mostrar as diferentes especificidades do corpo e como podemos conseguir isso por causa da grandeza do esporte. Nosso objetivo é entreter, mas também educar. Esther é linda e nós mostramos que a deficiência não é obstáculo para se tornar um grande atleta”, disse o editor Gary Belsky.

A revista já havia prestigiado a beleza de uma atleta paraolímpica no ano passado, quando a triatleta Sarah Reinertsen apareceu na capa. Ela foi a primeira amputada a completar o Ironman.

O que você esta fazendo ai ? Scott Pruett na Larrousse

Postado por Rianov Albinov às 12:36

1988
Scott Pruett, Larrousse CalmelsLola LC88,
Ford Cosworth DFZ 3.5 V8, GoodyearTeste, Autódromo Fernanda Pires da Silva, Estoril - Portugal


- Rara foto, nunca tinha visto

Havia apenas dois anos que ele tinha saído do Kart, quando em 1986 se tornou campeão da IMSA (International Motor Sports Association). Em 1988, o ano do teste com a Larrousse, já tinha ganho o campeonato da Trans-Am e mais um do IMSA. Um prodígio.

Seus muitos contatos com a Ford fizeram-no ganhar um teste com a equipe Larrousse nos dias subseqüentes do GP de Portugal de 88. Philippe Alliot ficou encarregado de mostrar o caminho das pedras para Pruett.

Os testes começaram já na segunda-feira, mas somente com Alliot andando e Pruett aprendendo como lidar com o carro e o traçado do Estoril. Na terça, chegou sua vez. A chuva molhou a pista, mas no decorrer do dia ela foi secando, mas não suficiente para ele ir para pista já com os slicks.

Já com o trilho formado, Pruett calçou os carequinhas e acelerou por aproximadamente 30 voltas, ficando a 3 segundos do tempo que Alliot marcou. Pruett estava ciente que estava muito devagar, mas não queria causar uma dor maior em Gerard Larrousse batendo seu carro.

Como já é sabido, Pruett não continuou sua saga na Fórmula 1. Seguiu de volta aos Estados Unidos, onde fez carreira na Cart e Nascar, sendo campeão mais duas vezes da Trans-Am; tri da Grand-Am e também tri das 24 horas de Daytona, ou seja, um currículo vitorioso nos Stock/Protótipos.

sábado, novembro 20, 2010

"Continuo tendo a capacidade para mudar o mundo", diz Obama

EL PAIS

Antonio Caño
Em Washington (EUA)


Apenas alguns dias depois de concluir uma longa visita à Ásia, Barack Obama embarcou em uma nova viagem internacional, desta vez para Lisboa, para participar de uma cúpula da Otan e outra com a UE. Um abismo separa as duas missões. Na Ásia, o presidente americano buscou abrir mercados, estender sua influência e contrabalançar a ascensão incontível da China. Foi uma viagem com o olhar posto no futuro. Na Europa, por sua vez, Obama tenta salvar a aliança atlântica da incerteza sobre sua sobrevivência e das divisões criadas pela guerra do Afeganistão. Tenta também dar conteúdo a um vínculo com a Europa que se dilui dia a dia na irrelevância. Tenta, em suma, que o diálogo transatlântico seja algo mais que um instrumento do passado.

As duas viagens estão unidas, no entanto, pelo fato de que Obama procura nos dois casos recuperar sua imagem, gravemente deteriorada pela derrota eleitoral sofrida por seu partido em 2 de novembro. Sua estatura como líder internacional está à prova. Nesta entrevista que concedeu a "El País" por escrito e em exclusividade para a Espanha, Obama fala das consequências desse revés, de suas ambições internacionais e sua visão sobre o futuro da Otan e o papel da Europa.

El País: Diga-me a razão mais poderosa pela qual vale a pena que os soldados espanhóis continuem arriscando suas vidas no Afeganistão.
Barack Obama: Primeiro, deixe-me expressar minha gratidão pelos esforços e sacrifícios que a Espanha fez no Afeganistão. Creio que a Espanha está comprometida nessa missão pela mesma razão que nós e outros aliados da Otan: garantir a segurança de seu país e proteger a população espanhola dos ataques da Al Qaeda e seus afiliados, impedindo que eles disponham de um santuário no Afeganistão. A Espanha conhece de primeira mão a angústia e a dor dos ataques terroristas sem sentido. A Al Qaeda continua sendo hoje a ameaça terrorista nº 1 da Europa e os líderes da Al Qaeda continuam manifestando sua intenção de atacar a Europa e os EUA.

El País: E quanto tempo mais será necessária a presença militar no Afeganistão?
Obama: A Otan mantém seu compromisso na missão do Afeganistão. Ajudar que o Afeganistão seja mais estável e mais seguro é de vital importância para os EUA e para a segurança europeia. Todos juntos, incluindo a Espanha, podemos conseguir que as forças de segurança do Afeganistão aumentem sua capacidade e possam assumir sua responsabilidade de defender a população afegã contra ameaças externas e internas. Isto vai levar tempo, e nosso compromisso com o Afeganistão é de longo prazo. Não podemos dar as costas ao povo afegão, como antes. O presidente [Hamid] Karzai apoia esse compromisso em longo prazo e defendeu publicamente o objetivo de que as forças afegãs assumam o comando da segurança no final de 2014.

El País: Essa será a sua mensagem na cúpula de Lisboa?
Obama: Na cúpula, esperamos que nossos aliados e parceiros reafirmem seu compromisso duradouro para promover um processo de transição sustentável mediante o anúncio de mais efetivos para o treinamento das forças afegãs e expondo seu apoio em longo prazo ao Afeganistão através da Declaração de Cooperação Otan-Afeganistão.

El País: O senhor apoiaria uma solução para a guerra do Afeganistão através de um diálogo do governo com os taleban?
Obama: Como dissemos várias vezes, os EUA e nossos aliados da Otan apoiam plenamente um processo de reconciliação e reintegração que busque a reincorporação à sociedade daqueles membros dos taleban que estejam de acordo com alguns pontos principais: têm de abandonar a violência, romper seus laços com a Al Qaeda e aceitar viver sob as regras da Constituição afegã, incluindo os capítulos que protegem os direitos de todos os afegãos. Essa reconciliação começa com um diálogo com as forças insurgentes e deve ser dirigida pelos próprios afegãos. Nosso objetivo é um Afeganistão próspero e seguro. Conseguir isso também servirá para termos uma região e um mundo mais a salvo das ameaças terroristas.

El País: Em seu último deslocamento ao exterior o senhor passou dez dias na Ásia e três na Índia. Em troca, vai ficar só três horas em Lisboa com os líderes da UE. É um reflexo das novas prioridades de sua política externa?
Obama: Com nossos amigos europeus, vamos discutir como promover a estabilidade, a liberdade e a prosperidade para nossos povos, mas também em benefício de outros povos ao redor do mundo. Desenvolver novas alianças em outras regiões não significa que o façamos às custas de nossa relação com a Europa. É algo que beneficia a todos. Estou convencido de que muitos parceiros europeus estarão de acordo com isso, e de fato vejo que a Europa também está aprofundando seus laços em outras partes do mundo. A realidade é que, onde quer que vejamos um desafio, os EUA consultam a Europa e trabalham com a Europa para enfrentá-lo, e o fazemos porque compartilhamos valores e ideais.

El País: Isso se reflete na agenda de suas reuniões em Lisboa?
Obama: Essas duas cúpulas, com a Otan e com a UE, demonstrarão, com efeito, que EUA e Europa trabalham juntos em uma ampla lista de assuntos econômicos e de segurança de caráter global. Grande parte do que discutiremos nessas cúpulas é como, juntos, podemos promover a segurança e a prosperidade mundiais.

