sexta-feira, novembro 30, 2012

Segundo a Bloomberg, Eike Batista não é o homem mais rico do Brasil

http://glamurama.uol.com.br/segundo-a-bloomberg-eike-batista-nao-e-o-homem-mais-rico-do-brasil/

30.11.2012 / 16:11


Extra! Como adiantamos aqui nessa quinta-feira, Eike Batista estava prestes a perder o título de homem mais rico do Brasil. Pois bem: o empresário perdeu! A Bloomberg, que publica um ranking com as 200 pessoas mais ricas do mundo, atualizado diariamente, acaba de confirmar a informação. Com patrimônio pessoal de US$ 18,9 bilhões, Jorge Paulo Lemann – o maior acionista da AmBev - agora é o mais rico entre os brasileiros. Batista, que no início do ano chegou a ter US$ 34,5 bilhões, agora possui US$ 18,6 bilhões, segundo a Bloomberg.

quarta-feira, novembro 28, 2012

Votantes do Prêmio Jabuti reagem a polêmica e elegem obra juvenil como livro do ano de ficção

http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2012/11/28/votantes-do-premio-jabuti-reagem-a-polemica-e-elegem-obra-juvenil-como-livro-do-ano-de-ficcao.htm


Gene que pode combater um grande número de doenças

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=56309&op=all


ARIH2 actua como um interruptor
apagando e acendendo o sistema imunitário


2012-11-27
Marc Pellegrini, do Instituto de Investigação Médica Walter & Eliza Hall (Austrália)
Marc Pellegrini, do Instituto de Investigação Médica Walter & Eliza Hall (Austrália)
O gene ARIH2, que mantém vivos os embriões, controla o sistema imunitário e determina como este luta contra doenças crónicas como a hepatite ou o HIV e auto-imunes como a artrite reumatóide. Apesar dos especialistas só terem realizado estudos sobre o gene em ratinhos, esperam que este possa utilizar-se em terapias que combatam um grande número de doenças 'incuráveis'.
O principal autor do estudo publicado na«Nature Immunology», Marc Pellegrini, do Instituto de Investigação Médica Walter & Eliza Hall (Austrália), diz que o gene parece actuar como um interruptor, apagando e acendendo o sistema imunitário.
Se o gene está ligado, suprime a resposta imunitária; se estiver apagado reforça enormemente estas respostas. ARIH2 foi identificado por outro grupo de cientistas na mosca da fruta, mas conseguiu a atenção da equipa de Pellegrini pelos seus possíveis vínculos ao sistema imunitário.
No artigo agora publicado, os investigadores descrevem como os embriões dos ratinhos morreram quando o gene foi extraído.
O gene foi também extraído de ratos adultos. Estes sobreviveram bastante bem durante seis semanas. Depois, começaram a desenvolver respostas imunitárias que começaram a reagir contra o próprio corpo.
Os investigadores esperam agora que este gene seja estudo para uma utilização com finalidades medicinais, combatendo um grande número de doenças.
Para combater as doenças infecciosas, trava-se a acção do gene, para lutar contra as auto-imunes, carrega-se no acelerador para fazer o difícil trabalho de parar a resposta imunológica, explicam.



Mark Hamill negocia voltar como Luke Skywalker em "Guerra nas Estrelas: Episódio 7"

http://cinema.uol.com.br/ultnot/2012/11/28/mark-hamill-negocia-voltar-como-luke-skywalker-em-guerra-nas-estrelas-episodio-7.jhtm

28/11/2012 - 11h20

Do UOL, em São Paulo


  • Luke Skywalker (Mark Hamill) e o mestre Yoda em ''Star Wars - O Império Contra-Ataca'' (1980)
    Luke Skywalker (Mark Hamill) e o mestre Yoda em ''Star Wars - O Império Contra-Ataca'' (1980)
Mark Hamill, mundialmente conhecido pelo papel de Luke Skywalker em “Guerra nas Estrelas”, negocia voltar ao papel na nova trilogia que será criada pela Walt Disney que, em outubro deste ano, anunciou a compra da Lucasfilm, de George Lucas, por US$ 4 bilhões.

O ator concedeu uma entrevista ao site E!Online na noite desta terça-feira (27), durante a pré-estreia de seu novo filme “Sushi Girl”. "Nós temos dúvidas sobre isso", Hamill citou sua colega de elenco Carrie Fischer, que viveu a princesa Leia nos filmes da saga.

