quinta-feira, janeiro 31, 2013

Razia se torna o 1º nordestino na F1 e fará dupla com ex-rival da categoria de acesso

31/01/2013 - 13h59
Do UOL, em São Paulo
Luiz Razia já foi piloto de testes da Virgin, hoje Marussia, sua nova equipe
Luiz Razia já foi piloto de testes da Virgin, hoje Marussia, sua nova equipe


O contrato foi assinado no começo desta semana, e a intenção era guardar segredo até o lançamento do carro no início dos testes coletivos. Mas, durante o programa Redação Sportv, a informação vazou: Luiz Razia é piloto da Marussia. O baiano será o primeiro nordestino da história a competir com um carro de Fórmula 1.
Sul, Sudeste e Norte já tiveram seus representantes na Fórmula 1: ao todo, foram 29. Nascido na cidade baiana de Barreiras, no extremo-oeste do estado, Razia será o 30º brasileiro e levará mais uma região do país à principal categoria do automobilismo mundial.
Sua trajetória começou no kart, em 2004. Depois, passou pela Fórmula 3 Sul-Americana, onde foi campeão em 2006, e Fórmula Renault. Passou por um período competindo em categorias menores na Europa, até ser anunciado como piloto de testes de uma equipe de Fórmula 1, em 2009.
E foi justamente na Virgin, que mais tarde se tornaria Marussia. Razia passou a temporada de 2010 como terceiro piloto da recém-criada escuderia. Mal sabia ele que, três anos mais tarde, seria anunciado como piloto titular da equipe.
Em 2011, Razia foi piloto de testes da equipe Lotus, hoje Caterham. E o seu grande momento veio no ano passado, com o vice-campeonato da GP2, principal categoria de acesso à Fórmula 1. Ele venceu quatro provas e foi um dos destaques do campeonato.
Depois de fazer seu nome na GP2, Razia então passou a caçar vaga na Fórmula 1 para 2013. Testou com Toro Rosso e Force India, negociou também com a Caterham. Mas a situação só clareou depois da saída do alemão Timo Glock da Marussia.

DUELO DE NOVATOS NA MARUSSIA

MAX CHILTON
DESEMPENHO NA GP2
LUIZ RAZIA
62
Corridas
80
2
Vitórias
5
2
Poles
1
4
Pódios
15
0
Voltas mais rápidas
5
Com o pedido de demissão de Glock, demorou apenas uma semana para que Razia finalmente chegasse ao seu maior objetivo: correr na Fórmula 1. A equipe ele já conhece, por ter trabalhado com a antiga Virgin em 2010. O companheiro, também.
Razia dividirá a garagem com o inglês Max Chilton, que foi um de seus principais rivais na temporada de 2012 da GP2 e terminou na quarta colocação do campeonato. Chilton venceu duas corridas na categoria de acesso, e já estava na Marussia antes de o brasileiro chegar.
Chilton chegou à equipe inglesa na metade do ano passado, e atuou como piloto de testes, participando inclusive dos treinos livres para o GP de Abu Dhabi. Mas, assim como o brasileiro, ele nunca disputou uma prova oficial.
Será uma dupla de novatos em uma equipe novata, que tem tudo para ser a última força da Fórmula 1 em 2013, devido à saída da HRT. O que não deixa de ser uma oportunidade de ouro para Razia, que se juntará a Felipe Massa entre os cada vez mais escassos representantes brasileiros na categoria, além de fazer história como o primeiro nordestino. Os detalhes do contrato, como duração do compromisso, ainda não foram divulgados. O anúncio oficial da equipe deve sair nos próximos dias. 

domingo, janeiro 27, 2013

Messi supera C. Ronaldo, faz 4 na goleada do Barcelona e quebra novos recordes no Espanhol

27/01/2013 - 17h52
Do UOL, em São Paulo
Messi comemora gol sobre o Osasuna durante partida válida pelo Espanhol

