quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Marin lamenta morte de jovem Kevin e confirma amistoso da seleção na Bolívia

http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/02/27/marin-lamenta-morte-de-jovem-kevin-e-confirma-amistoso-da-selecao-na-bolivia.htm

Das agência internacionais
Em La Paz (Bolívia)


A seleção brasileira fará partida amistosa contra a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, ainda sem data definida. As informações foram emitidas, nesta quarta-feira, através de um comunicado emitido pela FBF (Federação Boliviana de Futebol). Carlos Chávez, presidente da entidade boliviana, recebeu a confirmação de José Maria Marin por telefone.
Ele disse que Marin também aproveitou para lamentar a morte do jovem Kevin Beltrán, que aconteceu na partida entre San José e Corinthians, em Oruro, na Bolívia, pela Copa Libertadores da América. A causa da morte do torcedor boliviano foi o disparo de um sinalizador vindo da direção da torcida corintiana.
"Marin expressou o arrependimento pela morte do jovem Kevin Beltran e também confirmou que na próxima semana os dois presidentes entrariam em um acordo para definir uma data para o evento", disse um repórter da FBF.
A seleção boliviana se prepara para o retorno dos jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. A Bolívia está atualmente na sétima posição com 8 pontos em nove partidas disputadas. Na próxima, os bolivianos visitarão a Colombia, no dia 22 de março, e depois receberão a Argentina, em La Paz, no dia 26. Por sua vez, o Brasil, por ser país sede, já está antecipadamente com a vaga garantida para o Mundial.

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Vasco e Romário chegam a acordo, parcelam dívida por 10 anos e encerram briga judicial


Um acordo realizado na tarde desta terça-feira, em audiência na 48ª Vara Cível, selou o fim de uma batalha judicial entre Vasco e Romário, iniciada em julho do ano passado. O clube pagará 120 parcelas de R$ 150 mil reais ao Baixinho, o que resulta num montante de R$ 18 milhões. O valor, no entanto, será reajustado anualmente, a cada mês de janeiro.
O valor começará a ser pago em 2014 e é um pouco menor que a dívida inicial, que data de 2004 e era avaliada em R$ 22 milhões. No processo, no entanto, Romário pedia um total de R$ 58 milhões. O montante envolvia salários e direitos de imagem que não teriam sido pagos na época em que o Baixinho defendeu o clube.
Um acordo era considerado bastante improvável. O departamento jurídico do Vasco chegou a se manifestar contrariamente a um pacto. A tese do clube era de que Romário não tinha documentos que comprovassem a dívida. A Justiça, no entanto, eximiu o Baixinho de apresentar os papéis na última semana.
A batalha na Justiça atrapalhou uma negociação que teria sido importante para a saúde financeira do Vasco. Antes do acordo desta terça, Romário havia bloqueado judicialmente os direitos econômicos de Fellipe Bastos, o que impediu sua venda ao Internacional. O clube gaúcho estava interessado na contratação do jogador, mas o negócio esfriou depois de uma longa espera pela resolução do imbróglio.


segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Oscar 2013: sem surpresas, e interminável

http://anamariabahiana.blogosfera.uol.com.br/2013/02/25/oscar-2013-sem-surpresas-e-interminavel/