"E, realmente, eles nem mesmo estão na fase em que são capazes de responder a essas perguntas, porque, tanto quanto eu sei, já há alguma história?". "Eu amava todas aquelas pessoas, eu realmente amei", Hamill elogiou sobre trabalhar com Fischer, Harrison Ford e George Lucas nos três primeiros filmes de “Guerra nas Estrelas”. "Até que eu saiba mais sobre o que eles têm em mente, eu acho que é melhor deixar a Lucas Film fazer os anúncios."

Hamill, de 61 anos, não quis comentar quando perguntado sobre quem poderia assumir seu papel icônico da franquia de ficção científica. "Se eles forem fazer uma história em que Luke é muito jovem ou muito velho para eu interpretar, eles escolherão um ator com idade apropriada", disse. "Há tantas pessoas boas."
No início deste mês, Hamill contou à revista “Entertainment Weekly” que já sabia dos planos de George Lucas para uma nova trilogia.

Lucas revelou há um ano, em um almoço com o ator e Carrie Fisher, mas não comentou nada sobre a venda para a Disney, ou se eles estariam nos filmes: "Ele nos contou que estava planejando os Episódios 7, 8 e 9 e que Kathleen Kennedy [a nova presidente da LucasFilm] seria responsável por eles (...) Acho que ele queria que soubéssemos antes de todo mundo.”

quinta-feira, novembro 22, 2012

Luis Fernando Verissimo é internado em estado grave em Porto Alegre

http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/2012-11-22/luis-fernando-verissimo-e-internado-em-estado-grave-em-porto-alegre.html?utm_source=twitter&utm_medium=posts&utm_campaign=social


Autor dos contos "Comédias da Vida Privada" está sedado e respira com a ajuda de aparelhos

iG São Paulo  - Atualizada às 
    O escritor Luis Fernando Verissimo foi internado em estado grave na tarde desta quarta (21) no hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. De acordo com o jornal Zero Hora, o autor de 76 anos está sedado e respira com a ajuda de aparelhos



Nesta quinta-feira, Verissimo vai passar por uma bateria de exames para determinar as causas que o levaram à internação, cuja suspeita é uma infecção.
Conhecido por suas crônicas e textos de humor, Verissimo ficou conhecido por livros como "O Analista de Bagé" (1981) e a antologia de contos "Comédias da Vida Privada" (1994), que ganhou uma versão televisiva exibida pela Rede Globo.
Neste ano o autor abriu a 10ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), em que destacou a importância de Carlos Drummond de Andrade, homenageado da festa.

segunda-feira, novembro 19, 2012

Facebook te deixa mais gordo, pobre e malvado, diz estudo

http://f5.folha.uol.com.br/humanos/1181111-facebook-te-deixa-mais-gordo-pobre-e-malvado-diz-estudo.shtml


06/11/2012 - 16h04

Um estudo resolveu mostrar toda a verdade por trás das fotos de gente rica, magra e boazinha postadas no Facebook.
De acordo com um estudo da Universidade de Colúmbia e de Pittsburgh, a imagem positiva que surge a partir da página faz com que o autocontrole das pessoas diminua.
Uma das consequências mais fáceis de perceber é a agressividade.
"Quando você se sente bem consigo mesmo, você se sente no direito de fazer as coisas. E você quer proteger aquela imagem melhorada, o que faz com que as pessoas reajam tão fortemente àquelas que não concordam com suas opiniões", disse Keith Wilcox, um dos autores do estudo, ao "Wall Street Journal".
Andrea Michele Piacquadio/Shutterstock
Facebook te deixa mais gordo, pobre e malvado, diz estudo
Facebook te deixa mais gordo, pobre e malvado, diz estudo
O estudo foi dividido em cinco partes e contou com 541 participantes e, também, chegou a desagradável conclusão que os usuários do "face" ficam mais gordas e pobres.
Aqueles que passam mais tempo on-line e tinham muitos amigos na rede social tinham mais tendências de comer besteira e ter mais gordura no corpo, assim como mais dívidas no cartão de crédito.
Outra parte do estudo mostrou que aqueles que passavam cinco minutos no Facebook, ficavam mais inclinados a comer biscoito do que uma barra de cereal.
Além disso, os internautas mostravam mais preguiça na hora de resolver problemas matemáticos e desistiam mais facilmente.
O porta-voz do Facebook não quis comentar o assunto ao "WSJ".