El País: Que papel o senhor contempla para a Otan em um futuro à margem da guerra do Afeganistão?
Obama: Esperamos adotar em Lisboa um novo conceito estratégico da Otan que reafirme nossos valores compartilhados e nosso compromisso com a defesa de cada um dos membros. Esse novo conceito estratégico identifica novas ameaças das quais temos de nos defender juntos, ameaças como o terrorismo, as atividades criminosas no ciberespaço, a proliferação de armas de destruição em massa, seus meios de distribuição e outros desafios. O novo conceito estratégico admite que existem ameaças modernas que também exigem uma resposta global e implementa um modelo de alianças com outros países e outras organizações que é muito semelhante à nossa própria estratégia de segurança nacional.

El País: O terrorismo é a maior dessas ameaças?
Obama: O último conceito estratégico foi escrito em 1999, antes dos ataques de 11 de setembro de 2001. O novo conceito deixa claro, efetivamente, que o terrorismo internacional e a instabilidade em territórios estrangeiros podem ser ameaças diretas contra a aliança, e que o tratamento e a resposta às crises, incluindo a adoção de medidas de caráter cívico-militar, serão um importante instrumento da Otan no futuro, como foram as operações nos Bálcãs e agora no Afeganistão. O novo conceito estratégico também insiste em nosso compromisso de manter as portas da Otan abertas a todas as democracias europeias que cumpram os requisitos para ser membros. A Otan é a aliança mais bem-sucedida da história porque é construída sobre uma premissa fundamental e duradoura que se manteve durante 61 anos: porque compartilhamos os mesmos valores e as mesmas preocupações de segurança. Entre a visão do novo conceito estratégico e a decisão de desenvolver novas capacidades, que incluem a adoção de uma defesa antimísseis, a cúpula de Lisboa promoverá o tipo de guia que é necessário para transformar a Otan e garantir que continue sendo tão bem sucedida no futuro como foi no passado.

El País: O senhor acredita que a crise econômica e sua consequência para a imagem da Espanha no mundo diminuiu o papel da Espanha no contexto internacional?
Obama: A crise econômica foi um profundo desafio para muitos países, incluindo o meu. Como nós, a Espanha está trabalhando para fazer os ajustes necessários para restabelecer o crescimento e está obtendo respeito por esses esforços. No cenário internacional, estamos trabalhando juntos para garantir uma recuperação forte e duradoura. A Espanha continua jogando um papel importante nesse processo, e o primeiro-ministro Zapatero e eu acabamos de estar em Seul em uma importante reunião do G20.

El País: Da sua perspectiva, que papel terá a Espanha no futuro de Cuba e em geral nas relações dos EUA com a América Latina?
Obama: Dados os profundos laços históricos, culturais, econômicos e familiares que tanto os EUA como a Espanha têm com os países da América, existe uma ampla gama de oportunidades de que nossos dois países trabalhem juntos em objetivos comuns. A Espanha é um aliado valioso em assuntos fundamentais da América Latina, como a defesa dos valores democráticos, o desenho de um futuro de energias limpas ou a segurança dos cidadãos em seu dia a dia. Trabalhamos com o primeiro-ministro Zapatero nesses assuntos e esperamos continuar a fazê-lo.

El País: Depois da derrota sofrida por seu partido nas eleições legislativas deste mês, o senhor continua sentindo o mesmo entusiasmo e a mesma capacidade para mudar o mundo, como um dia prometeu?
Obama: Sim, ainda os tenho. A mudança é difícil e leva tempo, mas as pessoas, seja nos EUA ou em qualquer outra parte do mundo, querem criar um futuro melhor para elas mesmas, para seus filhos e para as futuras gerações. É exatamente com esse propósito que me proponho revitalizar nossas alianças com a Europa e a Ásia, construir novas alianças, enfrentar a crise econômica através do G20 ou atacar o terrorismo. Creio que fizemos grandes avanços em restabelecer a liderança dos EUA. Sinto um interesse sincero de outros líderes do mundo em trabalhar com os EUA para enfrentar problemas comuns. Essas duas cúpulas, e a de Lisboa em particular, são muito importantes exatamente porque afetam a segurança e o bem-estar coletivos.

El País: Então o senhor é o mesmo Obama em quem o mundo confiava tanto?
Obama: Deixe-me compartilhar com você até que ponto me senti inspirado em minha recente viagem à Índia, quando visitei a residência de Gandhi em Bombaim, Mani Bhavan. Serviu-me como um poderoso lembrete de que um só homem pode fazer a diferença. Por isso é que sim, sinto-me tão comprometido como quando jurei como presidente continuar trabalhando para promover a paz, a prosperidade e a segurança.

El País: Mas o senhor ainda acredita, depois dos resultados eleitorais, que é melhor ser um bom presidente de um só mandato do que um mau presidente que consegue a reeleição?
Obama: Sim, continuo crendo que é melhor um bom presidente de um só mandato do que um presidente medíocre de dois. Disse mais de uma vez que há uma tendência em Washington a pensar que o principal trabalho de um político eleito é o de ser reeleito. Não é isso que penso de meu trabalho. A descrição que faço do meu trabalho é de solucionar os problemas e ajudar as pessoas. Não vou afrouxar no que se refere a tentar resolver os grandes problemas que afetam os EUA. A Ásia não está afrouxando. A Europa não está afrouxando. Eles estão preocupados com suas economias, com seus filhos, com a segurança de seu país; exatamente as mesmas coisas com que os americanos estão preocupados. Eu não quero ter de olhar para trás e dizer a mim mesmo que tudo com que me preocupei foi com minha própria popularidade. Não é esse meu objetivo. Minha obrigação é ter a certeza de que sou fiel aos princípios, às crenças, às ideias que farão avançar os EUA e fortalecer nossos parceiros em todo o mundo.

Luiz Roberto Mendes Gonçalves

quinta-feira, novembro 18, 2010

Ô, DA POLTRONA

DURANTE ANOS, ELA FOI A MENINA DEBBY DA TURMA DO DIDI. AGORA CRESCEU E MOSTRA O MULHERÃO QUE VIROU

Fábio Calvetti / Foto por Christian Gaul

Repare bem neste rosto. Já viu em algum lugar? De 1998 a 2003, muita gente assistiu a Debby Lagranha aprontar ao lado de Renato Aragão na televisão e em filmes dos Trapalhões. Se você ainda olha para a foto e sente falta de algo, é bom avisar que os cachos característicos daquela época já foram devidamente eliminados.“Deixa eles pra lá, né”, muda Debby de assunto quando perguntam pelo seu antigo penteado. Aos 19 anos, a atriz quer mesmo é deixar para trás esse papo de “menina do Didi” e mostrar que virou mulher de verdade. “Muita gente pensa que eu não posso crescer. Até quando entrei na faculdade acharam que eu tinha 12 anos”, diz. Largar o rótulo de menina é difícil. Sua primeira aparição na televisão foi com 1 ano e meio de idade. Depois de participar de alguns comerciais, ela partiu para uma carreira infantil de sucesso em programas como Clube da Criança, Turma do Didi e Xuxa no Mundo da Imaginação... Agora, mais mulher e cursando veterinária, ela dá um tempo na televisão e se prepara para atuar no próximo ano no filme épico Em Louvor do Paraíso. Com tanta novidade, Debby ficou um pouco receosa para sua primeira foto sensual na vida. “Sou muito tímida, não gosto do meu corpo, quero guardar para mim [risos].”

Homem-Aranha 3D (2012)

Direção: Marc Webb (I)
Roteiro: James Vanderbilt
Elenco: Rhys Ifans, Emma Stone, Andrew Garfield (Peter Parker / Homem-Aranha), J.K. Simmons (J. Jonah Jameson)
Sinopse: A definir. Sabe-se apenas que será um reinício da saga do herói nos cinemas, ignorando a primeira trilogia. Estréia: 3/7/2012 (Original)

Tommy Gavin, da série "Rescue Me", pode entrar para o elenco - 18/11/2010 13:31

Denis Leary, o problemático bombeiro Tommy Gavin da série Rescue Me, está em negociações para entrar no elenco do próximo filme Homem-Aranha, informou o Heat Vision Blog.

Se for escalado, ele irá interpretar o capitão George Stacy, pai de Gwen (Emma Stone), a primeira namorada de Peter Parker. Segundo as especulações na internet, George não será uma pessoa fácil de lidar, muito menos para se ter como sogro.