Ah, Oscar, o que fazer com você? Às vezes você parece uma criança teimosa que a gente quer muito bem, mas que não pára de fazer bobagens.
E não estou falando nem das escolhas, que foram praticamente como previstas. E na hora em que a gente pensa em quantos outros filmes são superiores ao (muito bom)Argo, é preciso repetir mentalmente aquele mantra: com todo o seu glamour e prestígio, o Oscar é apenas a manifestação da opinião de um grupo de pessoas num determinado momento.
No caso, o grupo de pessoas é a síntese da indústria cinematográfica norte americana – com um grande componente internacional, que cresce a cada ano – e suas escolhas refletem o consenso de seu gosto, neste ano. Curiosamente, a esnobada (ou teria sido um acidente de percurso por conta do novo esquema de votação? ) em Ben Affleck como diretor só serviu para chamar ainda mais atenção dos votantes para Argo. Com seus três Oscars, Argo foi o primeiro filme desde 1990 (Conduzindo Miss Daisy) a ganhar o prêmio maior sem ter uma indicação para seu diretor, e apenas a quarta vitoria desse tipo em 85 anos de Academia.
Quem definitivamente implodiu foi Lincoln – o super favorito na largada, acabou rendendo apenas o já muito anunciado Oscar para Daniel Day Lewis (o terceiro em sua carreira, outro recorde no Oscar) e outro para sua direção de arte (que, a meu ver, deveria ter sido de Anna Karenina).
As Aventuras de Pi e Django Livre entraram no vácuo deixado pelo filme de Spielberg, com Ang Lee ficando com o Oscar de melhor diretor (entre os quatro que o filme recebeu) e Quentin Tarantino com o de melhor roteiro original, mais o prêmio de coadjuvante para Christoph Waltz, repetindo a escolha dos Globos. (Aliás, contrariando até mesmo o que eu penso, as escolhas da Academia este ano foram praticamente idênticas às dos Globos. Menos aquele detalhe embaraçoso de Argoter-se dirigido sozinho…)
Pi era mesmo a cara da Academia: épico mas íntimo, emotivo mas positivo, visualmente lindo. Django para mim foi a surpresa da noite: o tom, o tema e a linguagem de Tarantino nunca estiveram tão distantes do gosto médio dos acadêmicos. E no entanto…
Mas não, não estou falando das escolhas. Estou falando do evento. Pelos deuses do cinema, o que foi aquilo? Ninguém aprendeu nada com a Branca de Neve de 1989, ou a perpétua saia justa de James Franco e a pobre Anne Hathaway em 2011?
Acho que não. Os produtores Neil Meron e Craig Zadan estavam mais preocupados em louvar a si mesmos, mostrar o quanto Chicago – que eles produziram – foi importante para uma “volta dos musicais” que nunca aconteceu.
Números musicais se atropelavam sem estrutura e sem razão, salvos eventualmente pela classe de uma Shirley Bassey, o carisma de uma Adele e o fôlego de uma Jennifer Hudson. Houve uma “homenagem” aos 50 Anos de James Bond (para justificar os anúncios do Conselho Turístico da Grã Bretanha nos intervalos?) limitada a um número musical. Uma “homenagem” aos musicais que se limitou a três filmes dos últimos 10 anos (e Hairspray, que Meron/Zadan também produziram, citado nos painéis de abertura atrás do semi-mumificado John Travolta). E referencias a melhor canção tão desconcatenadas que quando o Oscar da categoria foi finalmente anunciado, ninguém mais se lembrava que ele existia.
O resultado final foi um espetáculo cansativo, tedioso, esticado além dos limites da paciência por números longos demais.
Oscar é sobre cinema. Transformar esse tema em um grande espetáculo não é fácil, concordo. Mas certamente o caminho escolhido neste domingo não foi exatamente o mais feliz.
E Seth…. Ah, Seth! Sim, ele sabe cantar, dança direitinho e, como criador de animação em TV, tem talento. Como host…
Eis duas coisas que um bom host não faz: achincalhar a plateia e o tema da festa que está apresentando; e fingir que não está achincalhando, pedindo desculpas falsas, dizendo que é tudo parte do número, que , ei, é uma piada.
Ninguém quer ver o Oscar – onde os presentes na plateia estão investidos com suas carreiras, e os espectadores em casa com suas emoções e sua torcida – para ser chamado de idiota, crédulo, irrelevante. Há uma fina arte em cutucar com elegância, fazer rir por expor absurdos e incoerências sem precisar realmente ofender ninguém. Em seu auge, Johnny Carson e Billy Crystal faziam isso sem o menor esforço. Já Seth resolveu abrir o Oscar com uma canção adolescente sobre peitos, fingir que chocava a plateia e depois retratar-se falsamente com a intervenção do Capitão Kirk/William Shatner vindo “do futuro” para recrimina-lo. Como melhorar depois disso? (Resposta: impossível.)
E ainda houve um patético número de encerramento com uma palavra que a Academia, em idos tempos, proibia de ser usada- “perdedores”. Sorte que ninguém no Dolby viu, já que todos os presentes correram para as saídas assim que a turma deArgo aceitou seu Oscar.
Não sei ainda o que pensar sobre a aparição de Michelle Obama para apresentar melhor filme. Será que a dupla de produtores preparou o número pensando queLincoln iria ganhar? A Primeira Dama e sua franja são muito simpáticas, mas não seria melhor manter um prêmio de cinema dentro da esfera do cinema?
No final das contas os momentos de real graça, real beleza e real emoção da festa ficaram por conta do que ela tem de genuíno: o talento de seus protagonistas. O maior riso da noite veio por conta de Daniel Dany Lewis garantindo que tinha sido abordado para fazer o papel de Margaret Thatcher. Os maiores aplausos, para as gargantas de ouro de Shirley Bassey, Adele e Jennifer Hudson. As emoções mais fortes, na homenagem ao grande Marvin Hamlisch na voz de sua amiga Barbra Streisand (amplificada pelo fato da canção “The Way We Were”, de Hamlisch, já ser o tradicional tema do segmento “in memoriam” da noite) ; na empolgação de Ben Affleck e Jennifer Lawrence; e na revolta da plateia com a tentativa de calar Bill Westenhofer, presidente da falida Rhythm ‘n Hues, oscarizada por efeitos especiais.
Oscar, a gente gosta de você. Mas por favor, não abuse de nossa paixão. E até o ano que vem.

domingo, fevereiro 24, 2013

Pinochet organizou golpe para refutar resultado de plebiscito no Chile

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/27379/pinochet+organizou+golpe+de+estado+para+refutar+resultado+de+plebiscito+no+chile.shtml

Ditador chileno estava disposto a usar violência que fosse necessária", segundo documentos do governo dos Estados Unidos

No dia em que o filme No pode dar ao Chile o seu primeiro Oscar, a história do fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) ganhou um novo capítulo.

Wikicommons
De acordo com documentos do governo norte-americano, Pinochet tinha a intenção de dar um segundo golpe de Estado e se manter no poder caso fosse derrotado no plebiscito que selou o fim do seu regime e que é contado no filme de Pablo Larraín. Para continuar com seu governo, o ditador chileno tinha a intenção até mesmo de usar violência.

Em setembro de 1988, o embaixador norte-americano no Chile enviou alerta a Washington falando sobre “a possibilidade iminente de um golpe realizado pelo governo”, se Pinochet fosse derrotado na consulta popular.

“A determinação de Pinochet é empregar a violência que for necessária para continuar no poder”, afirma o documento, assinado pelo diplomata Barnes.

O aviso do embaixador foi confirmado posteriormente pela agência de inteligência do Departamento de Defesa dos EUA. “Eles esperam que os atos de violência provoquem um ciclo de violência e desordem. A partir daí, as eleições seriam suspensas e adiadas de forma indefinida.”

Segundo os documentos, divulgados pela organização independente National Security Archive, o governo de Ronald Reagan fez chegar a Pinochet que era contrário a tal reação e que o relacionamento entre os países seria “muito danificado”, caso tal medida fosse colocada em prática. Dessa maneira, partidários do ditador teriam o convencido a abandonar a ideia e aceitar a derrota no plebiscito. 

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Bento 16 revelará descobertas do caso VatiLeaks aos cardeais antes de conclave, diz jornal

DO UOL, EM SÃO PAULO


Antes da renúncia oficial do papa Bento 16, programada para o dia 28 de fevereiro, o pontífice vai se reunir com todos os cardeais para revelar as descobertas feitas pela comissão de inquérito que apura o escândalo do vazamento de documentos confidenciais da Santa Sé, chamado VatiLeaks. A informação foi publicada pelo jornal italiano "La Stampa", nesta sexta-feira (22).

ENTENDA O PROCESSO SUCESSÓRIO DO PAPA

Quando o chefe da Igreja Católica renuncia a sua função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.

Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no conclave.

Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
A previsão é que a reunião seja realizada no início da próxima semana. As revelações serão feitas pelos cardeais Julián Herranz (Espanha), Jozef Tomko (Eslováquia) e Salvatore De Giorgi (Itália). Os três foram designados por Bento 16 no ano passado para iniciar uma investigação sobre os escândalos que vieram à tona em maio de 2012. 
As investigações se transformaram em um relatório de 300 páginas que foi entregue ao pontífice em dezembro do ano passado. O documento é sigiloso, mas, conforme informado pelo jornal italiano "La Reppublica", revela um sistema de "chantagens" internas baseado em fraquezas sexuais e ambições pessoais.
O periódico, que relacionou as descobertas com a renúncia de Bento 16, também apontou a existência de uma "rede transversal unida pela orientação sexual", além da descrição de casos de mau uso de dinheiro e relações homossexuais dentro da Cúria Romana.
As revelações feitas por Bento 16 e pela comissão de inquérito poderão orientar os cardeais durante o conclave, que irá eleger o novo papa. Ainda não há definição quando a reunião de cardeais eleitores terá início. Mas, espera-se que o próximo pontífice seja conhecido até a Páscoa, no final de março. 

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Tribunal diz que Corinthians pode ser punido por morte de torcedor, mas não crê em exclusão


Kevin Douglas Beltran Espada, boliviano morto em jogo do Corinthians na Libertadores
Kevin Douglas Beltran Espada, boliviano morto em jogo do Corinthians na Libertadores
21/02/2013 - 11h34
José Ricardo Leite 
Do UOL, em São Paulo

A punição aplicada pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) aos envolvidos no episódio que resultou na morte de um torcedor boliviano de 14 anos no jogo entre Corinthians e San José, na última quarta-feira, será decidida por um tribunal de disciplina da entidade após analisar o que foi relatado pelo delegado da partida.

A confederação criou o Tribunal de Disciplina e Câmera de Apelações este ano para resolver questões de disciplina nos jogos, infrações e condutas antidesportivas a pedido da Fifa.

A comissão é formada por cinco membros, sendo um deles o brasileiro Caio Rocha,  vice-presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Caio não poderá participar da decisão por ser brasileiro e ter ligação com uma das partes envolvidas.

O comitê será dirigido pelo uruguaio Adrian Leiza, vice-presidente. Caso haja um empate de dois votos, será Leiza quem definirá a punição.

UOL Esporte entrou em contato com um dos membros do tribunal que afirmou que o Corinthians pode ser considerado o culpado pela tragédia e ser eventualmente punido. Uma exclusão do torneio é vista como algo difícil, mas existe a possibilidade de punições referente à sua torcida, como perder mando de campo ou jogar em portões fechados.

“A exclusão é mais em casos de ações do próprio clube, como corrupção ou abandono de campo. Por ato da torcida é improvável”, falou a fonte.

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Barcelona, dia 2

20/02/13 - 17:13
POR FÁBIO SEIXAS


Pérez foi o mais rápido. Mas não acredite apenas nos números.
O tempo do mexicano foi conquistado com pneus macios, em apenas uma volta lançada.
Vettel, então, poderia se considerar o primeiro colocado “moral”. Mas o alemão não teve lá um dia para comemorar. Primeiro, enfrentou um problema hidráulico. Depois, teve de parar na pista depois de quase perder uma roda, após uma simulação de pit stop.
“Tivemos alguns pequenos problemas de confiabilidade, mas é melhor que essas coisas aconteçam agora do que na Austrália”, minimizou o alemão.
Raikkonen vibrou então? Não exatamente. Pela manhã, teve de trocar a caixa de câmbio, perdendo tempo precioso de pista. Completou só 43 voltas.
Teste é pra isso mesmo. É pra quebrar, pra forçar o equipamento, pra tentar detectar eventuais problemas.
Aos tempos:
1º. Sergio Pérez (MEX/McLaren-Mercedes), 1min21s848 (97 voltas)
2º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s349 (84)
3º. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault), a 0s849 (43)
4º. Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 0s878 (121)
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 1s399 (76)
6º. Vallteri Bottas (FIN/Williams-Renault), a 1s713 (98)
7º. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari), a 1s870 (70)
8º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 2s123 (62)
9º. Nico Hulkenberg (ALE/Sauber-Ferrari), a 2s357 (88)
10º. Max Chilton (ING/Marussia-Cosworth), a 3s267 (67)
11º. Charles Pic (FRA/Caterham-Renault) a 4s295 (102)

Campanha virtual pede cancelamento de registro de Silas Malafaia como psicólogo

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1233375-protesto-virtual-pode-levar-silas-malafaia-a-perder-registro-de-psicologo.shtml

20/02/2013 - 04h00

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DA COLUNA MÔNICA BERGAMO


O que o pastor Silas Malafaia tem em comum com Renan Calheiros, o "Veta, Dilma!" (contra o novo Código Florestal) e os índios guarani-caiová?
O líder evangélico também virou tema de um abaixo-assinado na Avaaz.org, como as listadas acima. E, por conta dele, está sendo investigado pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro.
A turma da internet se voltou contra Malafaia após sua participação no programa "De Frente com Gabi" (SBT), da jornalista Marília Gabriela.
A Avaaz.org é uma organização de ativistas criada em 2007 que faz mobilizações sociais através da internet. A palavra Avaaz significa "voz" nos idiomas hindi e persa e "som" em urdu (dialeto paquistanês).