    quinta-feira, novembro 15, 2012

    ASTRONAUTA ENTRE DOIS POLOS


    Não sei se foi em “O Estado”, no fim de outubro, que li a respeito de Astronauta – Magnetar, de Danilo Beyruth. Pareceu-me interessante a proposta de releitura de um dos personagens mais fascinantes de Mauricio de Sousa – da visão que muitas crianças têm a respeito do espaço sideral a um ponto de vista mais “adulto”, por assim dizer. Mais voltado para os leitores na faixa etária dos 20 anos em diante.
                Esperei a graphic chegar às bancas daqui. Quando isso aconteceu e pude ter a revista em mãos, de imediato pipocaram nas minhas recordações duas ótimas histórias do Astronauta, uma relacionada à outra.
                Na primeira, o cosmonauta retorna à Fazenda Tangará, no interior de São Paulo, ansioso para rever os amigos, a família e, principalmente, o grande amor de sua vida. Mas ele não consegue encontrar Ritinha em lugar algum e o pessoal da fazenda se mostra reticente quanto a onde a moça poderia estar. As perguntas insistentes do Astronauta acabam vencendo essa resistência, e o coitado acaba recebendo a má notícia: a sua amada idolatrada casara-se com Bonifácio, um dos melhores amigos do herói.
                O aventureiro das galáxias finge aceitar numa boa o enlace. Acata as justificativas de Rita, segundo as quais estava cansada de esperar indefinidamente pelo retorno dele dos rincões mais distantes do universo. E no fim da história entra em sua famosa nave redonda e volta para as suas peripécias interestelares com o coração, naturalmente, partido sem chances de conserto.
                A segunda história é uma espécie de continuação da primeira. Com seu casamento com Bonifácio devidamente consolidado e depois de dar à luz um menino, Ritinha visita os pais do Astronauta e os três ficam refletindo sobre como poderia estar vivendo seu ex-namorado, naquele exato instante, talvez perdido em alguma dimensão ou fenda espacial. Pois no último quadrinho está a resposta: o Astronauta passa por uma dificuldade daquelas, sendo espancado por uma raça maligna de alienígenas. Nada muito sério, claro. Porradas com algum humor, para não chocar a criançada.
                O Astronauta de Danilo Beyruth é ainda mais solitário. Ainda mais obcecado em cumprir missões malucas determinadas pela direção da BRASA (Brasileiros Astronautas), que decerto muito foram lidas por Marcos Pontes em sua infância. Em Magnetar, essa obsessão é tanta que dá para interpretar que os perigos aos quais ele é submetido são autoimpostos – como uma espécie de punição inconsciente por ter abandonado tudo o que ama (ou amava) e lhe é (ou era) mais caro.
                Mas ao mesmo tempo em que se arrisca a vida para fugir do Magnetar e da nave que ameaça se transformar em seu caixão e sepultura, a saudade de sua terra natal está lá. Assim como um resquício de sua velha paixão por Ritinha. Uma dicotomia muito bem explorada por Beyruth na aventura de 83 páginas que concebeu e desenhou, como muito faziam tempos atrás John Byrne e outros consagrados pelo gênero.
                E essa dualidade me faz pensar em outro aventureiro, Amyr Klink, e numa homenagem a este grande explorador chego facilmente à conclusão de que o protagonista de Magnetar é um astronauta entre dois polos.

               
    NEY FARIAS CARDOSO

    REVISOR DE O ESTADO

    terça-feira, novembro 13, 2012

    GLOBO DEFINE: GP DOS EUA PASSARÁ AO VIVO, MAS SÓ NO SPORTV

    http://tazio.uol.com.br/f1/globo-encerra-dilema-e-anuncia-que-nao-vai-transmitir-gp-dos-eua


    Horário da penúltima prova da temporada coincide com cinco jogos da 36ª rodada do Brasileirão, que pode definir rebaixamento do Palmeiras