Messi comemora gol sobre o Osasuna durante partida válida pelo Espanhol

No dia em que Cristiano Ronaldo fez um hat-trick pelo Real Madrid contra o Getafe, Lionel Messi atingiu um feito ainda mais emblemático no Campeonato Espanhol. Com uma atuação de gala, ele marcou quatro gols na goleada do Barcelona por 5 a 1 sobre o Osasuna e quebrou novos recordes no torneio.
Messi atingiu a marca de 202 gols em edições do torneio nacional. O atacante é o jogador mais jovem e com menor número de jogos (235) a conseguir a façanha que apenas outros sete atletas foram capazes. Neste domingo, o craque ainda se tornou o primeiro atleta da história a balançar as redes em onze jogos seguidos pelo Espanhol.
Com o resultado, o Barcelona segue disparado na liderança do campeonato com 58 pontos. O vice-líder Atlético de Madri tem 47, seguido pelo Real Madrid com 43 pontos.
Logo aos 10 minutos, Messi abriu o placar após receber belo passe de Xavi. O Osasuna até tentou uma reação e empatou o jogo quando Loe pegou bem uma bola da entrada da área. Mas pouco depois o time ficou em situação complicada novamente.
Arribas colocou a mão na bola dentro da área e foi expulso aos 26 minutos do primeiro tempo. Na cobrança do pênalti, Messi ampliou o marcador. Para fechar a conta do primeiro tempo, Pedro recebeu bom passe de Daniel Alves e só teve o trabalho de empurrar para as redes.
No segundo tempo, os torcedores viram mais um show do melhor do mundo. Aos 10 minutos, Messi tocou para Villa. O atacante avançou e devolveu a bola para o argentino que ainda driblou o goleiro Fernández e tocou para o fundo do gol.
Dois minutos depois, Messi fez mais um tento. Adriano tabelou com Villa no lado esquerdo e tocou para o craque. Dentro da área, ele mandou uma bomba no ângulo esquerdo de Fernández e selou o placar elástico.

sábado, janeiro 26, 2013

Autora de "Harry Potter" exagera no drama em seu primeiro livro adulto

http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2013/01/26/autora-de-harry-potter-exagera-no-drama-em-seu-primeiro-livro-adulto.htm


Natalia Engler
Do UOL, em São Paulo

26/01/201307h00

Em seu livro de estreia para o público adulto, a inglesa J.K. Rowling, autora da série "Harry Potter", arrisca-se a abordar temas mais difíceis, mas não perde os adolescentes de vistas. São eles que movem a trama de "Morte Súbita", romance lançado no Brasil pela editora Nova Fronteira.
O primeiro trabalho de Rowling depois de encerrar a série que lhe rendeu fama e fortuna concentra-se nos acontecimentos impulsionados pela morte de um conselheiro de uma pequena vila no interior da Inglaterra.
O tal conselheiro sofre uma morte natural, mas isto repercute na vida de diversos personagens --da garota pobre que ele incentivava a participar da equipe de remo da escola ao presidente do conselho da cidadezinha, que se alegra com o desaparecimento de seu oponente na luta por passar um bairro de periferia à jurisdição de outro munícipio.
É principalmente em torno desta disputa que a narrativa se estrutura, opondo os defensores da separação do bairro pobre de Fields do distrito de Pagford aos que lutam para que a região continue desfrutando dos benefícios que a cidadezinha oferece.
Apesar de o livro não eleger um protagonista, são três adolescentes os responsáveis pelos desdobramentos mais dramáticos da trama, que acabam afetando de alguma forma todos os personagens.
Por motivos diferentes, mas sempre como uma vingança contra os pais, os garotos Andrew e Bola e a menina Sukhvinder invadem o site do conselho distrital e, usando o nome do conselheiro morto, deixam mensagens que mancham as reputações de seus genitores, envolvidos na eleição para a vaga deixada pelo morto. Seus atos têm consequências maiores do que os jovens esperavam e acabam colocando de cabeça para baixo o mundo dos adultos.
Rowling, que construiu sua popularidade com a história de um garoto órfão, também não poupa os personagens de "Morte Súbita" de histórias trágicas, desta vez, sem a mágica como solução. As 500 páginas do livro trazem um desfile de temas sociais, desde a degradação de uma família por conta do vício da mãe em heroína até uma cena de abuso sexual apresentada quase como algo corriqueiro naquele ambiente, passando pelo transtorno obsessivo compulsivo do vice-diretor da escola local, que em seus delírios teme ser um pedófilo.
Não faltam também a garota vítima de bullying, que se autoflagela para substituir a dor emocional pela dor física; um pai violento, que bate na mulher e nos filhos; e até algumas mortes estúpidas de personagens inocentes, que vão permitir uma espécie de redenção para outros, mas que deixam o leitor com uma sensação amarga de inutilidade.
Outro ponto que chama a atenção é o interesse da autora em introduzir a temática sexual sempre que possível. A impressão é de que Rowling coloca aqui todo o conteúdo que jamais poderia ter usado nos livros da série "Harry Potter", onde a sexualidade é algo quase ausente.
Em "Morte Súbita", por sua vez, a escritora não se acanha em apresentar desde cenas de sexo entre adolescentes até as fantasias dos adultos, algumas vezes direcionadas a personagens bem mais jovens --como no caso de uma mãe suburbana que começa a ter fantasias com o líder da banda preferida da filha.
Ainda assim, o novo livro de Rowling se aproxima de sua criação mais famosa especialmente na criação dos personagens, sempre descritos de forma detalhada mas cômica, que quase os transformam em caricaturas, algo bastante comum na série "Harry Potter" (veja no quadro ao lado).
O formato parece estar agradando: desde seu lançamento, em 5 de dezembro, "Morte Súbita" já vendeu mais de 250 mil exemplares, de acordo com a editora Nova Fronteira, um ritmo de cerca de 5 mil cópias por dia.
MORTE SÚBITA
Autora:
 J.K. Rowling
Editora: Nova Fronteira
Tradutora: Maria Helena Rouanet
Páginas: 512
Preço: R$ 49,90
 