Na entrevista, ele atacou o que chama de "ativismo gay" e se disse contra a adoção de crianças por casais homossexuais usando argumentos como "eu não acredito que dois homens possam desenvolver um ser humano ou criar uma criança perfeita no sentido total".
Também foi mencionada, no programa, sua formação de psicólogo. Uma petição lançada no dia 8 no Avaaz pede, portanto, a cassação do registro de profissional de Silas Malafaia pelo Conselho Regional de Psicologia carioca.
Os autores da proposta contra Malafaia se baseiam em artigo instituído em 1999 pelo Conselho Federal de Psicologia, que proíbe emitir opiniões públicas e tratar a homossexualidade como um transtorno.
Folha apurou que há um processo que corre em sigilo para investigar o caso no conselho carioca de psicólogos.
Nada tem valor legal no site, mas as assinaturas colhidas na internet viram justamente um termômetro do clamor social --vide o pedido pelo impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Qualquer pessoa pode cadastrar um abaixo-assinado.
Houve, inclusive, réplica: também no Avaaz, criou-se uma campanha a favor da "não cassação" do registro do psicólogo-pastor.
Mas o abaixo-assinado que beneficia Malafaia foi retirado do ar (quando a campanha a seu favor tinha 65 mil assinaturas, e a contrária ao religioso registrava 55 mil adesões).
Para o pastor, foi "coisa de safado antidemocrático".
Pedro Abramovay, ex-secretário nacional de Justiça e um dos responsáveis pelo Avaaz, confirma a exclusão do abaixo-assinado pró-Malafaia.
"Mais de 77% da nossa comunidade votou para remover esta petição, e estamos muito orgulhosos dessa decisão democrática para rejeitar este tipo de lobby para continuar práticas homofóbicas", diz.
O Conselho de Psicologia carioca diz que não se manifestará sobre o assunto. Informa, no entanto, via assessoria de imprensa, que "está preparando nota pública para falar sobre o tema 'psicologia laica'. A ideia é não pessoalizar Silas Malafaia, mas se posicionar sobre o tema da psicologia e religião".
DOUTOR SILAS
Malafaia se formou em psicologia pela faculdade particular Gama Filho, no Rio, em 2006.
Diz que chegou a praticar a profissão no começo, numa clínica particular. Atendia a "evangélicos que se identificavam com ele".
Mas preferiu "não misturar as coisas" e passou a se dedicar apenas à vocação religiosa.

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Ciência e jornalismo: um exemplo de como escrever bem

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/ciencia-e-jornalismo-um-exemplo-de-como-escrever-bem?utm_source=redesabril_veja&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_veja&utm_content=feed&


Médico e repórter, Julio Abramczyk lança livro com os melhores artigos publicados por ele nos últimos 50 anos

Aline Vieira Costa

Julio Abramczyk escreve certo em letras tortas. "Não tenho mão para letra bonita, eu odiava caligrafia", conta o médico cardiologista, que é um dos grandes ícones do jornalismo científico da atualidade. Aos 53 anos de atuação na área, e aos 80 de idade, recebeu no dia 29 de janeiro uma homenagem pelas Bodas de Ouro da união das duas profissões com o lançamento do livro Médico e Repórter - meio século de jornalismo científico. "Descobri que quanto menos a gente escreve, melhor sai a matéria", deu o segredo aprimorado ao longo dos anos.

Biblioteca

Médico e Repórter - meio século de jornalismo científico
Livro 'Médico e Repórter' de Julio Abramczyk

O livro reúne os principais artigos e reportagens publicados por Julio Abramczyk, pioneiro do jornalismo científico no Brasil e colunista da Folha de S. Paulo, onde atua há mais de 50 anos. Ganhador de vários prêmios, entre eles o Esso de 1970, Abramczyk firmou padrões inéditos de precisão e clareza na exposição de assuntos médicos na imprensa. Organizado e apresentado pelo jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, o livro traz textos que se tornaram marcos do jornalismo brasileiro, como a reportagem sobre a primeira operação de ponte de safena no país e as análises reveladoras e independentes de Abramczyk sobre a doença do presidente Tancredo Neves.

Autor: ABRAMCZYK, JULIO
Editora: PUBLIFOLHA
Considerado o sucessor de José Reis (1907-2002), um dos fundadores da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Julio Abramczyk conquistou o mérito durante toda a trajetória de coberturas que o fizeram se destacar e que o levaram a faturar prêmios como o Esso de 1970, por uma reportagem sobre a primeira cirurgia de ponte de safena no país.
"Julio contribuiu bastante com o jornalismo científico pelo estilo de escrita que aliava linguagem simples e profundidade. Isso favorecia muito colocar o conhecimento ao alcance de mais pessoas, promovendo qualidade de vida a elas", declara Célio da Cunha, professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UNB) e consultor da Unesco, que escreveu a apresentação de um dos capítulos do livro. Um exemplo concreto dado por ele foi um famoso texto sobre a importância de lavar as mãos. "Se todas as pessoas as lavarem corretamente, é impressionante a quantidade de doenças que evitam. E assim é toda a obra dele".
Amigo há 30 anos e ex-ombudsman do jornalFolha de São Paulo, Carlos Eduardo Lins da Silva foi quem coordenou o projeto do livro, com a função de compilar, dentre os mais de 2.500 artigos publicados, os mais relevantes desde o início da carreira do médico e repórter. E de lá pra cá, muita coisa mudou no jornalismo científico, segundo Carlos Eduardo, devido ao elevado padrão ético de Julio. "A partir do exemplo dele é difícil voltar atrás. Os mais jovens têm o desafio de manter essa barra alta", diz ele, citando como exemplos da nova geração os jornalistas Marcelo Leite e Cláudia Collucci, que também escreveram aberturas de capítulos do livro.
"Explicar muito" — Cinco capítulos dividem o livro em diferentes áreas abordadas por Abramczyk durante o último meio século: saúde pública, enfermidades do coração, saúde pessoal, doenças de personalidades e jornalismo científico. Para cada uma das áreas, um autor que a conhece bem fez uma reflexão sobre a importância do trabalho naquele tema e a eventual atualidade das reportagens publicadas. Entre os autores está outro jornalista com mais de 50 anos de carreira, Almyr Gajardoni.
Para o médico e repórter, o problema básico é que as pessoas querem explicar muito. Levou tempo achar o meio termo. Segundo ele, quem alertou sobre isso foi José Reis, patrono da divulgação científica brasileira. "O cientista quando escreve um trabalho, ele diz 'isto é branco por causa disto, disto e daquilo' ou 'aquilo é preto por conta da interferência de uma luz assim, assim, e assim'. Mas no jornalismo científico você diz de uma forma mais simples. Com pouca palavras e menos adjetivos você consegue falar. É uma questão de treino." 
A qualidade do que está sendo produzido atualmente, para ele, melhorou muito. "Tem um pessoal saindo das universidades com formação em química, física e biologia, indo pro jornalismo e escrevendo muito bem. O jornalista profissional deve ir para uma área e se especializar nela". Para ele, é preciso se preparar. "Quando fui para o Xingu, fui até uma faculdade de filosofia, procurei um antropólogo e tive umas aulas. Não cheguei de peito aberto". Questionado sobre quem escreve os textos dele, se o médico ou o jornalista, ele não titubeia. "Eu gosto do jornalismo. Quando escrevo, escrevo como jornalista. Se em vez de médico eu tivesse virado um aviador, eu estaria fazendo a seção de aviação do jornal", revela.
Eduardo Knapp - Folhapress
Julio Abramczyk

"O problema é que as pessoas querem explicar muito..."