    Bruno Ferreira, Leonardo Felix e Lucas Berredo, de São Paulo

     13/11/2012


    Circuito das Américas, em Austin (Foto: Cota/Divulgação)Circuito das Américas, em Austin (Foto: Cota/Divulgação)
    Apesar de ter os direitos de transmissão, a Globo não irá exibir neste domingo o GP dos Estados Unidos, penúltima etapa do Mundial de F1, em rede aberta. No entanto, para não deixar de passar o treino classificatório e a prova ao vivo, a emissora decidiu transferir as duas sessões para seu canal de esportes por assinatura, o SporTV.
    A informação foi confirmada pelo editor e comentarista do canal, Rodrigo Mattar, em seu perfil no Twitter. “A quem interessar possa: treino oficial de sábado e GP dos Estados Unidos de F1 serão ao vivo no SporTV”, escreveu.
    A corrida, que será disputada às 17h do próximo domingo, no horário de verão de Brasília (a classificação será às 16h de sábado), coincide com cinco jogos da 36ª e antepenúltima rodada do Brasileirão, priorizada pela emissora carioca.
    De acordo com a tabela da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), três partidas transmitidas em canal aberto neste horário: Palmeiras x Flamengo, que se enfrentam em Volta Redonda, no Rio de Janeiro; Fluminense x Cruzeiro, no Engenhão; e Bahia x Ponte Preta, em Salvador.
    A primeira delas pode consolidar o rebaixamento do Palmeiras para a Série B do Brasileiro – o mote principal do campeonato após o Fluminense se sagrar campeão com três rodadas de antecedência no último domingo, em jogo contra o próprio clube de São Paulo, em Barueri. Na Bahia, o clube homônimo também luta para escapar da queda para a Segundona.
    Sediado no recém-inaugurado circuito das Américas, em Austin, o GP dos Estados Unidos, por sua vez, pode marcar o tricampeonato mundial de Sebastian Vettel. Para garantir o título, o alemão, que tem 10 pontos de vantagem para Fernando Alonso, precisa vencer e torcer para o rival chegar, no máximo, em quinto. A corrida também marca o retorno da F1 ao país após um hiato de cinco anos.
    Não há informações oficiais sobre alguma cláusula no contrato com a FOM (Formula One Management) que obrigue a Globo a transmitir as provas de F1 ao vivo, mas segundo o Tazio apurou, a emissora vem enfrentando dificuldades para convencer Bernie Ecclestone sobre a situação.
    A informação ainda não está confirmada na grade de programação de nenhum dos canais. Procurada peloTazio nesta terça-feira, a assessoria da emissora prometeu atualizá-la até as 21h desta terça-feira.
    Esta não é a primeira vez que a Globo deixa de transmitir ao vivo as etapas da F1 nos últimos anos. Em 2005, flashes do GP dos Estados Unidos, em Indianápolis, foram exibidos durante a partida entre Brasil e México, válido pela primeira fase da Copa das Confederações. Dois anos depois, a emissora preteriu o GP da Espanha, vencido por Felipe Massa, para transmitir a visita do papa Bento 16 ao Brasil.
    Já no GP do Canadá de 2011, a forte chuva que provocou uma paralisação de mais de duas horas fez com que o canal interrompesse a transmissão para se voltar ao Campeonato Brasileiro, deixando a corrida ao vivo na íntegra somente para um estado.