Em Homem-Aranha 3, que teve Tobey Maguire no papel do herói, o capitão foi interpretado por James Cromwell, que na época tinha 67 anos - Leary tem 53.

Mais uma novidade sobre a trama: de acordo com o The Wrap, a personagem Mary Jane Watson, vivida por Kirsten Dunst nos outros filmes, não aparecerá. Ponto para Gwen.

(F.L.)

quarta-feira, novembro 17, 2010

Homem trai esposa com vizinha e morre na casa da amante

A vítima saiu de casa para se encontrar com a vizinha
e sofreu infarto durante relação sexual.

Paulo de Tarso Jr./Imirante

SÃO LUÍS – Uma situação inusitada aconteceu durante a noite de terça-feira (16), no bairro do Maiobão. Carlos Orleans Furtado, de 40 anos, aproveitou que a esposa estava dormindo e saiu de casa pela porta dos fundos. O motivo da saída foi explicada horas mais tarde. Carlos Orleans Furtado saiu de casa para se encontrar com a vizinha, com quem matinha relacionamento amoroso fora do casamento.

Ao chegar à residência da vizinha, Carlos Orlenas Furtado teria se dirigido até o banheiro. Minutos depois, ao tentar manter relação sexual com a vizinha, ele sentiu-se mal e sofreu um infarto. A vítima não resistiu e morreu no local.

Assustada com a situação, a vizinha pediu ajuda de moradores próximos. No entanto, quando chegaram à residência da mulher, Carlos Orlenas Furtado estava sem nenhuma peça de roupa e sem vida. Após a confirmação da morte, a esposa da vítima tomou conhecimento do acontecido.
Em entrevista à Rádio Mirante AM, a esposa disse que nunca havia desconfiado que o marido mantinha uma relação fora do casamento.

Com informações da Rádio Mirante AM.

Tara Reid, do filme “American Pie”, posa nua para “Playboy”

Depois de mostrarmos o ensaio de Anneke Dürkop para a “Playboy” alemã deste mês, veja a capa da revista de dezembro, a atriz Tara Reid. A gata participou dos dois primeiros filmes da comédia “American Pie”, no qual interpretou Vicky, a namorada de Kevin.
Tara é natural de Wyckoff, em Nova Jesey, e tem 36 anos. Depois do hit adolescente a atriz não conseguiu emplacar outro grande sucesso, seu papel de maior destaque desde então foi no thriller de terror “Alone in the Dark”, baseado no game de mesmo nome.















terça-feira, novembro 16, 2010

Vinho é leiloado pelo equivalente a R$ 530 mil na Suíça

Valor é recorde mundial, segundo a casa de leilões Christie's.
Achado em adega secreta, Cheval Blanc 1947 foi arrematado por anônimo.

Do G1, com agências internacionais


Um garrafa de vinho Château Cheval Blanc 1947, um raro Bordeaux encontrado em uma adega secreta de um grande colecionador, estabeleceu um recorde mundial, ao ser leiloada por US$ 304.375 (cerca de R$ 530 mil) nesta terça-feira (16).

A informação é da casa de leilões Christie's. A estimativa é que o vinho fosse vendido por US$ 150 mil no leilão, ocorrido em Genebra, na Suíça.

O vinho leiloado é uma garrafa imperial, de 6 litros, equivalente a oito garrafas convencionais. Ele foi arrematado por um colecionador que não quis se identificar.

"Este vinho é sem dúvida um dos maiores Bordeaux de todos os tempos, não somente por sua rara qualidade mas também devido a fato de que poderia ainda ser mantido e tomado daqui 50 anos sem nenhum problemas", disse Michael Ganne, especialista de vinhos da casa de leilões.

A Christie's disse que levou dois anos para convencer o proprietário a vender a garrafa e outros itens de sua coleção. A estimativa é que o total de vendas do leilão tenha atingido US$ 3,5 milhões.

Título da Espanha na Copa-2010 vira história em quadrinhos

A conquista do título mundial pela Espanha ainda não virou filme, mas ganhou uma versão em história em quadrinhos. A editora Panini divulgou algumas imagens da história “O ano em que fomos campeões do mundo”, na qual é retratada a trajetória da Fúria na África do Sul.

Com desenhos de Mikel Janín e roteiro de Pepe Caldelas, a HQ conta como foi a vitoriosa campanha espanhola, sem deixar de lado os gols de David Villa, a comemoração de Iniesta e a cena de Iker Casillas erguendo a taça após a vitória por 1 a 0 sobre a Holanda na decisão.

segunda-feira, novembro 15, 2010

O prazer de criar um livro sem palavras

Escritor capixaba cria livro de quadrinhos sem texto, para público adolescente, e desperta interesse de editora estrangeira

João Marcello Erthal

Na era dos e-books, da pirataria e dos muitos formatos que um livro pode ter, o percurso de um autor, da ideia até a publicação, pode tomar um caminho bastante tortuoso. No caso do jovem escritor e desenhista capixaba Estevão Ribeiro, conquistar um espaço no mercado foi, por assim dizer, um arriscado exercício de desapego. O sétimo – e talvez mais promissor – livro concebido por Estevão tem de tudo, menos palavras, o que empurra o criador da história para o quase anonimato. Mas, dados os resultados e a aceitação do projeto, ele não se importa com a falta de reconhecimento – nem tem do que reclamar.

'Pequenos Heróis’, um livro de quadrinhos dedicado ao público adolescente, chegou às prateleiras no mês passado, pela editora Devir, de São Paulo. Simultaneamente, o projeto de Estevão, com oito histórias ilustradas por nove artistas, conseguiu algo raro e difícil para autores iniciantes: a obra já tem editora e será lançada nas próximas semanas também nos Estados Unidos, pela editora 215 Ink, especializada em livros digitais – atualmente, estão sendo finalizadas as capas da versão em e-book. “Este projeto é a maior vitrine que já produzi para meus parceiros. Há uma dificuldade dos leitores de entender que há um escritor por trás das histórias, mas não me importo”, diverte-se Estevão, que, simultaneamente a Pequenos Heróis, tenta emplacar seu primeiro romance – ‘A corrente’, uma trama de terror lançada pela editora Draco, de São Paulo.

A primeira dificuldade para realizar o projeto foi explicar para os próprios ilustradores do que se tratava o livro “sem texto”. Como alguns dos artistas ficavam intrigados com a ideia apresentada por Estevão, ele e o coeditor Mário Cesar, também capixaba, fizeram a primeira das oito histórias. Super Bro, inspirada no Super-Homem, era, então, mostrada em sua versão quase final aos demais convidados a participar, e, a partir daí, “a ficha caía”: “São oito histórias de crianças, inspiradas nas personalidades, nos poderes e nos inimigos de oito super heróis”, resume o autor, que começa a colher os frutos da ‘falta de palavras’ do livro. Afinal, não ter texto significa que as páginas já estão prontas para qualquer idioma.

“Há muitos autores de quadrinhos que escrevem e desenham a própria história. De uns tempos para cá, o Brasil até exporta desenhistas, que são mão de obra para os criadores de histórias. Mas o mercado de roteiristas de HQ no Brasil ainda é limitado”, explica Estevão, que, mesmo fora da lista oficial de lançamentos da Rio Comicon, improvisou uma tarde de autógrafos na feira, encerrada no domingo no Rio.

A seguir, ‘Garoto das Trevas’, uma das histórias do livro, inspirada no personagem Batman.





























Escritor marroquino Edmond Amran El Maleh morre aos 93

Rabat, 15 nov (EFE).- O escritor marroquino Edmond Amran El Maleh, que celebrou em sua obra a convivência das culturas árabe, judia e berbere na tradição de seu país, faleceu nesta segunda-feira no Hospital Militar de Rabat aos 93 anos.

Nascido em 1917 em uma família judia de Safi (no sudoeste do país), Maleh foi um dos intelectuais mais conhecidos do Marrocos, e um fervoroso militante de diversas causas até seus últimos dias.