Julio Abramczyk
Médico e repórter

Como o próprio Julio diz, ele é um dos poucos que começaram no jornalismo antes da medicina. O início da carreira se deu em 1949, ainda um foca, no jornal O Tempo, que tinha como secretário geral o jornalista Herminio Sacchetta (1909 – 1982), um "cavalheiro no jornalismo", segundo Julio. "Éramos obrigados a trazer três matérias por dia. Ele recebia a gente a 'chicotadas', esculhambava porque havia trazido só três, depois chegava e fazia um agradozinho, dizia vem cá meu filho, vamos sentar aqui, vamos fazer assim, assim e asim", conta, apontando a retidão do mestre, que se tornou uma escola de jornalismo para muitos dos profissionais da época.
Ao terminar o 3º ano científico, parou de trabalhar e estudou o ano inteiro para passar no vestibular da Escola Paulista de Medicina, atual Unifesp. Segundo Julio, naquele tempo, a escola de jornalismo do Sacchetta deu muitos frutos e boa parte deles foi parar na Folha. "Os amigos acabam subindo na vida e a gente vai junto. O problema do pobre não é que ele é pobre, é que ele só tem amigo pobre, quando há problema não tem a quem recorrer".
Em 1959, Julio iniciou as atividades como jornalista científico — classificação não utilizada naquela época — quando estava no segundo ano da faculdade. Ele assumiu o cargo de redator da seção de biologia e medicina do jornal Folha da Manhã, convidado pelo amigo jornalista Hugo Teixeira. Cobriu diversos congressos e esteve em contato com grandes centros de pesquisa para acompanhar o que havia de mais novo e avançado. "Naquela época, não havia muitas revistas brasileiras, e as existentes reproduziam trabalhos feitos no exterior. As revistas do exterior chegavam aqui 20 dias depois e sempre havia uma defasagem".
Atualmente é colunista da Folha de São Paulo e médico do corpo clínico do Hospital Santa Catarina (SP), do qual foi diretor clínico. É membro fundador da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e da Associação Brasileira de Jornalismo Científico, onde foi presidente de 1979 a 1989. Organizou, em 1982, o 1º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico e o 4º Ibero-Americano de Jornalismo Científico, quando terminou sendo eleito presidente da Associação Ibero-Americana de Jornalismo Científico, função exercida até 1990.
Abramczyk também é membro do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Já recebeu prêmios como o  Esso (1970), categoria de informação científica, o Governador do Estado de São Paulo, o José Reis de Divulgação Científica/CNPQ, e o Abradic de Divulgação Científica, da Associação Brasileira de Divulgação Científica, além do Diploma de Honra ao Mérito da Faculdade de Medicina da USP e da medalha Tiradentes, do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo.

Marin fora da CBF!

http://blogdojuca.uol.com.br/2013/02/39268/

19.02.2013 - 12:32


POR IVO HERZOG*
Amigos,
Eu acabei de criar minha própria petição e espero que possam assiná-la.
Ela se chama: José Maria Marin Fora da CBF !!!.
Eu realmente me preocupo sobre este assunto e juntos nós podemos fazer algo a respeito.
Cada pessoa que assina nos ajuda a chegarmos mais próximo do nosso objetivo de 100 mil assinaturas — será que você pode nos ajudar assinando a petição?
Clique aqui para ler mais a respeito e assine:
http://www.avaaz.org/po/petition/Jose_Maria_Marin_Fora_da_CPF/?launch
Campanhas como esta sempre começam pequenas, mas elas crescem quando pessoas como nós se envolvem — por favor reserve um segundo agora mesmo para nos ajudar assinando e passando esta petição adiante.
Muito obrigado,

Depois de ter enviado um email para seus amigos, faça sua petição crescer ainda mais compartilhando-a no facebook e no twitter a partir de sua página de compartilhamento:
http://www.avaaz.org/po/petition/Jose_Maria_Marin_Fora_da_CPF/?tLJTieb
Vamos fazer a diferença,
*Ivo Herzog é presidente do Instituto Vladimir Herzog e filho do jornalista morto sob tortura nas dependências da OBAN, em São Paulo, em 1975.

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Restos mortais de Dom Pedro 1º são exumados para estudo na USP

Do UOL, em São Paulo

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/02/18/restos-mortais-de-dom-pedro-i-sao-exumados-para-estudo-na-usp.htm


Os restos mortais de Dom Pedro 1º e de suas duas mulheres, Dona Leopoldina e Dona Amélia, foram exumados para estudo de mestrado do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP), pela primeira vez em 180 anos. Os corpos saíram do Parque da Independência, junto ao Museu do Ipiranga, em São Paulo.
Com os estudos de ressonância magnética e tomografias no Hospital das Clínicas, a arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel pôde descobrir que o imperador tinha quatro costelas fraturadas decorrentes de quedas de cavalo, o que teria inutilizado um de seus pulmões e pode ter agravado a tuberculose que o matou, em 1834, aos 36 anos. 
Outro fato curioso e desconhecido até então é que a imperatriz Amélia de Leuchetenberg, segunda mulher de d. Pedro 1º, foi mumificada. Ela morreu em Lisboa em 1876, e seus restos mortais, trazidos à cripta do Ipiranga em 1982, conservam pele e órgãos internos intactos. Cabelos, cílios, unhas, globos oculares e órgãos como o útero estão preservados.
O primeiro imperador do Brasil foi enterrado como general português, vestido com botas de cavalaria, medalha que reproduzia a constituição de Portugal e galões com formato da coroa do país ibérico. 
As análises desmentiram um fato que era tido até agora como verdade histórica. Dona Leopoldina não tinha nenhuma fratura no fêmur, enquanto há a história de que ela teria caído ou sido derrubada por Dom Pedro de uma escada no palácio da Quinta da Boa Vista.
As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (18).