    quinta-feira, novembro 08, 2012

    OTÁRIOS MIDIÁTICOS


    Otários estão por toda parte. Eles permanecem calados na maior parte do tempo, à espera do melhor momento para destilar sua verborragia antropofágica a respeito de qualquer assunto. Afinal, entendem de tudo um pouco e não aceitam opiniões contrárias.
                O que esses cretinos pensam que sabem é o que importa. E ponto final.
                Aos domingos , essa raça para na frente da tevê para assistir ao “Fantástico”. Só esse gesto implica um atestado de derrocada lenta e inexorável rumo ao marasmo da imbecilidade. Porque parar para ver o “Fantástico” é de um absurdo atroz. Na última vez, o raio do programa começou com o raio de um elefante que é capaz de reproduzir falas humanas. Ou alguma “bestagem” parecida com isso.
                Dá no mesmo se a “atração” for o “Videoshow” ou o “Domingão do Faustão”.
                Pois bem. Essas lástimas, naturalmente sem ter o que fazer, atualmente concentram-se em criticar as aparições de Ronaldo Fofômeno na “revista eletrônica”. O quadro de que participa o maior artilheiro da história das copas chama-se “Medida Certa” e tem como objetivo auxiliar celebridades gorduchas e sedentárias a perderem peso. Na estreia, teve como protagonistas o casal de apresentadores do “Fantástico”. Pelo que se viu, os graus de sucesso da dupla empreitada foram variados.
                O máximo de crítica que os dois devem ter lido ou ouvido (se não o fizeram são também dois otários) foi que os regimes e exercícios aos quais se submeteram  deram pouco ou, para caprichar ainda mais na sinceridade, quase nenhum resultado.
                Já Ronaldo vem sendo detonado sistematicamente por tentar perder peso em cadeia nacional de televisão. Porque, dizem, a Globo lhe pagou a bagatela de 6 milhões de reais para correr, malhar, suar à vontade e realizar outros escambaus para ficar fisicamente mais enxuto – mesmo que essa revolução lipídica não venha a transformá-lo em uma pessoa melhor.
                Desde então, as redes sociais se tornaram um verdadeiro pântano, no qual chafurdam os otários midiáticos. Todos batendo na mesma tecla: “A Globo dá seis milhões para Ronaldo e vem com essa história de ‘Criança Esperança’”.
                Quem pensa assim é, repetindo, um otário. Um pobre-coitado que não teve a capacidade, o talento e a inteligência para alcançar o Olimpo dos rostos mais conhecidos deste planeta. Alguém que deveria se preocupar mais com as desigualdades sociais, a fome, a miséria extrema e o analfabetismo – que pipocam praticamente de seu nariz ranhento. Pois coloquem essa em seus juízos equivocados: Ronaldo está pouco se lixando para o que bem ou mal falem dele ou bem ou mal deixem de falar.
                Outra cretinice vi no Facebook, outro dia. Um cristão (ou cristã, não lembro agora) afirmava de forma categórica que não lê o jornal “O Globo”, não assiste a nada que a Rede Globo transmite e muito menos acessa o portal globo.com. Segundo essa triste figura, as informações passadas pela principal emissora do país chegam até nós manipuladas. E mais: que o futebol e a novela (oi, oi, oi) não passam de farsas elaboradas para desviar o foco da patuleia para o entretenimento descartável, impedindo assim que reflita de forma crítica acerca dos reais problemas da nação.
                Posso concordar. Aceito a argumentação. Desde que, na outra ponta da comunicação, entenda-se que a única maneira de não aceitar a doutrinação imposta pelas grandes emissoras: usar o controle remoto para desligar a tevê. Em geral, o silêncio vale mais do que um milhão de bobagens.
                E depois da televisão desligada, ler um bom livro sempre será uma excelente alternativa. Muito melhor do que ficar se preocupando com as silhuetas ronaldísticas.
                Como diria minha santa mãezinha, mente vazia é a oficina do diabo.

    NEY FARIAS CARDOSO
    Revisor de O Estado

    segunda-feira, novembro 05, 2012

    Carta de Lennon a Eric Clapton vai a leilão em dezembro por US$ 30 mil

    05/11/201221h26

    Piya Sinha-Roy
    Los Angeles


    Uma carta do músico John Lennon ao colega Eric Clapton, escrita em 1971, será leiloada em dezembro nos Estados Unidos, e os organizadores esperam arrecadar até 30 mil dólares com ela.

    Na carta manuscrita, datada de 29 de setembro de 1971, Lennon manifesta respeito e admiração pelo guitarrista britânico e sugere que eles formem uma banda juntos.
    "Eric, sei que posso trazer algo realmente grande, na verdade maior para você do que tem sido evidente até agora na sua música. Espero que possamos trazer o mesmo tipo de grandeza em todos nós, o que eu sei que acontecerá se e quando ficarmos juntos", escreveu Lennon, que foi assassinado em 1980, aos 40 anos.
    O leilão da carta, junto com outros itens relativos a músicos famosos, foi marcado para 18 de dezembro, em Los Angeles, disse a casa de leilões Profiles in History. Os cerca de 300 itens à venda pertencem a um colecionador particular norte-americano.
    Clapton, como sabem os fãs, quase se tornou um Beatle. Ele tocou na Plastic Ono Band, formada por Lennon e sua mulher, Yoko Ono, em 1969, ano que antecedeu à separação dos Beatles.
    Ele também tocou na gravação de "While My Guitar Gently Weeps", do "Álbum Branco" dos Beatles. "Houve um momento em que George Harrison pensou em deixar a banda, e seu substituto seria Clapton, então essa carta é um elo do que poderia ter sido", disse o leiloeiro Joe Maddalena.
    REUTERS/Courtesy Profiles in History/Handout
    Carta de John Lennon para Eric Clapton, que vai a leilão em dezembro
    Carta de John Lennon para Eric Clapton, que vai a leilão em dezembro


    domingo, novembro 04, 2012

    Virgindade de meninas índias vale R$ 20 no Amazonas

    04/11/2012 - 06h20

    KÁTIA BRASIL
    ENVIADA ESPECIAL A SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA (AM)