Embora não tenha publicado seu primeiro livro até os 63 anos, sua obra, integralmente escrita em francês, lhe valeu em 1996 o Grande Prêmio do Marrocos.

"É um escritor excepcional, o primeiro a ser ao mesmo tempo judeu, marroquino e educado na escola laica francesa. A força de sua obra nasce desta contradição", disse à Agência Efe o escritor espanhol estabelecido em Marrakech Juan Goytisolo, bom conhecedor de seu trabalho.

"Foi uma perda muito importante para todos os amigos", lamentou o autor espanhol, que destacou a qualidade humana de Maleh, e lembrou particularmente seu apoio à causa palestina, que, segundo ele, "lhe fechou muitas portas na França".

Em sua juventude, Maleh militou pela independência de seu país e foi atuante no clandestino Partido Comunista Marroquino.

Em 1965, com a chegada de Hassan II, abandonou a atividade política e se exilou na França, onde passou os seguintes 30 anos exercendo os ofícios de professor de filosofia e jornalista.

Em 1980, começou sua carreira de escritor, na qual explorou os gêneros de romance, ensaio e a crítica de arte, com obras como "Aïlen ou la nuit du récit".

"Cada umas de suas obras tem uma colocação literária diferente", disse Goytisolo, ressaltando que "sua originalidade é que não se dirigia ao público francês, mas pensava sempre como destinatário o leitor marroquino, por isso escrevia em um francês próprio no qual transparecia o dialeto marroquino e as expressões judias".

Já de volta ao Marrocos, em fevereiro de 2004, Maleh recebeu do rei Muhammad VI a condecoração do Wisam Al Kafaa.

Seu último livro, "Lettres à moi-même" foi publicado em fevereiro, e nele o autor relata sua época de exílio em Paris, onde viveu, entre outros episódios, os eventos de maio de 1968.

domingo, novembro 14, 2010

Servidor é acusado de fornecer armas para motim no MA

AGÊNCIA ESTADO

São Luís - O funcionário público do governo do Maranhão Jorge Henrique Rabelo Pereira, de 48 anos, conhecido como "Seu Jorge", foi detido ontem, acusado de fornecer dois revólveres e um aparelho celular utilizado pelos líderes da rebelião ocorrida esta semana no presídio São Luís e na Penitenciária de Pedrinhas, ambas na capital do Estado. Dezoito presos foram assassinados no motim.

Pereira é acusado pela Polícia Civil do Maranhão de ter recebido R$ 1 mil para facilitar a entrada de armas no Anexo III do presídio São Luís, onde foi iniciada a rebelião e mais R$ 300 para fornecer o aparelho celular com o qual os presos estavam mantendo comunicação com outros detentos durante o motim.

O servidor era agente administrativo há aproximadamente dez anos e estava trabalhando no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Sua prisão temporária foi decretada pelo juiz José Ribamar Goulart Helluy Júnior, a pedido Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Maranhão. "Dificilmente teria ocorrido a rebelião se o agente não tivesse, em troca de dinheiro, fornecido as armas que ceifaram a vida de 18 internos", declarou o juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior.

As investigações sobre os motivos da rebelião foram iniciadas ainda na terça-feira, pelo 12º Distrito Policial de São Luís e Delegacia de Homicídios. O inquérito segue em segrego de Justiça. O motim, segundo a política, foi comandado pelos detentos Marinaldo Assunção Roxo (Cerequinha), Nilson da Silva Sousa (O Diferente) e Rone Lopes da Silva (Rony Boy). Os três foram transferidos, com outros 17 presos, para o presídio de segurança máxima de Mato Grosso.

O motim no Complexo Penitenciário de Pedrinhas durou aproximadamente 30 horas. Começou segunda-feira pela manhã e terminou no final da manhã de terça. Quinze presos na Penitenciária São Luis e três em Pedrinhas morreram. Dos 15 detentos mortos no presídio São Luís, três foram degolados.

Seleção de livros ajuda criançada a aprender a ler e contar

DENISE DE ALMEIDA
Colaboração para o UOL Crianças

Chega uma hora na vida das crianças em que as letras deixam de ser aqueles símbolos super esquisitos e passam a formar um monte de palavras, que podem ser curtas ou compridas, bonitas ou feias, fáceis ou difíceis.

Então, um novo universo se abre aos seus olhos e ela começa a entender o que está escrito no gibi, na placa de rua, na caixa do brinquedo. E também passa a ler as próprias histórias.

Várias obras são feitas especialmente para esses novos leitores, mas que livro dar para quem está nesta fase? Para lembrar o Dia Nacional da Alfabetização, comemorado em 14 de novembro, o UOL Crianças fez uma seleção de alguns livros para quem está começando a ler. Confira.


Conversa de Bicho

Escrito em letra bastão, própria para quem está começando a ler, o livro faz divertidos jogos com palavras, letras, imagens e frases, que são entendidas até pelos leitores iniciantes.

Bastante colorido e ilustrado, mostra, por exemplo, que se juntar a letra A, de abelha, com o U, de unhas, dá para escrever AU, que é como os cachorros latem. E se pegar o B, de balão, e o E, de esquimó? Dá a palavra BÉ, que é como as ovelhinhas conversam.

“CONVERSA DE BICHO”
Idade: A partir de 7 anos
Editora: Biruta
Autora: Lila Prap
Ilustrações: Lila Prap
Páginas: 40
Data de Edição: 2010


Numeródromo

Se você acha que circo é lugar só de palhaço e mágico, está muito enganado! O divertido livro mostra que você também está cercado de números até no picadeiro.

Afinal, quantos coelhos sairão da cartola? Também dá para contar quantas bolas o malabarista equilibra – ou desequilibra, já que o circo deste livro vira palco para uma grande e engraçada confusão.

As ilustrações do livro chamam a atenção por serem bem diferentes: os cenários parecem estar cheios de personagens recortados em tecido pelas crianças e colados ali. “Numeródromo” é escrito em letra bastão, que facilita a leitura de quem começa a aprender a ler.

“NUMERÓDROMO”
Idade: A partir de 5 anos
Editora: Larousse Júnior
Autora: Telma Guimarães
Ilustrações: Sami e Bill
Páginas: 32
Data de Edição: 2008


O Batalhão das Letras

Mario Quintana, um dos mais importantes poetas brasileiros, usa a graça em forma de poesia para percorrer o alfabeto e ensinar às crianças como se escreve várias palavras da nossa língua.

“Outras letras dizem tudo.
Mas o O nos desconcerta.
Parece meio abobalhado:
Sempre está de boca aberta...”

O livro é cheio de ilustrações coloridas, que mostram, a cada página, animais, objetos e brinquedos que têm aquela letra como inicial.

“O BATALHÃO DAS LETRAS”
Idade: A partir de 3 anos
Editora: Globo
Autor: Mário Quintana
Ilustrações: Rosinha
Páginas: 32
Data de Edição: 2009


Maricota e o Mundo das Letras

A pequena Maricota ganhou de presente de aniversário uma caixa com letras coloridas de madeira. Mas, na hora da brincadeira, algo muito estranho aconteceu: a caixa de madeira ganhou vida e se pôs a tagarelar com a garota!

O novo amigo, chamado Alfabeto, se apresentou à Maricota e contou que apenas com as 26 letrinhas dele dava para escrever todas as palavras da língua portuguesa, que é o idioma falado no Brasil. E essas mesmas letras, ao se juntarem em sílabas para formar palavras e frases, podiam servir para escrever desde um bilhetinho até um livro bem grandão.

O falante Alfabeto também ensina à Maricota que com apenas 10 algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9) dá para formar qualquer número, seja o zero ou o um trilhão.

“MARICOTA E O MUNDO DAS LETRAS”
Idade: A partir de 5 anos
Editora: Mercuryo Jovem
Autor: Frei Betto
Ilustrações: Marco Carillo
Páginas: 40
Data de Edição: 2009


A Paixão de A e Z

O livro conta que as letras A e Z eram apaixonadas, mas viviam tristes, porque elas moravam muito longe uma da outra: cada uma estava em uma ponta do alfabeto.