sexta-feira, janeiro 25, 2013

Agassi exalta Novak Djokovic e diz que só ganharia do sérvio se brigasse nos vestiários

25/01/2013 - 21h04
Do UOL, em São Paulo
http://esporte.uol.com.br/tenis/ultimas-noticias/2013/01/25/agassi-exalta-novak-djokovic-e-diz-que-so-ganharia-do-servio-se-brigasse-nos-vestiarios.htm

Tetracampeão do Aberto da Austrália (1995, 2000, 2001 e 2005), o ex-tenista Andre Agassi visitou nesta sexta-feira o complexo onde vem sendo realizado o torneio e aproveitou para exaltar o sérvio Novak Djokovic, finalista em 2013. Segundo o norte-americano, ele só venceria um hipotético jogo contra "Djoko" se o agredisse antes em uma briga nos vestiários.
"Provavelmente, eu teria partido para a briga com ele antes da partida. Talvez assim eu tivesse alguma chance de ganhar", disse Agassi, esbanjando modéstia. O sérvio é o atual bicampeão em Melbourne e busca seu quarto título.
Na final da edição 2013 do Aberto da Austrália, Novak Djokovic vai encarar o escocês Andy Murray, que passou pelo suíço Roger Federer nas semifinais. Para Agassi, o nível atual do tênis está melhor do que em seus dias de atleta.
"Está sendo fantástico ver (o tênis) de fora e notar que o nível dos jogadores está ficando cada vez melhor. Fico impressionado e penso: 'Como é possível que os atletas melhorem desse jeito?' É um outro padrão, maior que nos meus tempos", afirmou.
A final do Aberto da Austrália, entre Djokovic e Murray, acontece às 6h30 (horário de Brasília) do próximo domingo.

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Pediatras fazem campanha para abolir andadores de bebê

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1217901-associacao-de-pediatras-faz-campanha-contra-andador-para-bebes.shtml

21/01/2013 - 04h30

JAIRO MARQUES
DE SÃO PAULO


A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), que congrega 16 mil profissionais de todo o país, iniciou neste mês campanha nacional para abolir os andadores de bebês.
Mãe diz que andador deixa bebê mais esperto
Após acidente, Passo Fundo proíbe andador em creche
A entidade afirma que o equipamento é inútil para o desenvolvimento da marcha de bebês e que seu uso pode causar acidentes sérios como traumas no crânio chegando até a levar a morte.
Os médicos dizem que o andador dá uma mobilidade inadequada para a etapa de vida dos bebês e que, com seu uso, eles podem se aproximar de fogões, piscinas e produtos tóxicos.
O aparelho pode também deixar de estimular certos músculos, o que vai atrasar os primeiros passos, segundos os médicos.
Há 15 dias, em Jequié (BA), um bebê de nove meses caiu com um andador de uma escada com cerca de dez degraus. Ele morreu antes mesmo de chegar ao hospital devido a uma fratura cervical.
"O intuito é acabar com a recomendação do uso do andador. Acabar com a fabricação, só o Canadá conseguiu. O médico é uma autoridade de saúde dentro da família e pode conscientizar sobre esse utensílio que não tem vantagem nenhuma e leva risco para dentro de casa", disse o pediatra Danilo Blank, do Departamento Científico da SBP

Adriano Vizoni/Folhapress
Juliana e seu filho Matheus, de 11 meses, com o andador