Yoani Sánchez enfrenta protestos pró-Cuba em Salvador e Recife

18/02/2013 - 13h01
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1232458-yoani-sanchez-enfrenta-protestos-pro-cuba-em-salvador-e-recife.shtml

DE SÃO PAULO


A chegada da blogueira opositora cubana Yoani Sánchez ao Brasil foi marcada por protestos de manifestantes favoráveis ao regime comunista da ilha nos aeroportos de Salvador e do Recife, por onde ela começou sua viagem ao país nesta segunda-feira.
Uma das principais dissidentes do governo comandado pelo ditador Raúl Castro, Yoani saiu na tarde de domingo de Havana, fez conexão na Cidade do Panamá e chegou por volta da 0h30 na capital pernambucana. Esta é sua primeira viagem internacional desde 2008, quando voltou a Cuba e foi proibida de sair.
No Aeroporto Internacional dos Guararapes, ela passou pela primeira manifestação. Militantes de grupos socialistas leram uma carta aberta na qual diziam que o blog dela é um meio de desinformação e que faz uma campanha anti-Cuba. Eles também jogaram dólares falsos em direção à dissidente.
O protesto não aborreceu Yoani, que disse que gostaria muito que em seu país as pessoas pudessem fazer o mesmo. "Foi um banho de democracia e pluralidade, estou muito feliz e queria que em meu país pudéssemos expressar opiniões e propostas diferentes com esta liberdade", disse.
No aeroporto, Yoani também foi recebida por Dado Galvão, diretor do documentário "Conexão Cuba Honduras", no qual é entrevistada, e cerca de dez pessoas, entre elas, o blogueiro cubano George Hernandez Fonseca, que vive no Pará.
Após o primeiro ato, ela conseguiu embarcar na parte sul do aeroporto e seguir em direção a Salvador, de onde partiu para Feira de Santana. Na cidade baiana, Yoani participará do lançamento do documentário de Dado Galvão, que foi adiado em diversas ocasiões a espera do visto da blogueira.
DESVIO
Na chegada à capital baiana, um grupo de 20 pessoas vinculadas a ONGs de esquerda, organizações ligadas a Cuba e associações estudantis fizeram um ato de repúdio à presença da blogueira. "Yoani é uma liderança fabricada pela CIA", disse Caio Botelho, da UJS.
Os manifestantes chamaram Yoani de mercenária e gritaram palavras de ordem, como "Cuba sim, ianque não". Devido ao incidente, o grupo que viajava com a cubana foi orientado a seguir por uma porta alternativa no desembarque do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães.
A visita é a primeira de uma série viagens que começa pelo Brasil e a levará também a República Tcheca, Espanha, México, Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Peru entre outros. Nos últimos cinco anos, Yoani havia recebido mais de 20 recusas para poder viajar ao exterior.
Com o sentimento de ter "ganhado uma pequena vitória pessoal, jornalística, cidadã e jurídica" a autora do blog "geração Y" disse ter a impressão de estar vivendo "um sonho".
"É uma vitória limitada, porque a reforma migratória de Cuba ainda não contempla a possibilidade de entrar e sair da ilha como um direito inerente pelo mero fato de ter nascido neste país", disse a blogueira em entrevista no aeroporto de Havana.
Yoani Sánchez afirmou que sua principal bagagem é seu desejo de se conectar livremente à internet e de conhecer o mundo e sua realidade "com seus claros e escuros". "O mais importante não levo na mala, levo aqui", disse a blogueira, apontando para sua cabeça.
Em janeiro, as autoridades cubanas outorgaram a Sánchez o passaporte que ela solicitou após a nova reforma migratória que flexibiliza as viagens dos cubanos ao exterior e eliminou embaraçosos e custosos trâmites como a permissão de saída para fora do país.
Embora ainda estejam vigentes algumas restrições nas idas ao exterior para os cubanos, nos últimos dias puderam viajar sem problemas alguns críticos do regime como o engenheiro de computação Eliécer Ávila e Rosa María Payá, filha do falecido opositor Oswaldo Payá.
Com informações de FLÁVIA MARREIRO, enviada especial a Salvador, e BRUNO BASTOS, colaboração para aFolha, no Recife.

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Clássico deve bater recorde de público do Paulista e confirmar Corinthians líder na torcida

http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/paulista/ultimas-noticias/2013/02/14/classico-deve-bater-recorde-de-publico-do-paulista-e-confirmar-corinthians-lider-na-torcida.htm