Para piorar a situação, as palavras mais comuns tinham a letra A, como boneca, casa, pipa e bola, mas elas não deixavam o casal ficar juntinho. E quase ninguém por aí fala azeviche, azinhaga ou zaragata. Então, como deixar o azar de lado e unir esse apaixonado casal? Só lendo a história para descobrir.

No final do livro há um glossário onde dá para aprender o significado de algumas palavras usadas na história. Zaragata, por exemplo, é o mesmo que confusão.

“A PAIXÃO DE A E Z”
Idade: A partir de 7 anos
Editora: Peirópolis
Autor: Alonso Alvarez
Ilustrações: Marcelo Cipis
Páginas: 32
Data de Edição: 2010

quinta-feira, novembro 11, 2010

Silvio Santos pode ter que vender sua parte no PanAmericano, diz Meirelles

DA REUTERS
DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sinalizou nesta quinta-feira que o Grupo Silvio Santos poderá ter que se desfazer do controle do Banco PanAmericano para pagar a dívida com o FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

Na noite de terça-feira, o Panamericano anunciou a injeção de R$ 2,5 bilhões no banco pelo Grupo Silvio Santos, que está tomando um empréstimo do FGC. Como garantia, o empresário colocou seu patrimônio, o que inclui sua parte no banco, o SBT e o Baú da Felicidade, entre as 44 empresas.

O aporte no Panamericano foi necessário após a identificação de que o banco mantinha em seu balanço como ativos carteiras de crédito que já haviam sido vendidas a outros bancos. Também houve duplicação de registros de venda de carteiras. Com isso, o resultado da instituição financeira era inflado.

Meirelles disse que 'é possível' que a Caixa Econômica Federal --que em dezembro de 2009 comprou 49% do capital votante do PanAmericano- irá gerir o Panamericano com um outro sócio, na medida em que o controlador talvez tenha que vender sua participação no banco para pagar o FGC.

A Caixa descarta colocar mais dinheiro no Panamericano e também assumir o controle do banco, segundo uma fonte com conhecimento do assunto, sob condição de anonimato.

As ações do Panamericano subiam 7,96% às 14h, a R$ 5,15, depois de terem desabado 29,2% na quarta-feira.

Meirelles também detalhou hoje que os problemas no banco PanAmericano se referem a R$ 2,1 bilhões em relação a operações de crédito e outros R$ 400 milhões em recebíveis de cartões de crédito.

A diretoria de Fiscalização do BC calcula que, caso a liquidação do PanAmericano fosse declarada, o rombo atingiria R$ 900 milhões, já que o patrimônio atual da instituição financeira é avaliado em R$ 1,6 bilhão. Ou seja, seriam deduzidos da conta as irregularidades que somam R$ 2,5 bilhões, valor coberto pelo aporte do Grupo Silvio Santos.

Mais cedo, Meirelles destacou o fato de que não houve uso do dinheiro público para resolver os problemas financeiros do banco PanAmericano.

"Foi solucionado o problema sem o uso de um centavo público. Foi preservado o patrimônio dos acionistas minoritários, da Caixa Econômica Federal, e dos depositantes do banco. O Banco Central seguiu todas as normas legais de prazos, agiu a tempo e na hora. Não tem similaridade com o Proer", afirmou ele, fazendo referência ao programa brasileiro dos anos 1990 de socorro a bancos.

"O Banco Central pode decretar a liquidação, mas pode determinar medidas preventivas. O banco continua a vida normal. Os depositantes estão livres para sacar seus recursos e depositares se quiserem. Não é uma solução usual hoje no mundo. Sem perda para depositantes e o poder público", acrescentou.

SILVIO SANTOS
O Grupo Silvio Santos, o acionista principal do PanAmericano, anunciou que deve colocar R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis".

O BC descobriu que o PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.

A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao Fundo Garantidor de Crédito. Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa Econômica Federal, que também faz parte do bloco de controle, não terá de arcar com a perda.

CONSUMO POPULAR


O banco PanAmericano é, no jargão do mercado, uma "financeira", uma empresa focada no fornecimento de crédito para o consumo popular. Até junho deste ano, instituição possuía uma carteira de empréstimos de R$ 10,9 bilhões, bem como uma base de 12,3 milhões de cartões de crédito emitidos.

A carteira de clientes alcançava 16,9 milhões de cadastros, sendo 2,1 milhões de "ativos" (com empréstimos em aberto). O Panamericano contava ainda com uma estrutura de 203 pontos de venda (até o primeiro semestre de ano), além de aproximadamente 20 mil parceiros comerciais, distribuídos por 85% do território nacional --a maior parte (52%) na região Sudeste e Sul (11%).

O balanço financeiro mais recente mostra que o banco amargou um prejuízo de R$ 20,9 milhões no segundo trimestre, ante um lucro de R$ 51 milhões um ano antes.

quarta-feira, novembro 10, 2010

Silvio Santos oferece SBT e Baú como garantia para empréstimo de R$ 2,5 bi

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

O empresário Silvio Santos deu como garantia para obter empréstimo praticamente todo seu patrimônio empresarial. Para conseguir os R$ 2,5 bilhões do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), entraram 44 empresas subordinadas à holding SS Participações, entre elas o SBT, sua participação no banco PanAmericano, a Jequiti, a Liderança Capitalização e o Baú da Felicidade.
O valor contábil de todas as empresas é de R$ 2,7 bilhões.

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O empréstimo foi feito para salvar o PanAmericano, após fraude que causou prejuízo de R$ 2,5 bilhões.

A modelagem se deu por meio de emissão de debêntures privadas (titulo de empresa que rende juros) por parte da holding, obrigada a mudar seu status de "Limitada" para "S/A".

O grupo Silvio Santos terá dez anos para pagar o empréstimo. Ele terá, no entanto, três anos de carência, até iniciar o primeiro pagamento semestral.

O empréstimo não terá juros, apenas correção pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado).
Segundo o presidente do conselho do FGC, Gabriel Jorge Ferreira, o empresário Silvio Santos se dispôs a vender todas essas empresas se for preciso para saldar o empréstimo.

"Nunca vi um empresário fazer isso. Se colocar nessa situação", afirmou Ferreira.

O FGC foi criado em 1995 para ressarcir os depositantes em caso de quebra de bancos. Em 2005, o fundo passou também a comprar carteiras de instituições com problemas de liquidez, papel que, depois, assumiu durante a crise de 2008. O socorro, por meio de empréstimo, é inédito na história do FGC. Ferreira justificou a operação afirmando que, se o fundo tivesse de bancar os compromissos dos depositantes, teria um desembolso de R$ 2,3 bilhões.

Segundo Ferreira, se não emprestasse o dinheiro, o banco sofreria intervenção e posterior liquidação. Nesse caso, teria de cobrir R$ 2,3 bilhões para os segurados.
Com a operação, além de manter o banco funcionando, o FGC tem agora um ativo de R$ 2,5 bilhões que serão pagos corrigidos pela inflação.

segunda-feira, novembro 08, 2010

"Rolou um clima", diz Fani em coletiva sobre Playboy com Natália Casassola

Nesta segunda-feira (08), aconteceu a coletiva de imprensa do lançamento da Playboy, deste mês de novembro, das ex-BBBs Fani Pacheco e Natália Casassola e o Virgula esteve lá para conferir.

Depois de muito bafafá em relação a algumas fotos que já foram divulgadas, o editor-chefe da revista Edson Aran contou que a ideia de duas garotas posarem juntas surgiu na décima edição do Big Brother Brasil, no qual teve a participação de Angélica, a Morango, e também de Cacau. Porém as negociações não foram bem sucedidas e, depois de pensar em várias opções de duplas chegaram, segundo ele, a um casal perfeito.

As moçoilas contaram que se divertiram muito durante a sessão de foto, regada a whisky e champanhe e o clima esquentou em alguns momentos. Natália, mais contida, disse que, nos momentos mais picantes, ela olhava para o rosto da amiga e soltava um grito.