Juliana e seu filho Matheus, de 11 meses, com o andador



Os dados que norteiam as ações da SBP são da Academia Americana de Pediatria que apontam dez atendimentos nos serviços de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade, provocados por acidentes com andador, todos os anos. Em um terço dos casos, as lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas.
Em grandes redes de varejo do país e em lojas de brinquedos é possível encontrar o equipamento à venda.
A Abrapur (Associação Brasileira de Produtos Infantis) diz que tentar proibir andadores é um "retrocesso" e defende a criação de uma regulamentação para a venda.
Nesta semana, a diretoria da SBP se reúne com o Inmetro para discutir a questão.
"Andadores são usados na melhor das intenções em quem ainda não está com seu desenvolvimento neuropsicomotor habilitado para andar. Quando a criança estiver pronta, vai fazê-lo naturalmente", declarou Eduardo da Silva Vaz, presidente da SBP.
No site www.conversandocomopediatra.com.br, da SBP, pais podem tirar suas dúvidas sobre andadores.
Editoria de arte/Folhapress


domingo, janeiro 20, 2013

Censura impediu morte de herói de "Fogo Sobre Terra" para que ele não virasse mártir anti-Itaipu

James Cimino
Do UOL, em São Paulo

http://televisao.uol.com.br/noticias/redacao/2013/01/20/censura-impediu-morte-de-heroi-de-fogo-sobre-terra-para-que-ele-nao-virasse-martir.htm


Dentre as novelas de Janete Clair, "Fogo sobre Terra" (1974) foi uma das mais censuradas. Liberada apenas um ano depois de escrita, o folhetim sobre a construção de uma hidrelétrica ia contra os recentes investimentos da ditadura nesse tipo de matriz energética. Itaipu começaria a ser construída em janeiro de 1975 e causaria desapropriações além de desastres ambientais como a destruição do Parque Estadual de Sete Quedas, no noroeste do Paraná.  
Os censores achavam que a trama se tornaria uma "conclamação à revolta", especialmente por conta de seu protagonista, Pedro Azulão (Juca de Oliveira), um líder comunitário que queria evitar que a cidade fictícia de Divineia fosse inundada. A autora havia previsto para o último capítulo a cena da inundação em que o protagonista se deixaria morrer afogado pelas águas da barragem, mas a censura impediu com medo que ele virasse mártir.
"Em ‘Fogo sobre Terra’, a censura queria que a Janete não fizesse a inundação, pois consideravam a cena um estímulo à população para protestar contra a construção de novas represas. Mas não queriam registrar isso, pedindo que a alteração parecesse uma ideia da autora. Como não quiseram assumir a orientação, prosseguimos com a sinopse original", contou o ex-superintendente de produção e programação da Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
Pedro Azulão, portanto, acabou não morrendo. Nem a ideia inicial de Janete, que decidiu aplicar o mote à personagem Nara (Neuza Amaral), que se recusa a abandonar a cidade e é tragada pelas águas em sequência que, segundo os produtores, foi emocionante.

sábado, janeiro 12, 2013

“O Canto da Sereia” se sobressai ao não tratar o espectador como idiota

http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/2013/01/12/o-canto-da-sereia-se-sobressai-ao-nao-tratar-o-espectador-como-idiota/




Os elogios a “O Canto da Sereia” são mais do que merecidos, mas tenho a impressão de que, para além das suas qualidades, a série agradou muito também porque oferece um contraste gritante com a média da programação da TV aberta.
O bom resultado do programa sinaliza que vale a pena dedicar tempo, esforço e recursos para fugir do lugar-comum e do óbvio. Várias opções e escolhas da equipe envolvida no projeto, sob direção José Luiz Villamarim, mostram respeito ao espectador — tratado como um adulto, como alguém capaz de pensar, não como um idiota.
Em quatro capítulos, a série desenvolveu uma história policial atraente, ambientada numa Salvador contemporânea, com personagens de ficção levemente calcados em figuras conhecidas do mundo real.
Chamou a atenção, por exemplo, a forma como a cidade foi apresentada, bem diferente da imagem folclórica ou turística, popularizada pela televisão.
Realista, mas não óbvia, a construção dos personagens deixou espaço para quem assistia refletir sobre eventuais paralelos existentes entre Sereia (Isis Valverde) e conhecidas cantoras de axé, ou entre o marqueteiro Tuta Tavares (Marcelo Medici) e alguns famosos publicitários baianos ou, ainda, entre o Doutor Jotabê (Marcos Caruso), governador do Estado, e notórios políticos locais.
Cartão de visitas da série, o primeiro capítulo foi, de longe, o mais impactante do ponto de vista visual. Com a câmera no ombro, Walter Carvalho conseguiu levar o espectador a vivenciar uma tumultuada tarde de carnaval nas ruas de Salvador.
Sem medo de confundir o público, o roteiro de George Moura e Patricia Andrade apresentou a história de forma não linear, em tempos diferentes, distribuindo indícios e pistas falsas sobre variados personagens que poderiam, de algum modo, ter cometido o crime contra a protagonista Sereia.
Também achei corajosa a opção por Isis Valverde, uma boa atriz, mas sem especial potência vocal, para viver a cantora de axé. Camila Morgado, no papel da empresária, babá e namorada da cantora, saiu-se muito bem. E João Miguel como Só Love, o fã dedicado, foi o maior achado.
Marcos Palmeira foi muito convincente como o segurança/detetive Augustão, mas a lembrança de Mandrake, o personagem que viveu na série policial da HBO,  recomendaria não escalá-lo para um papel tão semelhante.
Não vi exageros ou apelação nas cenas de sexo exibidas – todas dentro do contexto da história e do horário exibido. Só soou estranho o tratamento diferenciado dado ao namoro de Sereia e Mara e aos demais encontros amorosos exibidos.
O público não teve o direito de ver um beijo que fosse entre as duas personagens principais, apresentadas como namoradas, mas assistiu a cenas tórridas delas separadamente, beijando e transando com homens.
Outro problema da série diz respeito à falta de densidade da história em si. Baseada no romance de Nelson Motta, os personagens da trama aparecem de forma muito leve, quase rasa, praticamente sem passado.  Villamarim já disse que as séries americanas têm dado exemplo de ousadia e qualidade. Ele deve saber que mesmo as histórias policiais não descuidam desta questão.