    No município amazonense de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira do Brasil com a Colômbia, um homem branco compra a virgindade de uma menina indígena com aparelho de celular, R$ 20, peça de roupa de marca e até com uma caixa de bombons.
    A pedido das mães das vítimas, a Polícia Civil apura o caso há um ano. No entanto, como nenhum suspeito foi preso até agora, a Polícia Federal entrou na investigação no mês passado.
    Doze meninas já prestaram depoimento. Elas relataram aos policiais que foram exploradas sexualmente e indicaram nove homens como os autores do crime.
    Entre eles há empresários do comércio local, um ex-vereador, dois militares do Exército e um motorista.
    As vítimas são garotas das etnias tariana, uanana, tucano e baré que vivem na periferia de São Gabriel da Cachoeira, que tem 90% da população (cerca de 38 mil pessoas) formada por índios.
    Entre as meninas exploradas, há as que foram ameaçadas pelos suspeitos. Algumas foram obrigadas a se mudar para casas de familiares, na esperança de ficarem seguras.
    Folha conversou com cinco dessas meninas e, para cada uma delas, criou iniciais fictícias para dificultar a identificação na cidade.
    M., de 12 anos, conta que "vendeu" a virgindade para um ex-vereador. O acerto, afirma a menina, ocorreu por meio de uma prima dela, que também é adolescente. "Ele me levou para o quarto e tirou minha roupa. Foi a primeira vez, fiquei triste."
    A menina conta que o homem é casado e tem filhos. "Ele me deu R$ 20 e disse para eu não contar a ninguém."
    P., de 14 anos, afirma que esteve duas vezes com um comerciante. "Ele me obrigou. Depois me deu um celular."
    Já L., de 12 anos, diz que ela e outras meninas ganharam chocolates, dinheiro e roupas de marca em troca da virgindade. "Na primeira vez fui obrigada, ele me deu R$ 30 e uma caixa com chocolates."