Já Fani não escondeu muita coisa: “Rolou um clima e nos momentos de excitação, parava tudo e ia comer alguma coisa para esfriar a temperatura”.

As belas comandaram o ensaio, fizeram caras, bocas, poses de acordo com o que achavam que iria ficar melhor. Segundo elas, a única insistência da produção foi em relação ao tão comentado beijo. “Como a gente já tinha feito de tudo, concordei com o beijo no final, até porque só era isso que estava faltando”, disse Fani. “O meu beijo foi para valer, porque eu coloquei a língua lá dentro mesmo. A Nat só fechou os olhos e abriu a boca”, revelou a loira de Nova Iguaçu.

Seriam elas lésbicas? Natália namora um homem e diz nunca ter se envolvido com uma mulher, porém não descarta a possibilidade se rolar futuramente. A parceira Fani confessou que já teve relações com mulheres. “Vou para a balada e analiso todos os homens para ver se tem algum que me interesso, se não tiver, começo a olhar para as mulheres” e ainda completou o pensamento, “mulher é um tipo de entretenimento, no dia seguinte não dou nem bom dia”, brincou.

A família da gaúcha foi muito presente em todas as etapas do ensaio. O pai foi quem fechou o contrato com a revista e cuidou de avisar a filha que seria junto com a amiga Fani. A tia Rose foi além, acompanhou toda a sessão de fotos, aproveitando para dar sugestões e tudo mais. Já a mãe apenas disse: “Nossa filha, como você está com cara de safada nas fotos!”.

Elas, que fizeram sucesso quando posaram individualmente para a Playboy, disseram que tentaram fazer um ensaio mais quente possível, não tendendo para o vulgar. Mas as duas deixaram bem claro, “Esse é nosso limite, mais do que isso não fazemos”, descartando a possibilidade de realizar um filme pornô.

domingo, novembro 07, 2010

Alvo de veto, "Caçadas de Pedrinho", de Lobato, vê governo como rinoceronte

Da Livraria da Folha

"Caçadas de Pedrinho", lançado em 1933 pelo escritor paulista Monteiro Lobato (1882-1948), foi acusado pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) de um suposto teor racista. Por isso, recomendou, em parecer, que a obra não seja distribuída pelo governo nas escolas públicas. O Ministério da Educação pediu que o CNE reveja o parecer. Mas, afinal, o livro é racista?

Não, segundo especialistas na obra de Lobato, "Caçadas de Pedrinho" permite aos pequenos uma reflexão sobre a realidade brasileira, é ousado por usar recursos de humor e ironia, estimula a imaginação das crianças e apresenta uma denúncia contra a burocracia oficial pintando o governo como um paquiderme, comparado a um rinoceronte sem agilidade nem iniciativa para resolver problemas simples, como uma invasão de onças em um sítio. As crianças são os heróis da história: usam pernas de pau ensebadas para escapar dos bichos selvagens.

Todas as análises e bastidores de construção dessa obra estão minuciosamente relatados num livro de 512 páginas premiado no ano passado. Vencedor do Jabuti 2009 na categoria não ficção, "Monteiro Lobato: Livro a Livro" mobilizou uma equipe de pesquisadores universitários para examinar frase por frase toda a bibliografia de Lobato, as cartas que ele recebia dos leitores, suas entrevistas à imprensa, ou seja, tudo para esclarecer suas inspirações, processo de construção dos textos, repercussão de seus títulos.

Segundo o CNE, o racismo estaria presente, entre outras passagens, na abordagem da personagem Tia Nastácia e de animais como o macaco e o urubu. Uma delas diz: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão".

Leia trecho do capítulo de "Monteiro Lobato: Livro a Livro" sobre a "Caçadas de Pedrinho", escrito por Jaqueline Negrini Rocha, mestre em teoria e história literária pela Unicamp e autora da dissertação "De caçadas às caçadas: O processo de re-escritura lobatiano de Caçadas de Pedrinho a partir de A Caçada da Onça".

Caçadas de Pedrinho

Já em sua versão definitiva, a obra "Caçadas de Pedrinho" apresenta doze capítulos e é, normalmente, dividida por estudiosos em duas partes: a caçada à onça e a caçada ao rinoceronte.

A primeira parte trata da investida e do êxito das crianças na caça de uma onça no Capoeirão dos Taquaruçus, lugar onde Dona Benta "não deixava que os meninos fossem passear", proibição que não os impede de sair em busca do animal. A morte da onça assusta todos os habitantes da mata e eles decidem, por meio de uma assembléia, invadir o Sítio do Picapau Amarelo, clamando por vingança e justiça. Emília é avisada desse revide por dois besouros, seus espiões, e uma solução para enfrentá-la é encontrada pela turma do Sítio do Picapau Amarelo, que nessa obra é acrescida de Cléu, uma leitora - filha do amigo e sócio de Monteiro Lobato, Octales Marcondes - transformada em personagem. A solução é o uso de pernas-de-pau e de granadas de cera, que continham vespas e maribondos, jogadas sobre os atacantes, para afugentá-los.

A segunda parte narra a fuga de um rinoceronte do circo, seu aparecimento no Sítio e as tentativas de sua captura pelo "Departamento Nacional de Caça ao Rinoceronte", cuja única finalidade era "não encontrar o paquiderme". Emília, tornando-se amiga do bicho, decide ajudá-lo e, para tal, faz as armas dos detetives falharem e Quindim, o rinoceronte, atacá-los. Consegue, também, espantar o seu verdadeiro dono, que aparece no Sítio para recuperar o animal.

A narrativa é quase toda conduzida em linguagem coloquial, com traços do discurso oral, e a posição do narrador assemelha-se à de um contador de histórias que, em alguns momentos, dirige-se a um interlocutor. "A bala de pedra rolou a dois passos de distância, imaginem!".

Esses apelos ao leitor produzem um maior envolvimento deste com a narrativa. criam certo tom de aventura e tornam a situação de leitura mais próxima do universo infantil. Pedrinho, Narizinho, Emília, Visconde de Sabugosa e Rabicó continuam sendo os heróis da aventura. Consideram a caçada uma atividade para pessoas corajosas, não necessariamente as mais velhas: "Vovó e tia Anastácia são gente grande e, no entanto, correm até de barata. O que vale não é ser gente grande, é ser gente de verdade". Satirizam, portanto, o mundo adulto, relacionando-o ao medo, à aflição e à covardia.

Na composição das frases, estão presentes neologismos, como "pernejando pernilongalmente", e onomatopéias: "Os besouros admiraram-se da esperteza da boneca e partiram - zunn! - a fim de cumprir as ordens recebidas" e "Aproximou-se do telhado, tomou as granadas e -zás! - arremessou-as contra o bando de feras". Tais recursos parecem conferir ao discurso maior ação e comunicabilidade, além de tornar as cenas mais dinâmicas.

O narrador simula partilhar o desconhecimento do leitor sobre o desencadear dos acontecimentos, ao fazer suposições a respeito da narrativa semelhantes às que um leitor faria. Por ignorar a seqüência de ações, o leitor necessita presumir; e, acirrando esse procedimento, o narrador não revela tudo o que sabe, como no trecho a seguir: "Granadas de cera, do tamanho de laranjas-baianas! Ou a boneca estava de miolo mole...ou... Em todo o caso, como a Emília era uma danadinha capaz de tudo, os meninos e as velhas sossegaram um pouco mais".

Não se limitando a narrar, o narrador também participa da história. Ora emite julgamentos, como : "Rabicó tinha duas pernas mais que os outros, inutilíssimas pernas, porque se uma criatura pode viver muito bem com duas, ter quatro é ter pernas demais", ora tece comentários a respeito das situações vividas pelas personagens: "A situação tornava séria". Em conseqüência, aguça a curiosidade do leitor, como vem fazendo, aliás, desde o início da narrativa.