quinta-feira, janeiro 10, 2013

Sem Messi, Barça vence com golaço de Villa e atuação de gala de Thiago

10/01/2013 20h23 - Atualizado em 10/01/2013 21h09


Argentino fica no banco de reservas e assiste à vitória do time culé por 5 a 0. Filho do tetracampeão Mazinho tem boa atuação, com gol e assistências


http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-espanhol/noticia/2013/01/sem-messi-barca-vence-com-golaco-de-villa-e-atuacao-de-gala-de-thiago.html

Por GLOBOESPORTE.COMBarcelona, Espanha
Com dois gols de David Villa, um deles uma pintura, o Barcelona não tomou conhecimento do Córdoba e venceu o rival por 5 a 0, diante de seus torcedores, no Camp Nou. Sem o técnico Tito Vilanova, que viajou para os Estados Unidos para ter uma segunda opinião médica após a cirurgia para a retirada de um tumor na glândula parótida, os catalães entraram em campo com um time praticamente de reservas, com oito atletas que habitualmente não estão no 11 inicial. Alexis Sánchez (2) e Thiago Alcântara, que foi o maestro da equipe no confronto, também balançaram a rede.
E nem precisava de tanto. No jogo de ida, o Barcelona já havia vencido por 2 a 0, com dois gols de Messi. Nesta quinta-feira, o argentino até ficou no banco de reservas, mas não foi utilizado pelo técnico Jordi Roura, substituto de Vilanova. Com o resultado, a equipe culé avançou para as quartas de final. Na próxima fase, o time vai encarar o Málaga. O primeiro confronto será no dia 16 de janeiro. O segundo está marcado para o dia 23.
Thiago Alcantara, Barcelona e Cordoba (Foto: Agência EFE)Thiago Alcântara comemora o primeiro gol da vitória do Barcelona (Foto: Agência EFE)











O Barcelona demorou apenas 16 minutos para abrir o marcador. E tudo sob o olhar atento do craque argentino, que conquistou no início da semana a sua quarta Bola de Ouro da Fifa. Thiago Alcântara aproveitou bobeada da zaga, retomou a bola e tocou na saída do goleiro Saizar. Cinco minutos depois, aos 21, um golaço. David Villa recebeu na área, deu um belo drible na linha de fundo, percebeu a saída do arqueiro e tocou por cima, à la Messi.
David Villa comemora gol do Barcelona contra o Cordoba, AP (Foto: Agência AP)David Villa comemora pelo Barça (Foto:Agência AP)
O Barcelona continou imprimindo um ritmo forte para "matar" logo a partida. E aos 25 foi premiado com o terceiro gol. Thiago Alcântara fez uma bela invertida de bola para Sergi Roberto. O espanhol rolou para David Villa, que soltou a bomba de primeira para vencer o goleiro Saizar. O time culé continuou jogando bem, mas desperdiçou inúmeras chances de gol. Daniel Alves, Fàbregas, Alex Sánchez... Todos tiveram a oportunidade de fazer o quarto, mas erraram o alvo.
Na volta para o segundo tempo, Jordi Roura decidiu poupar Puyol e Fàbregas. O comandante apostou nas entradas de Bartra e Tello. Aos cinco minutos, o treinador foi obrigado a fazer a última alteração por lesão. Sergi Roberto sentiu um problema muscular e foi substituído por Jonathan dos Santos.