    quinta-feira, novembro 01, 2012

    Jornal da Tarde (1966-2012): Réquiem para um jornal que nunca existiu


    Sandro Vaia
    O dr.Julinho (Julio de Mesquita Filho) dizia que o dinheiro não parava de entrar. O jornal fechava as portas, o dinheiro entrava por baixo das portas. Os classificados na época bombavam.
    O Estadão estava rico. O dr.Julinho tinha três filhos – Julio Neto, Ruy e Carlão – e um jornal só. Não dava para todos. Primogênito era só um, Júlio Neto, e a coroa da família real é dos primogênitos.
    Por isso, em 1965 ele resolveu investir um caminhão de dinheiro num jornal novo para acomodar o filho que não era primogênito, mas tinha sangue de jornalista. Ruy Mesquita ganhou seu jornal.
    Para Carlão, bastou uma rádio, com muita música clássica, transmissão de corrida de cavalos e locutores com voz elegante e dicção sofisticada. Pianos ao cair da tarde.
    Depois de uma campanha publicitária espetaculosa, que repetia imagens de um elefante trazendo a inscrição “às três da tarde” nas costas, o Jornal da Tarde foi lançado. Saía no mais improvável dos horários e no final da tarde sequer tinha sido distribuído pela cidade toda.
    Um ruidoso fracasso de distribuição. Foi preciso ir recuando o horário de fechamento aos poucos para que a cidade fosse percebendo a existência do jornal.
    Forças vivas
    O jornal era turbulento. A antítese de seu irmão mais velho, o modorrento, sisudo e pedregoso Estadão. O velho era chato, mas cada uma de suas pedras era um tijolo institucional. Um monumento, com a gravidade que costumam ter os monumentos.
    O Jornal da Tarde tinha uma redação de piradinhos. Era comandada por Mino Carta, o jornalista que se orgulhava de ter criado e dirigido uma revista sobre automóveis – a Quatro Rodas – sem jamais ter dirigido um, e Murilo Felisberto, um mineiro melífluo e ferozmente inteligente, que se divertia em dançar minuetos de bondades e maldades com aquela redação repleta de candidatos a gênios.
    Eram todos Hemingways em gestação, Godards ainda incompletos, Glaubers em preparação. Procurando bem, atrás daquelas velhas colunas e das velhas mesas de aço seria possível achar algum Proust escondido, que ganhava honestamente seu dinheiro falando mal do trânsito do coronel Fontenelle, mas preparava em segredo a obra prima que iria abalar a literatura mundial e nos dar o primeiro Nobel.
    Lá naquele tumulto você podia achar Rogério Sganzerla, Fernando Morais, Maurice Capovilla, Sábato Magaldi, Fernando Portella, Leo Gilson Ribeiro, Jota Jota de Moraes, Mauricio Kubrusly, Olney Kruse e seu aparato kitsch, Eric Nepomuceno, que ainda não tinha descoberto a América, Luiz Eduardo da Rocha Merlino, o foca inteligente de nariz empinado que a ditadura eliminaria depois de bárbaras torturas, Ewaldo Dantas Ferreira ensinando um pouco da vida aos focas. Um viveiro fantástico dos mais curiosos e vivazes exemplares da espécie humana.
    Onde mais seria possível ler uma cobertura de um Palmeiras x Corinthians assinada pelo crítico de teatro Sábato Magaldi e ilustrada por Clóvis Graciano?
    Onde mais seria possível ler um texto de Cláudio Bojunga procurando a torcida corinthiana desaparecida na cidade no dia em que ganhou um título depois de 24 anos?
    Eu mesmo, um foca metido, fui enviado a Itapetininga, no interior de São Paulo, para fazer uma reportagem sobre o aniversário da cidade. O jornal não se prestava muito à cobertura dessas tediosas efemérides, mas como era preciso puxar o saco de um representante comercial do Estadão na região, lá fui eu desperdiçar uma preciosa tarde de sábado.
    Escrevi nada mais do que a verdade que me contaram – a cidade foi fundada por uma mula que empacou num determinado lugar. As pessoas não conseguiram tirar a mula do lugar e acabaram instalando-se em volta dela.
    Nos dias seguintes, a ira de Deus, da prefeitura, da Câmara, do Lions, do Rotary e das chamadas forças vivas de Itapetininga desabou sobre a minha cabeça.
    Vieram delegações da cidade pedindo expressamente o meu escalpo para ser exposto na praça pública de Itapetininga, mas Mino Carta resistiu bravamente à selvagem investida e poupou minha vida e meu emprego.
    Agonia lenta
    O Jornal da Tarde e suas histórias merecem uns cem livros e pelo menos um ou dois deverá ser escrito.
    Alguém haverá de lembrar o inusitado de uma sucursal carioca rigorosamente dividida entre lacerdistas e comunistas repartindo a hegemonia do noticiário. Uma redação que era uma Guerra Civil Espanhola instalada na rua da Quitanda.
    Será preciso lembrar das aventuras e dos textos new journalism de Marcos Faerman, o gaúcho revolucionário que trocaria de bom grado sua república socialista por uma faixa de campeão do Grêmio de Porto Alegre.
    Irá lembrar também das coberturas históricas como a do primeiro transplante de coração do Brasil, ou da tragédia de Caraguatatuba, ou da capa do menino chorando depois do desastre de Sarriá, sem falar da famosa capa preta de luto no dia da rejeição da emenda das diretas.
    Alguém irá perguntar como é que um jornal revolucionário como esse, que marcou época na imprensa brasileira, foi para o espaço.
    Não há muita ciência na resposta: foi para o espaço porque na verdade o jornal que foi tanta coisa nunca foi nada dentro da empresa que o gerou. Era apenas expressão de um conflito familiar entre aqueles que o criaram e geriram e aqueles que sempre o trataram como o mais incômodo dos trastes.
    Entre os Mesquita que o criaram e aqueles que ajudaram a matá-lo aos poucos, impondo-lhe uma lenta agonia, existe a maldição das empresas familiares onde todos os parentes se amam e se odeiam até a morte.

    Artigo originalmente publicado no Observatório da Imprensa em 31/10/2012.

    Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br