14/02/2013 - 06h00
Gustavo Franceschini
Do UOL, em São Paulo

    O clássico entre Corinthians e Palmeiras, que ocorre no próximo domingo, no Pacaembu, deve ter o maior público do Campeonato Paulista até o momento. Segundo informações do clube alvinegro, mandante da partida, 20.500 ingressos já foram comercializados na pré-venda online, número recorde para o clube alvinegro neste ano.
    Até agora, o maior público do Estadual é do próprio Corinthians. Na partida contra o Oeste, em um domingo, os atuais campeões mundiais reuniram 33.558 mil pagantes no Pacaembu. Na ocasião, a pré-venda online não chegou à marca de 20.500 ingressos, o que dá a medida de como a partida contra o Palmeiras pode bater essa marca.
    Se for confirmado, o novo recorde só vai ratificar o domínio do Corinthians nas bilheterias do Paulista até agora. A boa fase da equipe e o sistema eficiente de venda de ingressos ajudaram o clube a conseguir os cinco melhores públicos do torneio até agora.
    O segundo não foi propriamente do Corinthians. Na sexta rodada, 26.507 pessoas foram até o estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, assistir à partida contra o Botafogo, time mandante que admitiu em seu estádio oficial que mais de 60% da carga foi para fãs alvinegros.
    Nenhum dos rivais se aproxima dos números do Corinthians. Quem mais chegou perto foi o Santos, que levou 18.381 pessoas ao Pacaembu no último domingo, para o jogo com o Paulista.
    No mesmo local, o Palmeiras só conseguiu reunir 10.147 pessoas na primeira rodada, e ainda não repetiu o feito. Já o São Paulo chegou a 14.783, mas também o fez em sua estreia e não voltou a atrair tanta gente ao estádio depois disso.
    • Cássio volta ao Corinthians após tratar uma bursite no ombro e terá pela frente uma difícil maratona. Sem ritmo, o goleiro terá de encarar uma série de pelo menos 18 jogos, tendo no caminho viagens ao ponto mais alto e ao mais distante da Libertadores. Leia mais aqui
    Mais sobre os ingressos para o clássico
    A venda pela internet para o clássico de domingo, feita pelo sistema do Fiel Torcedor, sistema especial de sócios do Corinthians, acabou na última terça. A partir desta quinta, os ingressos passam a ser comercializados na bilheteria.
    Dos 20,5 mil já vendidos, pouco menos de 17 mil são de arquibancada. Por isso, a expectativa do Corinthians é que os ingressos do setor se esgotem ainda nesta quinta, quando eles serão comercializados no Parque São Jorge e nas lojas da rede Poderoso Timão de Cidade Dutra, Ipiranga e São Mateus.
    No Pacaembu, os ingressos só serão vendidos a partir de sexta. A ideia é evitar conflitos com a torcida palmeirense, já que nesta quinta o clube alviverde estreia na Libertadores contra o Sporting Cristal, do Peru, justamente no estádio municipal.
    Por força do regulamento, o ingresso para a arquibancada custará R$ 40. Os demais setores seguem com seus preços normais: cadeira laranja a R$ 70, numerada a R$ 100 e área vip a R$ 180. 

terça-feira, fevereiro 12, 2013

Análise: Alemão é brilhante como teólogo, mas fracassou como papa

12/02/2013 - 06h00

LUIZ FELIPE PONDÉ
COLUNISTA DA FOLHA


Joseph Ratzinger é um dos maiores teólogos vivos do cristianismo. Como papa Bento 16, fracassou.
Conservador, um tanto liberal no começo de sua carreira, Bento 16 iniciou seu papado com um projeto, já em curso quando era a eminência parda intelectual de João Paulo 2º, de pôr "medida" na herança do Concílio Vaticano 2º, verdadeira "revolução liberal" na Igreja Católica.
Já nos anos 80 atacava a teologia da libertação latino-americana por considerá-la certa quanto ao carisma profético bíblico de procurar justiça no mundo, mas errada quanto a assumir o marxismo como ferramenta de realização desta justiça.
Bento 16 foi um duro crítico da ideia de que a igreja deva aceitar soluções modernas para problemas modernos.
Nesse sentido, apesar de ter resistido bravamente, com a idade e a fraqueza que esta implica, acabou por ser um papa acuado pelas demandas modernas feitas à igreja e por uma incapacidade de pôr em marcha sua "infantaria", que nunca aceitou plenamente seu perfil de intelectual alemão eurocêntrico.
Sua ideia de igreja é a de um pequeno grupo coeso de crentes, fiéis ao magistério da igreja (conjunto de normas para condução moral da vida), distante das "modas moderninhas".
Quais seriam algumas dessas demandas modernas? Diálogo simétrico com outros credos (multiculturalismo), casamento gay, divórcio, sacerdócio das mulheres, fim do celibato, uso de contraceptivos, aborto, punição pública de padres pedófilos (a igreja deveria passar esses padres para a Justiça comum), aceitação de avanços da medicina pré-natal como identificação de fetos sem cérebro e consequente aborto, alinhamento político do clero com causas sociais e políticas do terceiro mundo --enfim, desafios típicos do contemporâneo.
Bento 16 esbarrou com o fato de que a maior parte dos católicos militantes hoje é de países pobres (afora o caso dos EUA, o cristianismo é uma religião de país pobre).
Os fiéis, portanto, estão mais próximos de um discurso contaminado pelas teorias políticas de esquerda, que fala de justiça social como um direito "divino" e aproxima Jesus de Che Guevara, do que da complicada discussão acerca dos excessos do iluminismo racionalista ou da crítica bíblica que tende a humanizar Cristo excessivamente em detrimento de sua divindade.
Seu próprio clero (sua "infantaria") ajudou no fracasso de seu papado, resistindo sistematicamente à "romanização da igreja", o que em jargão técnico significa centralização das decisões relativas ao cotidiano da instituição na lenta burocracia do Vaticano, com sua típica alienação europeia, distante do "caos" do mundo real do Terceiro Mundo. O Vaticano é muito europeu, inclusive em sua decadência como referência para o mundo no século 21.
Mas há dimensões que transcendem as dificuldades específicas de seu projeto conservador e tocam dificuldades da Igreja Católica contemporânea como um todo.
A igreja hoje tem um sério problema de formação de quadros. Antes era "um bom negócio" entrar para a igreja; hoje, quem o faz, salvo casos de grande vocação mística e espiritual ou de revolta contra as ditas "injustiças sociais", é muitas vezes gente sem muita opção de vida.
Quando não, tal como é visto por parte da população secular, gente com desvios sexuais graves.
Os cursos de formação do clero, quando não totalmente contaminados pelos próprios teóricos que João Paulo 2º chamava em sua encíclica "Fides et Ratio" ("Fé e Razão") de "pensadores da suspeita" contra a fé e a razão (Marx, Nietzsche, Freud, Foucault), são fracos, com professores mal formados e conteúdos vazios. Claro que existem exceções, que, como sempre, em sendo exceções, confirmam a regra.
Enfim, o papado de Bento 16 fracassou, em grande parte, em razão do fogo amigo: sua própria infantaria.
A Igreja Católica agoniza diante de um mundo que cada vez é mais opaco para quem pensa, como ela, que a vida seja algo mais do que conforto, prazer e liberdade pra transar com quem quisermos e quando quisermos.