Desse modo, Messi teve que esquentar mesmo o banco de reservas até o fim. A última vez que o argentino ficou como suplente sem ser aproveitado durante os 90 minutos foi no dia 15 de maio de 2011, contra o La Coruña, pelo Campeonato Espanhol.

Chileno amplia
O Barcelona chegou ao quarto gol aos nove minutos do segundo tempo. E finalmente com Alexis Sánchez. O chileno aproveitou cobrança de escanteio de Thiago Alcântara, subiu mais do que os marcadores e testou de cabeça. Aos 35, o time culé ficou com um a menos. David Villa sentiu a parte posterior da coxa e deixou o gramado. Como Roura já havia feito as três substituições, a equipe foi obrigada a finalizar a partida com dez em campo.
Messi, Barcelona e Cordoba (Foto: Agência EFE)Messi ficou na reserva e não teve oportunidade de ser utilizado nesta quinta-feira (Foto: Agência EFE)
Antes do quinto gol do Barça, dois lances distintos no Camp Nou. No primeiro, aos 37, Thiago Alcântara quase marcou um golaço. O meia bateu colocado da entrada da área e por pouco não balançou a rede do Córdoba.  No minuto seguinte, Sánchez recebeu na área, passou por um marcador, driblou o goleiro e tropeçou no momento da finalização. A jogada arrancou gargalhadas dos torcedores.
No lance seguinte, o chileno não desperdiçou. Aos 39, Tello cruzou da esquerda e Sánchez chegou escorando para marcar mais um e finalizar o passeio na Catalunha.

terça-feira, janeiro 08, 2013

Prece para um ano novo

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/carlosheitorcony/1211220-prece-para-um-ano-novo.shtml

08/01/2013 - 03h30


RIO DE JANEIRO - Depois do bife com batatas fritas, das pernas da Claudia Raia e da introdução de "No Tabuleiro da Baiana", do Ary Barroso, a maior criação de Deus foi o Diabo, o próprio, também conhecido como Demônio ou Satanás. E, segundo Guimarães Rosa, o Arrenegado, o Cão, o Sujo, o Cramulhão, o Indivíduo, o Galhardo, o Pé-de-Pato, o Tisnado, o Coxo, o Coisa-Ruim, o Marrafo, o Não-Sei-Que-Diga, o Rapaz, o Sem-Gracejos (apud "Grande Sertão: Veredas").
Tirando-se o citado Sem-Gracejos da história, nem haveria história, o mundo seria uma chatice, todo mundo tocando cítara e sem direito de votar, como nos tempos da ditadura, e sem poder ir para o diabo que o carregue.
Pensando assim, desde que li as obras completas de Tomás de Aquino, não me arrependo de ter, aos nove anos de idade, vendido minha alma ao Diabo a troco de um canivete de duas lâminas de um tal Sacadura, terror das ruas de Lins de Vasconcelos, onde nasci e vivi até que desconfiei que a barra ficara pesada para os meus lados. O que me obrigou a buscar refúgio num seminário, onde tentei desfazer o pacto diabólico -uma redundância, por sinal, porque, sem pacto ou com pacto, o Diabo já tinha o domínio do fato ("data venia" aos nossos ilustres ministros do Supremo Tribunal Federal).
Muita gente acredita que a maior obra de Deus foi a luz, o "fiat lux", que terminou virando uma caixa de fósforos. Em tempo de tantos apagões, que dona Dilma não cansa
de explicá-los, até que seria uma boa se tivéssemos uma nova edição, revista e aumentada, da criação do homem. Mesmo sem homem, mas com o Diabo, que, entre seus feitos satânicos, me deixou literalmente na mão, sem o canivete de duas lâminas do Sacadura. Com o qual eu poderia fazer justiça, livrando-me de todo o mal, amém.
Carlos Heitor Cony
Carlos Heitor Cony é membro da Academia Brasileira de Letras desde 2000. Sua carreira no jornalismo começou em 1952 no "Jornal do Brasil". É autor de 15 romances e diversas adaptações de clássicos.

    segunda-feira, janeiro 07, 2013

    Obras clássicas ganham espaço em mercado de contemporâneos caros demais

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1210831-obras-classicas-ganham-espaco-em-mercado-de-contemporaneos-caros-demais.shtml