O clima de mistério e suspense que envolve o narrador é reforçado ainda por Emília, quando ela não permite às demais personagens (e nem aos leitores!) conhecerem, antes do momento final, a composição das "granadas de cera". A boneca provoca a curiosidade e estimula a imaginação de todos, ao destacar o fato de que aquela descoberta seria o clímax da aventura, aludindo metalingüisticamente à situação de leitura, ao inserir na narrativa a palavra "capítulo": "A primeira coisa que lá de cima viram foram as granadas de cera de Emília, arranjadinhas sobre o telhado. Pedrinho quis examiná-las. Não pôde. A boneca espantou-o com um grito - Não se aproxime! Não bula, não me estrague o capítulo!..."

Procedimento narrativo contrário a esse - mas com efeitos igualmente envolventes - ocorre quando, ao invés de o narrador esconder, ele antecipa ações subseqüentes, intrometendo-se na narrativa: "Mas isso de preferir que as onças nos comam vivos é conversa. Na hora em que onça aparece, até em pau-de-sebo um aleijado é capaz de subir. A pobre da tia Nastácia ia ficar sabendo disso no dia seguinte..."

O suspense, fator tão valorizado nas histórias de aventura, é mantido, portanto, por esse jogo do narrador de revelar e esconder.

O narrador vale-se da metalinguagem e da metaficção, ao usar o vocábulo "capítulo", recurso bastante ousado, tendo em vista o público a quem se destina o texto, para lembrar o leitor de seu papel na história - o de mero expectador das aventuras. Esse procedimento poderia, talvez, configurar quebra do suspense, pois o leitor é alertado de que se trata de uma "episódio de uma história". Porém, a protelação do segredo que envolve a solução encontrada por Emília para se safarem das onças parece garantir a permanência do mistério e do tom de aventura.

Para se defenderem do ataque das onças, as crianças adotam como estratégia o uso de pernas-de-pau ensebadas. O aumento de altura pode ser lido como uma alusão ao crescimento e, conseqüentemente, ao universo adulto, contrariando assim uma interpretação que leia literalmente a afirmação das crianças enquanto agentes solucionadores dos problemas. De qualquer forma, porém, a alternativa encontrada envolve a fantasia do universo infantil: entram em cena a imaginação, um brinquedo e a capacidade dos pequenos de encontrarem uma solução inventiva, improvável de ocorrer aos adultos.

A transposição de elementos do mundo real para a ficção é maior na segunda parte do livro "As Caçadas de Pedrinho". Na caçada ao rinoceronte, iniciada no capítulo "VIII - Os negócios de Emília", a fantasia mescla-se às severas críticas à burocracia brasileira. Enquanto, na primeira parte de "Caçadas de Pedrinho", predomina a ação das crianças, cujas falas também ocupam grande espaço da obra, nessa segunda parte o discurso do narrador é que sobressai: narram-se, sobretudo, os atos dos adultos na caça ao rinoceronte. A fala do narrador ocupa mais espaço, expressando sua opinião por meio do humor e da ironia. Faz, dessa maneira, a denúncia da ineficiência estatal de modo sutil, mais por sugestão do que por ataque direto:

"Esse caso causou o maior rebuliço no Brasil inteiro. Os jornais não tratavam de outra coisa. Até uma revolução, que estava marcada para aquela semana, foi adiada, porque os conspiradores acharam mais interessante acompanhar o caso do rinoceronte do que dar tiro nos adversários.

"UM RINOCERONTE INTERNA-SE NAS MATAS BRASILEIRAS", era o título da notícia que vinha em letras graúdas em todos os jornais. Durante um mês ninguém cuidou de mais nada. Grande número de bombeiros e soldados da polícia foram imobilizados. Os melhores detetives do Rio aplicavam toda a sua esperteza em formar planos para a captura do misterioso animal. As forças do Norte que andavam caçando o Lampião deixaram em paz esse bandido para também se dedicarem à caça do monstro. Dizem até que o próprio Lampião e seus companheiros pararam de assaltar as cidades para se entregaram ao novo esporte - a caça ao rinoceronte."

A narrativa, ao ser construída pela ironia, recurso literário bastante apurado na literatura infantil de Lobato, desfaz qualquer possível autoritarismo do narrador, posto que a denúncia não é expressa diretamente por um narrador que se vale de sua onisciência para inculcar seus conhecimentos nos leitores. Prevê, aliás, o contrário: leitores que percebam esses elementos irônicos e dêem sentido ao texto, re-significando-o. Quando a denúncia se alia ao humor, ela se torna mais implacável.

A presença ativa do leitor torna-se aqui fundamental, devendo ele questionar o que o narrador conta e suspeitar da sua intenção ao narrar, por diversas vezes, as atitudes dos funcionários estatais. As peripécias dos detetives que integram o "Departamento Nacional de Caça ao Rinoceronte" são ironicamente qualificadas como "grandiosas". Suas providências para caçar o paquiderme são questionáveis; baseiam-se em suposições aparentemente complexas, entretanto desprovidas de qualquer fundamento prático, como, por exemplo, a instalação de uma linha telefônica para ligar a casa de Dona Benta ao acampamento, com o propósito de discutir com a moradora os detalhes da caça. A falta de eficácia e de capacidade técnica dos burocratas, diante da impraticabilidade e da inutilidade dos meios por eles agenciados, são questões colocadas ao leitor, fazendo-o refletir.

Os habitantes do Sítio do Picapau Amarelo não se calam diante da maneira como a caçada é conduzida e contestam a autoridade do governo. Cabe a eles também emitir pareceres sobre o assunto, e o fazem de forma direta: "- Mas por que não discutiu isso durante a semana em que o rinoceronte andou sumido e a passagem pela porteira esteve completamente franca? Acho que Vossa Rinocerôncia perdeu um tempo precioso" e "Considerava uma súcia de idiotas, um verdadeiro bando de exploradores".

O governo, assim, é apresentado como uma entidade misteriosa, que se pauta por razões obscuras e que não pode ser contrariado. Emília, por exemplo, pede ao rinoceronte que ele volte a deitar-se em frente à porteira, sem o que não pode ser inaugurada a linha telefônica, cuja construção precisava ser justificada. Como o governo também não pode ser desrespeitado, Cléu transmite um recado de Dona Benta aos burocratas "com outras palavras para não ofender o governo". Por não estabelecer os critérios pelos quais toma decisões, o governo acaba sendo mitificado: "Diz Cléu que são "coisas do governo", um puro mistério. O rinoceronte ficou pensativo. Devia ser uma bem estranha criatura esse tal governo, que fazia coisas acima do entendimento até de Emília!.

A razão da inclusão de uma fera africana em um cenário tipicamente rural e brasileiro, que contribui para a originalidade deste livro, é relatada por Monteiro Lobato em entrevista concedida a Silveira Peixoto, da "Gazeta Magazine":

-...Por que pôs um rinoceronte no sítio de dona Benta? Um animal que não é brasileiro...

- Exatamente por isso. Para fazer uma coisa diferente. Resolvi arranjar um bicho contrário ao cachorrinho ou ao coelhinho clássicos. Mas na realidade eu não introduzi deliberadamente um rinoceronte em minhas histórias. Aquele rinoceronte fugiu certa vez de um circo no Rio de Janeiro, afundou no mato e foi parar no sítio de dona Benta. De lá entrou muito naturalmente nos livros. Coisa muito mais do rinoceronte do que minha.

Mas a imagem do rinoceronte como animal feroz, tal como este fora mostrado no início da narrativa, é superada pela aparência de um bicho de gestos pachorrentos, deitado atravessado à porteira. Essa imagem poderia, talvez, representar o governo e suas medidas que, também, não demonstram agilidade nem iniciativa.

Assim, por meio dos recursos do humor e da ironia, aliados à fantasia e ao senso lúdico, o leitor apreende o sentido da denúncia, presente na narrativa, e a crítica a obras públicas desnecessárias, luxuosas e demoradas. Monteiro Lobato possibilidade aos leitores não só uma grande aventura, mas também uma intensa reflexão sobre a realidade brasileira.

sexta-feira, novembro 05, 2010

Chico Buarque leva Prêmio Jabuti 2010 por melhor ficção do ano

'Leite derramado' foi vencedor na escolha dos júris oficial e popular.
É a terceira vez que o músico sai premiado na categoria.