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Gil não concorda que Ivete é dona da Bahia, mas acha que falta chance ao Olodum


Thays Almendra
Do UOL, de Salvador



O ex-Ministro da Cultura e cantor Gilberto Gil falou nesta segunda (11) de Carnaval sobre a declaração do presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, de que a Bahia virou a terra de Ivete Sangalo. "Não acho que a Bahia seja monopolizada por Ivete. O pessoal do Olodum vem de um segmento muito maltratado da sociedade baiana e quando ele fala isso é sobre o ponto de vista da discriminação, da falta de oportunidades", disse em entrevista exclusiva ao UOL.
Em entrevista dada à Folha, Rodrigues afirmou ainda que o "Carnaval reproduz o capitalismo brasileiro". Para Gil esse ato de segregação existe, mas também é preciso que o Olodum, por exemplo, se torne mais presente. "Eu, na primeira vez que o Olodum veio desfilar na Barra-Ondina, vim com eles. Agora, eles não vêm mais. Ivete vem todo ano e, possivelmente, deve ser isso a que ele se refere a oportunidades".
"Isso é oferecido muito mais a quem tem origem de classe média alta, dominante, do que quem tem origem mais simples na sociedade", acrescentou o cantor, que cumprimentava os integrantes da Ong Afro Quabales. Crianças e adolescentes da organização fizeram um show no camarote "Expresso 2222", na segunda.
Gil acredita ser necessário que a sociedade dê oportunidades para as manifestações culturais. Questionado sobre o sucesso do Psirico, que também é uma banda de origem humilde e que conseguiu o status de "pais do gueto", o cantor foi enfático: "Ali é outra coisa, é Marcio Victor. Não existem tantos assim com aquele carisma, grandeza e que deixa a gente arrepiado".

http://carnaval.uol.com.br/2013/noticias/redacao/2013/02/11/gil-nao-concorda-que-ivete-e-dona-da-bahia-mas-acha-que-falta-chance-ao-olodum.htm


Papa Bento XVI deixará suas funções em 28 de fevereiro

Ratzinger sai oito anos após substituir João Paulo II como líder da Igreja Católica


Atualizado às 10h40

O papa Bento XVI anunciou nesta segunda-feira (11/02) , durante o consistório para a canonização de dois mártires, que vai se retirar de suas funções no dia 28 de fevereiro. Pouco antes, o Vaticano havia confirmado a informação às agências internacionais. "O papa anunciou que renunciará a seu ministério às 20 horas do dia 28 de fevereiro", disse o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, citado pela agência France Presse em um pronunciamento em latim.

Leia também:
Bento XVI tinha visita programada para o Brasil em julho
Direito Canônico prevê renúncia do papa sempre que for por livre vontade

Nascido Joseph Alois Ratzinger, Bento XVI, de 85 anos, afirmou que iria deixar o posto por não reunir mais condições físicas para exercê-lo.  A partir de sua saída, será iniciado um período de vacância na Igreja Católica até a formação de um conclave que irá eleger um novo sumo pontífice.
Agência Efe

Bento XVI, no dia em que anunciou sua saída do comando da Igreja Católica, em Roma

O cardeal alemão Joseph Ratzinger assumiu a chefia da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, no lugar de João Paulo II, adotando a alcunha de Bento XVI. No ano passado, Bento XVI tinha já dito que estava “na última etapa da vida”, abrindo espaço para especulações sobre sua saída.

Sua decisão de deixar o cargo em vida tem poucos precedentes na história, mas é prevista no direito canônico. O último papa a abdicar de seu pontificado foi Gregório XII (1406-1415), aos 88 anos. Ele assmuiu o poto quando a instituição se encontrava em grave crise, no episódio histórico conhecido como "Grande Cisma do Ocidente".  Na ocaisão, brigas políticas acabaram levando à criação de três papas simultâneos, minando o prestígio da Santa Sé. Após ser nomeado, sempre deixou claro que deixaria o cargo à disposição se isso fosse para o bem da instituição. Sua postura facilitou uma reconciliação, dando início ao Concílio de Constança. Após ter se tornado novamente o único papa reconhecido, cumpriu o prometido e, aos 88 anos, deixou o cargo nove anos após assumi-lo.

O primeiro a tomar tal decisão o papa Clemente I (de 88 a 97), que renunciou a favor de Evaristo, porque após ser detido e condenado ao exílio decidiu que os católicos não poderiam ficar sem um guia espiritual.

Segue a íntegra das palavras do papa de anúncio de sua renúncia, lida por ele em carta:

"Queridísimos irmãos,
Convoquei-os a este Consistório, não só para as três causas de canonização, mas também para comunicar-vos uma decisão de grande importância para a vida da Igreja.

Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino. Sou muito consciente que este ministério, por sua natureza espiritual, deve ser realizado não unicamente com obras e palavras, mas também e em não menor grau sofrendo e rezando.

No entanto, no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para conduzir a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado.

Por isso, sendo muito consciente da seriedade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao Ministério de Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado por meio dos Cardeais em 19 de abril de 2005, de modo que, desde 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro ficará vaga e deverá ser convocado, por meio de quem tem competências, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Queridísimos irmãos, lhes dou as graças de coração por todo o amor e o trabalho com que levastes junto a mim o peso de meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos.

Agora, confiamos à Igreja o cuidado de seu Sumo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e suplicamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista com sua materna bondade os Cardeais a escolherem o novo Sumo Pontífice. Quanto ao que diz respeito a mim, também no futuro, gostaria de servir de todo coração à Santa Igreja de Deus com uma vida dedicada à oração.

Vaticano, 10 de fevereiro 2013
".

(*) com agências de notícias internacionais

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/27111/papa+bento+xvi+anuncia+que+renunciara+em+28+de+fevereiro+.shtml