    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO


    Em novembro do ano passado, uma tela do século 17, obra do belga Anton van Dyck, foi arrematada num leilão em São Paulo por R$ 2,4 milhões. Senhores ali presentes disputaram lance a lance com compradores que telefonavam na hora --em minutos, a peça estava vendida.
    Dias antes, em Nova York, a Sotheby's vendeu um quadro de Beatriz Milhazes por R$ 4,3 milhões, o maior valor já pago pela obra de um brasileiro em leilão, quase o dobro do Van Dyck, um dos mestres do barroco flamengo.
    Num momento em que obras de artistas contemporâneos atingem preços maiores que os de trabalhos dos grandes mestres, colecionadores têm se voltado para peças mais antigas --um investimento que consideram menos arriscado diante de valores em alta desenfreada.

    "Um nome quente hoje na arte contemporânea pode não ser um nome tão quente amanhã", analisa Christopher Apostle, chefe do departamento de velhos mestres da Sotheby's. "Mas sempre haverá interesse por Van Dyck, Ticiano, Rembrandt. Eles têm 300, 400 anos de história."
    De olho nessa bagagem, feiras como a Frieze, em Londres, que se consolidou como plataforma de vendas de arte contemporânea, abriu no ano passado um evento paralelo dedicado a arte antiga.
    Enquanto isso, a Tefaf, a mais tradicional feira de antiguidades do mundo, que acontece em março em Maastricht, na Holanda, está buscando novos colecionadores em mercados como São Paulo e traçando estratégias para modernizar seus estandes.
    "Há uma leva de colecionadores que sintonizaram suas antenas com a arte antiga", diz Ben Janssens, diretor da Tefaf. "Vejo uma mudança de hábitos, pessoas agora estão inclinadas a comprar peças de todos os períodos."
    MODA E BOBAGEM
    "Hoje todo mundo compra Beatriz Milhazes e Vik Muniz. E, às vezes, você compra porque todo mundo compra", diz o colecionador paulistano Luís Alberto Altílio. "Gosto de uma arte que se expressa num suporte qualificado e que não seja uma bobagem."
    Na opinião de Ricardo von Brusky, que vendeu o Van Dyck em sua casa de leilões, existe agora uma espécie de "resgate da arte antiga".
    "Quando você não tem cultura, um marchand malandro emplaca o que está na moda", diz Von Brusky. "Gente com berço, bagagem e cultura está voltando a comprar arte antiga e moderna porque são obras consagradas."
    Mas, com ou sem berço, colecionadores estão de olho nos preços. "Ao contrário do que muitos pensam, arte antiga e clássica custa menos do que obras contemporâneas", diz Janssens, diretor da Tefaf. "O que se supõe custar milhões não custa milhões, e é isso que está se tornando evidente no mercado agora."
    De fato, peças de mestres consagrados do passado têm atingido em leilões valores iguais ou até menores do que trabalhos de artistas vivos.
    Na última temporada de vendas em Nova York, uma obra de Di Cavalcanti atingiu preço pouco maior do que uma fotografia de Vik Muniz. Um Van Gogh arrematado há um ano saiu por menos do que uma tela dos anos 1990 do alemão Gerhard Richter.
    "Mesmo que sejam mercados diferentes, valores de arte antiga são uma pechincha perto dos preços dos contemporâneos", afirma Apostle, da Sotheby's. "É como caviar e ovos de galinha --os dois são ovos, mas não custam o mesmo por uma questão simples de oferta e demanda."

    sexta-feira, janeiro 04, 2013

    Apesar de melhora, Dominguinhos ainda não acordou da sedação

    http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2013/01/04/apesar-de-melhora-dominguinhos-ainda-nao-acordou-apos-retirada-da-sedacao.htm

    Do UOL, em São Paulo


    Internado desde o último dia 17 de dezembro com infecção respiratória e arritmia cardíaca, o cantor Dominguinhos, que apresentou melhora no quadro respiratório na última quinta-feira (3) e teve a sedação retirada, ainda não acordou.
    De acordo informações do Hospital Santa Joana de Recife nesta sexta, o músico está sonolento, ainda não estabelece contato visual. No entanto, os médicos esperam que ele acorde a qualquer momento.