Do G1 RJ

O cantor, compositor e escritor Chico Buarque recebeu o Prêmio Jabuti 2010 de melhor livro de ficção do ano por "Leite derramado". A cerimônia de entrega aconteceu na Sala São Paulo, no bairro da Luz, região central da capital paulista, na noite da última quinta-feira (4). É a primeira vez em 52 edições da tradicional premiação literária brasileira que o mesmo escritor vence três vezes na categoria.

Além da escolha do júri oficial formado por editores, "Leite derramado" também foi o vencedor no júri popular, uma novidade na edição deste ano — a votação contou com mais de 5 mil votos efetuados pela internet.

Na categoria não-ficção, os vencedores foram "O tempo e o cão", de Maria Rita Kehl (júri oficial) e "Linguagens formais: teoria, modelagem e implementação", de Marcus Vinícius Medena Ramos, João José Neto e Ítalo Santiago Vega (júri popular).

Veja a lista com os demais vencedores do 52º Prêmio Jabuti divulgada em outubro passado:

ROMANCE
1º - "Se eu fechar os olhos" (Record), de Edney Silvestre
2º - "Leite derramado" (Cia das Letras), de Chico Buarque
3º - "Os espiões" (Objetiva), de Luis Fernando Veríssimo

CONTOS E CRÔNICAS
1º - "Eu perguntei pro velho se ele queria morrer (e outras histórias de amor)" (7Letrsa), de José Rezende Jr
2º - "A máquina de revelar destinos não cumpridos" (Dimensão), de Vário do Andaraí
3º - "Paulicéia dilacerada" (Funpec), de Mário Chamie
* "Crônicas inéditas" (Cosac Naify), de Manuel Bandeira, vai concorrer na categoria póstuma

POESIA
1º - "Passageira em trânsito" (Record), de Marina Colasanti
2º - "Sangradas escrituras" (Star Print), de Reynaldo Jardim Silveira
3º - "Lar" (Cia das Letras), de Armando Freitas Filho

BIOGRAFIA
1º - "Nem vem que não tem: vida e veneno de Wilson Simonal" (Globo), de Ricardo Alexandre
2º - "Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão" (Cia das Letras), de Lira Neto
"Euclides da Cunha: uma odisséia nos trópicos" (Ateliê), de Frederic Amory
3º - "Bendito, maldito: uma biografia de Plínio Marcos" (Leya), de Oswaldo Mendes

REPORTAGEM
1º - "O leitor apaixonado, prazeres a luz do abajur" (Cia das Letras), deRuy Castro
2º - "Olho por olho: livros secretos da ditadura" (Record), de Lucas Figueiredo
3º - "Conversas de cafetinas" (Arquipélago), de Sérgio Maggio

INFANTIL
1º - "Os herdeiros do lobo" (Comboio de corda), de Nilson Cruz
2º - "Carvoeirinhos" (Cia das Letrsa), de Roger Mello
3 º - "A visita dos dez monstrinhos" (Cia das Letras), Angela Lago

JUVENIL
1º - "Avó dezanove e o segredo soviético" (Cia das Letras), de Odjaki
2º - "Marginal: à esquerda" (RHJ), de Angela Lago
3º - "Sofia e outros contos" (Saraiva), de Luiz Vilela

CAPA
1º - "O resto é ruído: escutando o século XX" (Cia das Letras)
2º - "Salas e abismos" (Cosac Naify)
3º - "Os espiões" (Objetiva)

TEORIA E CRÍTICA E LITERÁRIA
1º - "A clave do poético" (Cia das Letras), Benedito Nunes
2º - "O controle do imaginário e a afirmação do romance" (Cia das Letras), Luiz Costa Lima
3º - "Cinzas do espólio" (Record), Ivan Junqueira

TRADUÇÃO
1º - "O leão e o chacal mergulhador" (Globo), tradução de Mamedi Mustafa Jarouche
2º - "Canção do venrável" (Globo), de Carlos Alberto Fonseca
3º - "Trabalhar cansa" (Cosac Naify), de Maruricio Dias

ARQUITETURA E URBANISMO, FOTOGRAFIA, COMUNICAÇÃO E ARTES
1º - "Athos Bulcão" (Fundação Athos Bulcão), de Paulo Humberto Ludovico de Almeida
2º - Coleção "Brasiliana Itaú" (Capivara), de Pedro Corrêa do Lago
3º - "Ética, jornalismo e nova mídia: uma moral provisória" (Jorge Zahar), de Caio Tulio Costa

PROJETO GRÁFICO
1º - "Igreja e convento de São Francisco da Bahia" (Versão)
2º - Edição de colecionador de "Alice no país das maravilhas" (Cosac Naify)
3º - "Rico Lins, uma gráfica de fonteira" (Rico Lins)

ILUSTRAÇÃO DE LIVRO INFANTIL OU JUVENIL
1º - "Já já: a história de uma árvore apressada" (Ática), Paulo Rea.
2º - "O lobo" (Manati), de Nair Elisabeth da Silva Teixeira
"Marginal : à esquerda" (RHJ), de Angela Lago
3º - "O tamanho da gente" (Autentica), de Manoel Vega
"O passarinho que não queria só cantar" (Salamandra), de Luiz Maia

CIÊNCIAS EXATAS, TECNOLOGIA E INFORMÁTICA
1º - "Obra científica de Mario Schonberg" (USP)
2º - "Linguagens formais, teoria, modelagem e implementação" (Bookman), de Ramos, José Neto e Santiago Vega
3º - "Química verde" (Edufscar), de Xuin e Correa.

EDUCAÇÃO, PSICOLOGIA E PSICANÁLISE
1º - "O tempo e o cão" (Boitempo), de Maria Rita Kehl
2º - "Caderno sobre o mal" (Civilização Brasileira), de Joel Birman
3º - "Brasil arcaico, escola nova: ciência, técnica e utopia nos anos" (Unesp), de Carlos Monarcha

DIDÁTICO E PARADIDÁTICO
1º - "Uma história da cultura afrobrasileira" (Moderna), Fraga e Albuquerque
2º - "Coleção gira mundo" (IBPEX)
3º -"Almanaque de sentidos" (Moderna), Carla Caruso.

ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS
1º - "Trabalho flexível empregos precários?" (USP), de Guimarães, Hirata e Sugita
2º - "Os anos de chumbo: economia e política internacional no entreguerras" (Unesp e Unicamp), de Frederico Mazzucchelli
3º - "Biocombustíveis, energia da controvérsia" (Senac), de Ricardo Abramovay

DIREITO
1º - "A constituição na vida dos povos" (Saraiva), de Dalmo Dallari
2º - "Direito das companhias" (Forense), de Lamy Filho e Bulhões Pedreira
3º - "Curso de direito tributário: constituição e código tributário nacional" (Saraiva), Regina Helena Costa

CIÊNCIAS HUMANAS
1º - "Viver em risco" (34), de Lucio Kowarick
2º - "A luta pela anistia" (Imprensa Oficial), de Haike Kleber da Silva (org)
3º - "Um enigma chamado Brasil" (Cia das Letras), de André Botelho e Lilia Schwarcz

CIÊNCIAS NATURAIS E DA SAÚDE
1º - "Clínica médica" (Manole), de Milton Martins, Flair Carrilho e outros
2º - "Manual de diagnóstico e tratamento para residentes de cirurgia" (Atheneu), de Speranzini, Deutsch e Yagi
3º - "Medicina laboratorial para o clínico" (Coopmed), de Erichsen, Viana, Faria e Santos

TRADUÇÃO DE OBRA LITERÁRIA DO ESPANHOL PARA O PORTUGUÊS
1º - "Purgatório" (Cia das Letras), tradução de Bernardo Ajzenberg
2º - "Três tristes tigres" (José Olympio), tradução de Luis Carlos Cabral
3º - "Cem anos de solidão" (Record), tradução de Eric Nepomuceno