    O boletim médico também diz que a infecção respiratória vem respondendo ao tratamento e que o sanfoneiro permanece usando um marca-passo temporário e tomando remédios para controlar os batimentos cardíacos.
    Diagnosticado com câncer de pulmão há cinco anos, Dominguinhos sofreu um princípio de infarto no início de 2011, quando foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.  Ele foi foi submetido a um cateterismo e a uma angioplastia. Por conta de seu estado de saúde, cancelou dois shows no final de 2011.
    Também no ano passado, o músico foi tema do documentário "Dominguinhos Volta e Meia" sobre sua vida e obra. O filme foi idealizado pela cantora e compositora Mariana Aydar, pelo multiinstrumentista e produtor musical Duani Martins, e pelo pianista Eduardo Nazarian.
    Carreira
    Nascido em Garanhuns, Pernambuco, Dominguinhos conheceu Luiz Gonzaga na infância e, ganhou dele, sua primeira sanfona, aos 13 anos, tornando-se herdeiro artístico do rei do baião. Entre suas músicas mais conhecidas estão "De Volta para o Aconchego", "Isto Aqui Tá Bom Demais" e "Eu Só Quero Um Xodó". Esta última, de 1973, já foi regravada mais de 250 vezes, inclusive em inglês, holandês e italiano.

    quinta-feira, janeiro 03, 2013

    MPF pede adiamento do Sisu para alunos recorrerem da nota do Enem

    http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/01/03/mpf-pede-adiamento-do-sisu-para-alunos-recorrerem-da-nota-do-enem.htm

    Do UOL, em São Paulo

    As Procuradorias da República no Ceará e em Alagoas entraram com ações na Justiça para adiar as inscrições do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) – que seleciona candidatos para vagas nas principais universidades federais por meio da nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) – previstas para terem início na próxima segunda-feira (7).

    Os procuradores pedem que o MEC (Ministério da Educação) e o Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) permitam que os estudantes tenham acesso à prova de redação do Enem e possam recorrer – judicialmente, no caso ação de Alagoas – da nota atribuída caso sintam-se prejudicados. 
    As ações com pedido de liminar foram protocoladas um dia após estudantes insatisfeitos com as notas, divulgadas pelo MEC na semana passada, realizarem protestos em 13 cidades pedindo acesso à redação. O Ministério pretende liberar a vista dos textos apenas no dia 6 de fevereiro com caráter pedagógico, ou seja, sem possibilidade de recurso.
    O autor da ação civil pública no Ceará é o procurador Oscar Costa Filho, que nos dois anos anteriores já moveu diversas ações contra a organização do Enem. Segundo o procurador, o Inep tem o dever jurídico de receber, processar e responder motivadamente às reclamações dos que se sentirem prejudicados, no caso de as notas não corresponderem aos critérios de correção.
    "O material que institui a peça vestibular contém CD-R com cerca de oito mil assinaturas de candidatos inconformados com o fato de as notas atribuídas não obedecerem aos critérios de correção", diz o procurador na ação, em referência a uma petição online criada pelo grupo de estudantes, que também tem uma página no Facebook com mais de 31 mil membros.

    quarta-feira, janeiro 02, 2013

    Com US$ 10 bi a menos, Eike é bilionário que mais perdeu dinheiro em 2012

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1209080-com-us-10-bi-a-menos-eike-e-bilionario-que-mais-perdeu-dinheiro-em-2012.shtml

    02/01/2013 - 15h12


    DE SÃO PAULO


    O empresário Eike Batista foi o bilionário que mais perdeu dinheiro em 2012, ao ver sua fortuna diminuir US$ 10,1 bilhões no ano passado, segundo ranking da agência de notícias Bloomberg.
    O brasileiro ocupa agora o 75º lugar do ranking, com um patrimônio líquido de US$ 12,4 bilhões, após chegar a ter US$ 34,5 bilhões e a ocupar a 8ª colocação no ranking em 27 de março.
    Há um ano, Eike tinha prometido se tornar o homem mais rico do mundo em 2015 --posto que continua a ser ocupado pelo mexicano Carlos Slim, empresário das telecomunicações que detém a mexicana America Movil e a brasileira Claro, entre outras empresas.
    Ao contrário de Eike, a fortuna do mexicano cresceu 21,6% --US$ 13,4 billhões-- no ano passado, a segunda maior alta em dólares. O espanhol Amancio Ortega, fundador Inditex, que controla a Zara, foi o maior vencedor do ano passado. Sua fortuna cresceu de US$ 22,2 bilhões para US$ 57,5 bilhões --alta de 66,7%.
    As cem pessoas mais ricas do planeta segundo a Bloomberg ficaram ainda mais ricas em 2012, somando US$ 241 bilhões ao montante no ano passado. Em 31 de dezembro, elas tinham US$ 1,9 trilhão.
    Dos cem bilionários que apareceram no ranking final de 2012 da agência, apenas 15 pessoas registraram prejuízo líquido em sua fortuna além de Eike.